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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 08/2021 #08

Boletim PBO

  1. Publicado em: 14 de dez de 2021

  2. Período: De 26 de Novembro a 09 de Dezembro/2021

  3. Resenhas desta edição:
    1. Weight gain and obesity rates in transgender and gender-diverse adults before and during hormone therapy

      Autores: M. Kyinn, K. Banks, S. Y. Leemaqz, E. Sarkodie, D. Goldstein, M. S. Irwig

      Fonte: International Journal of Obesity

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

    2. “Your own pace, your own path”: perspectives of adolescents navigating life after bariatric surgery

      Autores: Ming K. Li, Thrmiga Sathiyamoorthy, Andrea Regina, Michele Strom, Alene Toulany, Jill Hamilton

      Fonte: International Journal of Obesity

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

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Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade manteve o seu ciclo de eventos com as lives:
      • de 09 de dezembro sobre “Opções terapêuticas para os pacientes com obesidade” que teve a participação de Dr. Fábio Trujillho, Vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos para Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) e Diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); e,
      • de 02 de dezembro com o tema “Dilemas e Desafios no Tratamento da Obesidade Infantil” com a convidada Dra. Maria Edna, Chefe da Liga de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP).

 

Publicações

Fique de olho

Cursos:

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fiquem de olho em nosso Canal do Youtube! Quintas-feiras semanais às 11h.

  • 16 de dezembro de 2021. Lançamento do Working Paper Formação para obesidade com Doralice Ramos, Pesquisadora Doutoranda do Painel Brasileiro da Obesidade.
  • 13 de janeiro de 2022. A importância da formação para obesidade nos currículos de educação física com Professor Doutor Carlos Alberto Eilert, Vice-Presidente da CONFEF.
  • 20 de janeiro de 2021. Aspectos da Sociologia da Obesidade: uma leitura de Jean-Pierre Poulain, com Guilherme Nafalski, Coordenador do Painel Brasileiro da Obesidade.

Weight gain and obesity rates in transgender and gender-diverse adults before and during hormone therapy

Autores: M. Kyinn, K. Banks, S. Y. Leemaqz, E. Sarkodie, D. Goldstein, M. S. Irwig
Fonte: International Journal of Obesity
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

O tratamento hormonal de afirmação de gênero (THAG) é base para o acompanhamento clínico de pessoas transgênero e gênero diverso. A testosterona é prescrita para transmaculinos e a combinação de estrogênio e antiandrogênio, quando não realizado orquiectomia, para transfemininos. O objetivo é modificar as características físicas de composição corporal, pele, face, cabelo, tamanho do seio, voz e função reprodutiva e sexual. Estudos sobre o tema mostraram ganho de peso com a THAG. Porém, há uma lacuna do conhecimento sobre o impacto no corpo a longo prazo, com tempo superior a 2 anos, principalmente em pessoas transfeminino.

Qual é o objetivo do estudo?

Esta pesquisa visa ser o maior e mais longo estudo, até o momento, sobre os efeitos da THAG em pessoas transgêneros.

Quais as principais conclusões?

Foram acompanhadas 470 pessoas por 5 anos (2007 a 2015), sendo 247 pessoas transfemininas e 223 transmasculinas.

No grupo transfeminino, 35,4% dos indivíduos tinham sobrepeso e 25% obesidade. Após cerca de dois anos houve ganho de peso de 2,0 – 4,9 kg nos pacientes com menos de 30 anos. A taxa de obesidade permaneceu constante no primeiro ano, aumentando depois desse período.

Entre pessoas transmasculinas, em 2 a 4 meses de terapia com testosterona, o peso aumentou 3 a 4%, correspondendo a um aumento ponderal médio de 2,4 kg. Em consequência, a pressão arterial sistólica elevou significativamente. Novo ganho de peso ocorreu 34 semanas depois do início da terapêutica. Desta forma, a prevalência de obesidade cresceu de 39% para 42 a 51% durante a THAG.

Os resultados deste estudo enfatizam a necessidade de acompanhamento de indivíduos em THAG. O ganho de peso coloca em risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis pessoas transmasculinas e trasnfemininas. Portanto, os seus cuidados com a saúde devem envolver uma equipe multiprofissional. Em relação às medicações utilizadas, os autores questionam se há combinações hormonais que possam ter menos repercussões no peso, mas que possam, ainda, proporcionar as características físicas desejadas por pessoas transgênero e gênero diverso. 

“Your own pace, your own path”: perspectives of adolescents navigating life after bariatric surgery

Autores: Ming K. Li, Thrmiga Sathiyamoorthy, Andrea Regina, Michele Strom, Alene Toulany, Jill Hamilton
Fonte: International Journal of Obesity
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

O tratamento da obesidade de crianças e adolescentes envolve, principalmente, modificações do estilo de vida. No entanto, cresce as evidências sobre a segurança e eficácia da cirurgia bariátrica em adolescentes com obesidade grave. Cuidado especial merece esse grupo de indivíduos pois, uma vez realizado o procedimento, as suas consequências estarão presentes por toda a vida adulta. Portanto, é importante compreender os benefícios da cirurgia bariátrica em adolescentes, não somente os aspectos metabólicos mas também os impactos psicossociais.

Qual é o objetivo do estudo?

A pesquisa teve como finalidade avaliar como a cirurgia bariátrica atendeu ou não as expectativas dos adolescentes a ela submetidos.

Quais as principais conclusões?

Trata-se de um estudo observacional que acompanhou 18 adolescentes e adultos jovens, com idade de 16 a 20 anos. Eles foram avaliados antes da cirurgia bariátrica e 6, 12 e 24 meses após o procedimento. Nas entrevistas semi-estruturadas, abordou-se as seguintes temáticas cujos relatos são destacados.

  • Expectativa versus realidade da perda de peso: Os participantes tinham consciência da diferença entre a perda de peso desejada e a definição de metas realistas para a perda ponderal. Por isso, alguns adolescentes se surpreenderam com a quantidade e velocidade da perda de peso. Cinco entrevistados mostraram desapontamento com a cirurgia. Apesar de terem  a percepção de que cada indivíduo tem uma trajetória diferente, atribuíam as suas frustrações ao tipo de procedimento escolhido, isto é, a gastrectomia sleeve em detrimento do bypass em Y de Roux. 
  • Contexto social: Os adolescentes se sentiram mais confortáveis em participar de novos ambientes sociais. Porém, conflitos internos permaneciam relacionados ao receio de aprovação das outras pessoas, seja de forma implícita por os tratarem de forma diferente após a cirurgia bariátrica seja de maneira explícita por receberem comentários sobre o procedimento. Embora chamassem mais atenção de outros indivíduos, se questionavam se o peso corporal deveria influenciar de tal forma as suas relações pessoais. Oportunidades de se relacionarem com amigos surgiram ainda em atitudes como simplesmente fazer compras de roupas com eles. Antes, devido ao tamanho da numeração, tinham dificuldades em encontrar algo que lhes servissem.
  • Imagem corporal: A cirurgia bariátrica impactou positivamente na imagem corporal, confiança e humor. Porém, o excesso de pele após a perda de peso foi motivo de preocupação com o corpo. Alguns adolescentes manifestaram o desejo de realizar cirurgia plástica. A perda de cabelo foi relatada por todos os entrevistados. Eles se impressionaram com a quantidade e a rapidez com que ocorreu este evento indesejado depois do procedimento.
  • Alimentação e movimento corporal: A cirurgia impôs alterações na rotina e consciência alimentar e na escolha dos alimentos. Os adolescentes notaram a falta de conexão entre corpo e mente. O desafio existia porque o estômago fez a cirurgia, mas o cérebro não. No comportamento, os desejos, a compulsão alimentar e o hábito de beliscar reduziram. Do ponto de vista físico, a síndrome de dumping foi relatada, especialmente no sexto mês. Ao se sentirem mais saudáveis, reduziram ou suspenderam o uso de medicações para comorbidades e melhoraram a mobilidade e as atividades do dia a dia. Em um ano, elevaram de forma mais pronunciada a atividade física de endurance.
  • Desafios para o sucesso a longo prazo: Os adolescentes manifestaram ansiedade e medo do reganho de peso. No pós-operatório, foi desafiador seguir as orientações médicas, por exemplo, relacionados ao uso polivitamínicos e às orientações nutricionais. Todos os entrevistados apontaram a necessidade de uma rede de apoio e do próprio suporte interno, como a auto-motivação, para alcançar os objetivos a longo prazo. As orientações da equipe de saúde também foram fundamentais para o sucesso.

O artigo finaliza com conselhos que os adolescentes dariam para aqueles que tem o intuito de fazer a cirurgia bariátrica. Eles enfatizam que a decisão deve ser informada, autônoma e baseada em resultados realistas. Deve-se evitar comparações pois cada um tem o seu caminho e é nele que se deve focar.