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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 00/2021

Boletim PBO

  1. Publicado em: 5 de ago de 2021

  2. Período: De 1º a 30 de julho/2021

  3. Resenhas desta edição:
    1. Guia de Atividade Física para a População Brasileira

      Autores: Secretaria de Atenção Primária à Saúde e Departamento de Promoção da Saúde

      Fonte: Ministério da Saúde

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Relatório

    2. “I don’t want them to think that what they said matters”: How treatment – seeking adolescents with severe obesity cope with weight-based victimization

      Autores: Órla Walsh, Elizabeth Dettmer, Andrea Regina, Linlei Ye, Jennifer Christian, Jill Hamilton, Alene Toulany

      Fonte: Clinical Obesity

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

    3. Policy brief – Obesidade Infantil: estratégias para prevenção e cuidado (em nível local)

      Fonte: Projeto de Cooperação Sul-Sul para o Enfrentamento da Múltipla Carga da Má Nutrição em Escolares, ou Nutrir o Futuro

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Relatório

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Destaques do período

Eventos

O Instituto Obesidade Brasil, que trabalha com pessoas com obesidade, realizou durante o mês de junho uma campanha estimulando organizações a refletirem sobre um mundo sem gordofobia. Centenas de organizações participaram dando declarações e postando “#mundosemgordofobia” nas redes sociais.

A Coordenadoria-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN/MS) tem trabalhado em um novo projeto para o manejo da obesidade infantil, que está em fase de finalização, o PROTEJA. Ele é uma estratégia intersetorial para a prevenção e atenção à obesidade infantil em municípios utilizando intervenções efetivas e de alto impacto, baseadas em evidências que induzam as cidades a intervir com ações sobre escolhas alimentares, ações para atenção primária, escolas, disseminação de conhecimento sobre o tema para os diversos ambientes. As cidades interessadas devem aderir ao programa federal e, como contrapartida, receberão recursos para a implementação das políticas. As normativas serão objeto deste boletim conforme forem publicadas. 

A deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), solicitou uma audiência pública, em julho, para debater o tema da Prevenção de obesidade infantil e enfrentamento da Covid-19 e para isso contou com a participação no debate da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (CGPAE/DIRAE/FNDE), CGAN/MS, ACT – Promoção da Saúde, UNICEF, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável e o Coordenador de Relações Governamentais do Instituto Alana. Nessa audiência foram discutidas diversas iniciativas já existentes no âmbito nacional, para o combate à obesidade infantil, assim como foi problematizado o cenário atual, ocasionado pela COVID-19, com destaque para o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e redução da atividade física pelo grupo infanto-juvenil.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), Ministério da Saúde, por meio da CGAN e do Instituto Nacional do Câncer (INCA), e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), promoveu em julho, o evento online de lançamento da agenda de trabalho do Ano Internacional das Frutas, Legumes e Verduras (FLV) no Brasil. Entre os objetivos do debate, destacou-se a mobilização dos gestores públicos e profissionais envolvidos com a temática, de forma a reconhecer os desafios e oportunidades locais para a ampliação do acesso e consumo de FLV considerando a estreita relação com melhores condições de saúde e nutrição da população.

Publicações

Ocorreu em 29 de Junho o lançamento oficial do Guia da Atividade Física para a População Brasileira, produzido pela Coordenadoria-Geral de Promoção de Atividade Física e ações intersetoriais do Ministério da Saúde (CGPROFI/MS). Os pesquisadores envolvidos no estudo promoveram um lançamento científico com debate no dia 07 de Julho. Além disso, no dia 16 de julho, a CGPROFI organizou evento virtual que apresentou as estratégias de divulgação e implementação do Guia, bem como promover o diálogo sobre o assunto. O Painel Brasileiro da Obesidade resenhou o Guia e traz neste boletim os principais pontos. 

O Fórum Intersetorial para combate às DCNTs no Brasil, que congrega mais de 100 organizações, se reuniu em 23 de abril, de forma virtual. No evento, foi lançado no Brasil o documento Nothing for Us Without Us da Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca o engajamento dos pacientes na construção das políticas para os cuidados e enfrentamento das doenças crônicas e não transmissíveis.

No dia 12 de julho de 2021, foi publicado pela Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), International Fund for Agricultural Development (IFAD), United Nations International Children’s Emergency Fund (UNICEF), World Food Programme (WFP) e World Health Organization (WHO), o relatório “The State of Food Security and Nutrition in the World 2021”. Esse relatório apresenta a primeira avaliação global da insegurança alimentar e desnutrição para 2020 e oferece algumas indicações de como a fome pode aparecer até 2030 em um cenário ainda mais complicado pelos efeitos da pandemia da COVID-19.

O Instituto Desiderata lançou em julho, o relatório anual, com destaque para os principais eventos, monitoramento de dados, inserção na formulação de políticas de enfrentamento à obesidade infantil, redes estratégicas e formas de mobilização para o tema, realizadas em 2020. 

Guia de Atividade Física para a População Brasileira

Autores: Secretaria de Atenção Primária à Saúde e Departamento de Promoção da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Relatório
Link para o original

O que é

  • Documento lançado pelo Ministério da Saúde em parceria com a UFPel e um conjunto de pesquisadores
  • Reúne as principais recomendações de atividade física por ciclos da vida
  • Subsidia profissionais e gestores e atores envolvidos com a promoção da atividade física para o aumento dos níveis de atividade física da população.

Porque é importante?

Esse Guia é fundamental para a estruturação das políticas de promoção da saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde com ênfase na prática de atividade física. Foi fruto de uma intensa articulação de saberes, cerca de 70 pesquisadores participaram da elaboração do guia.

Qual é o objetivo?

O objetivo do documento é reunir as principais recomendações de atividade física, divididas por ciclos da vida, para crianças, jovens, adultos e idosos, e algumas condições específicas, como gestantes e pessoas com deficiência, e ênfase na educação física escolar, considerando as condições físicas, os domínios e contextos nos quais se dá a prática de atividades físicas no Brasil. Além de subsidiar profissionais e gestores do SUS e dos demais atores envolvidos com a promoção da atividade física, unindo esforços intersetoriais para o aumento dos níveis de atividade física da população brasileira.

Quais são as principais conclusões?

Nesse documento, a atividade física é colocada como algo que deve fazer parte do dia a dia da população. Por ser algo que traz diversos benefícios, como controle do peso e a melhora da qualidade de vida, do humor, da disposição, da interação social e com o ambiente.

O Guia apresenta no seu escopo respostas para três grandes perguntas que norteiam a prática dos profissionais de saúde: 

  • o quanto de atividade física deve ser realizada: dentre as diversas possibilidades existentes, é preciso se atentar ao objetivo dessa atividade, a aptidão cardiorrespiratória, força, flexibilidade e equilíbrio necessários.
  • como que ela deve ser feita: pode ser realizada em diferentes intensidades (leve, moderada e vigorosa), que é o grau do esforço físico necessário para realizar a atividade física.
  • quais atividades podem ser realizadas: o documento explora os quatro domínios da atividade física na vida das pessoas, como no seu tempo livre; quando você se desloca; nas atividades do trabalho ou dos estudos; e nas tarefas domésticas.

Por exemplo, a questão do público infantil é enfatizada através da recomendação de mais tempo de atividade física por dia, para que esse hábito seja estruturado e consolidado ao longo da vida. No caso dos adultos e idosos, a quantidade é a mesma, meia hora por dia, porém a intensidade e os tipos de atividade física vão se diferenciar.

A cada ciclo da vida e nas condições específicas, o Guia traz elementos fundamentais para nortear a práticas dos profissionais:

  • o motivo para prática de atividade física naquele grupo específico, incluindo as vantagens para saúde e bem estar;
  • o quanto de atividade física pode ser feita;
  • quais atividades podem ser realizadas, com exemplos específicos;
  • orientações para prática adequada;
  • orientações para reduzir o comportamento sedentário;
  • sugestões de documentos que podem auxiliar na estruturação de atividades relacionadas;

“I don’t want them to think that what they said matters”: How treatment – seeking adolescents with severe obesity cope with weight-based victimization

Autores: Órla Walsh, Elizabeth Dettmer, Andrea Regina, Linlei Ye, Jennifer Christian, Jill Hamilton, Alene Toulany
Fonte: Clinical Obesity
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que é importante?

O presente artigo foi publicado esse ano, pela renomada revista Clinical Obesity. O contexto dessa pesquisa diz respeito a estigmatização e a discriminação do peso como fatores de estresse crônicos entre adolescentes com obesidade e que geram um efeito profundo em seu bem-estar psicológico. A capacidade dos adolescentes de lidar de forma adaptativa com a percepção da estigmatização e discriminação do peso tem um impacto importante e de longa data em sua saúde mental.

Qual é objetivo?

Este estudo tem como objetivo explorar como adolescentes em busca de tratamento com obesidade grave lidam com a vitimização baseada no peso.

A metodologia de pesquisa utilizada por esse estudo foi a qualitativa, com uma abordagem analítica fenomenológica interpretativa, que oferece insights sobre como uma determinada pessoa, em um determinado contexto, dá sentido a determinados fenômenos, que geralmente estão relacionados a experiências de significado pessoal. Esse aspecto da metodologia ajudou a compreender os tópicos emocionalmente carregados, como a vitimização baseada no peso.

Quais as principais conclusões?

Foram realizadas 19 entrevistas com adolescentes de 16 a 19 anos matriculados no Sickkids Team for Obesity Management Program (STOMP), que é um programa específico para atender adolescentes com obesidade grave, com duração de 2 anos.

O diferencial desse estudo para a literatura existente é o fato de ser a primeira pesquisa qualitativa a explorar como adolescentes em busca de tratamento com obesidade grave lidam com a vitimização baseada no peso. Esses adolescentes costumam usar estratégias de enfrentamento evitativas, que afastam completamente a pessoa da situação estressante, para lidar com a vitimização baseada no peso, como por exemplo fingir uma aparência forte/seguro, negação, isolamento e automutilação.

Esses tipos de estratégias estão associadas a resultados negativos para a saúde mental e devem ser avaliadas ao aconselhar adolescentes obesos em busca de tratamento que sofreram vitimização baseada no peso.

Policy brief – Obesidade Infantil: estratégias para prevenção e cuidado (em nível local)

Fonte: Projeto de Cooperação Sul-Sul para o Enfrentamento da Múltipla Carga da Má Nutrição em Escolares, ou Nutrir o Futuro
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Relatório
Link para o original

Por que é importante?

 O documento é um produto da parceria entre o World Food Programme e Projeto de Cooperação Sul-Sul para o Enfrentamento da Múltipla Carga da Má Nutrição em Escolares, ou Nutrir o Futuro, publicado no primeiro semestre de 2021.

Qual é o objetivo?

Tem como principal objetivo instrumentalizar gestores públicos locais (municipais e estaduais) com estratégias que podem ser implementadas localmente e assim incidir na redução e cuidado da obesidade infantil. Tendo como grandes bases, a forte influência dos ambientes promotores de saúde e da prática de atividade física, como fatores de prevenção e cuidado.

Quais são as principais conclusões?

Nesse sentido, esse documento explora de maneira singular, seis perguntas, que oferecem diversos elementos de gestão, que podem facilitar a tomada de decisão dos atores envolvidos.

  • Por que priorizar o tema da obesidade infantil?
    • Esse tópico traz diversos elementos epidemiológicos e sociais que deixam claro a importância de trabalhar a questão da obesidade infantil, reforçando as consequências desse agravo, como as experiências estigmatizantes que resultam em algumas situações de sofrimento mental, como a depressão e a ansiedade. 
  • Por que a obesidade infantil continua a crescer?
    • Dentre os principais motivos destacados por esse documento, é importante ressaltar que a obesidade é uma condição complexa, multifatorial e desafiadora para intervenção, pois exige ações em diversos setores, além da saúde.
  • O que fazer para prevenir e deter o avanço desse agravo?
    • As principais evidências científicas sobre esse assunto, apontadas pelo documento, ressaltam as seguintes estratégias: promoção da saúde nas escolas, campanhas de comunicação em saúde, medidas fiscais e protetivas, ambientes alimentares saudáveis, ações na atenção primária à saúde e atividades físicas nas cidades.
  • Quais os custos-benefícios disso?
    • O documento aborda a experiência positiva de Portugal em relação às medidas adotadas para prevenir e combater a obesidade infantil. Mas, também ressalta os principais desafios para estruturar políticas públicas efetivas nesse contexto. 
  • Como o setor saúde pode impulsionar ações com outros setores?
    • Uma das sugestões do documento é organizar um comitê intersetorial local para articular as ações elaboradas. E pra isso é importante convidar setores, como: agricultura, transporte, educação, economia, entre outros.
  • Como os gestores públicos devem agir em nível local?
    • O documento faz recomendações para cada eixo das estratégias apontadas no item 3, para facilitar a estruturação das metas e formas de implementação pelos gestores locais.