Resumo traduzido por

Os sobreviventes adultos do cancro infantil apresentam elevadas taxas de obesidade, o que, em combinação com os efeitos cardiotóxicos de terapias específicas contra o cancro, os coloca em alto risco de morbilidade cardiovascular. Aqui mostramos a contribuição dos escores de risco genético (GRSs) para aumentar a previsão dos sobreviventes de câncer infantil que correm risco de obesidade grave (índice de massa corporal ≥40 kg m-2) na idade adulta. Entre 2.548 indivíduos de ascendência europeia do St. Jude Lifetime Cohort Study que sobreviveram 5 anos de câncer infantil, descobriu-se que o GRS estava associado a chances 53 vezes maiores de obesidade grave. A adição de GRSs aos modelos de predição de risco baseados em exposições ao tratamento do câncer e fatores de estilo de vida melhorou significativamente a predição do modelo (a área sob a curva aumentou de 0,68 para 0,75, resultando na identificação de 4,3 vezes mais sobreviventes de alto risco), que foi validado independentemente em 6.064 indivíduos do Estudo de Sobreviventes de Câncer Infantil. Os preditores genéticos melhoram a identificação de pacientes que poderiam beneficiar de uma vigilância reforçada e de intervenções para mitigar o risco de obesidade grave e complicações cardiometabólicas associadas.