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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 04/2022 #12

Boletim PBO

  1. Publicado em: 1 de mar de 2022

  2. Período: De 11 a 24 de Fevereiro/2022

  3. Resenhas desta edição:
    1. Changes in weight-related outcomes among adolescents following consumer price increases of taxed sugar-sweetened beverages

      Autores: Tadeja Gračner, Fernanda Marquez-Padilla, Danae Hernandez-Cortes

      Fonte: JAMA Pediatrics

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

    2. Future steps to tackle obesity: digital innovations into policy and actions. Conference report, 29 June 2021.

      Autores: World Health Organization

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Relatório

Acessar em PDF

Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade manteve seu ciclo de eventos com as lives:
      • de 24 de fevereiro, com o lançamento do Working Paper “Linhas de cuidado para o sobrepeso e obesidade”, de autoria da professora e pesquisadora Mayara Miranda (PBO), que trouxe a discussão para os possíveis pontos de melhoria e adesão no atendimento à pessoa com excesso de peso; e,
      • de 17 de fevereiro, com o tema “Formação permanente para obesidade” com a convidada Luciana Castro, professora e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
  • Em 21 e 22 de fevereiro, o Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), que é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão financiado pela FAPESP vinculado à UNICAMP, USP, UNESP e UNIFESP, promoveu o VII Simpósio do CEPID OCRC.

 

Geral

  • Lançamento do site da campanha do Dia Mundial da Obesidade 2022 (World Obesity Day) com o lema “Todo mundo precisa agir” (Everybody needs to act).
  • No dia 15 de fevereiro, o Laboratório de Pesquisa em Nutrição e Saúde de Populações (Pensa), vinculado à Universidade Federal do Espírito Santos (Ufes), lançou o curta-metragem “Não é uma escolha”, que aborda a obesidade e seus determinantes.

Fique de olho

Cursos, pesquisas e chamadas

  • Cursos a distância e gratuitos, oferecidos pelo PEO-ERJ (UFRJ) e Telessaúde (UERJ) voltados para a temática da obesidade.

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fiquem de olho em nosso Canal do Youtube! 

Quintas-feiras às 11h.

  • 03 de março. Obesidade e câncer: uma abordagem clínica, com Raquel Santana (Centro de Pesquisa do Câncer da Georgetown University)
  • 17 de março. Obesidade nos currículos da nutrição, com a convidada Professora e Pesquisadora Vanille Pessoa, da Universidade Federal da Paraíba, para falar sobre a obesidade nos currículos da nutrição.

04 de Março, Dia Mundial da Obesidade. O que significa esta data?

Criado em 2015 pela World Obesity Federation (WOF), o Dia Mundial da Obesidade reúne profissionais da saúde, gestores, imprensa e outros grupos de interesse para estimular ações práticas que ajudem as pessoas a alcançarem o peso saudável, reduzindo a obesidade no mundo. Anteriormente, as ações aconteciam a nível regional. No Brasil, o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, instituído pela Lei nº 11.721/2008, era celebrado em 11 de outubro com objetivo de conscientizar a população sobre a importância de prevenir a obesidade. Em 2020, a WOF unificou as atividades ao redor do mundo e modificou a data do Dia Mundial da Obesidade para 04 de março. O Brasil aderiu a essa iniciativa. Este ano, o tema da campanha é “Todo mundo precisa agir” (Everybody needs to act). Confira as temáticas abordadas em edições anteriores.

2021 – Everybody needs everybody (Todos precisam de todos)

2018 – End weight stigma (Acabe com o estigma de peso)

2017 – Treat obesity now and avoid the consequences later (Trate da obesidade agora e evite consequências mais tarde)

2016 – Ending childhood obesity (Acabando com obesidade infantil)

2015 – We must act now (Devemos agir agora)

O Painel Brasileiro de Obesidade planejou uma agenda especial para a data. As atividades serão realizadas em 10 de março, das 10h às 12h, com o Webinar World Obesity Day, que contará com exposições de Nicolaas Pronk (Harvard University/ HealthPartners) e Corinna Hawkes (University of London). Será um momento de acolhimento sobre o cuidado da pessoa com obesidade e espaço para compartilhar cinco experiências da atuação multiprofissional para redução da obesidade no Brasil.

Changes in weight-related outcomes among adolescents following consumer price increases of taxed sugar-sweetened beverages

Autores: Tadeja Gračner, Fernanda Marquez-Padilla, Danae Hernandez-Cortes
Fonte: JAMA Pediatrics
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

O consumo de bebidas açucaradas, como refrigerantes, contribui para o excesso de peso. Por isso, alguns países aumentaram os impostos desses produtos para prevenir o ganho de peso não saudável. O México foi um dos países que adotou essa estratégia em 2014. 

Qual é o objetivo do estudo?

Comparar o impacto no peso de adolescentes antes e depois do aumento de preços decorrente da sobretaxa de bebidas açucaradas nas cidades mexicanas.

Quais as principais conclusões?

O efeito do aumento dos impostos no preço de prateleira foi diferente entre as cidades do México, variando de 5 a 15% no valor final para o consumidor. Em consequência, houve redução da venda desses produtos em 8%, em média, e do consumo domiciliar por adolescentes em 11%. 

O estudo apontou que:

  • mudanças na prevalência de obesidade só ocorreram em cidades em que o aumento de preço foi > 10% (em média, 16,6% de elevação do preço);
  • apenas entre as adolescentes do sexo feminino houve diminuição do excesso de peso depois de 2 anos de sobretaxação;
  • a cada 10% de aumento do preço das bebidas, a prevalência de excesso de peso diminuiu 1,3% pontos absolutos em 2 anos;
  • de forma relativa, o aumento de preço reduziu 2,4% e 3,0% o sobrepeso e obesidade entre as adolescentes, respectivamente;
  • a média de perda de peso foi de 0,35 kg neste grupo;
  • não houve diferença no peso de adolescentes que não estavam em risco para sobrepeso/obesidade.

Future steps to tackle obesity: digital innovations into policy and actions. Conference report, 29 June 2021.

Autores: World Health Organization
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Relatório
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A cada dia as pessoas passam mais tempo conectados a ambientes digitais. Neste meio, estão cercadas por informações e serviços que podem influenciar as suas escolhas e comportamentos alimentares. Novas formas de propaganda adaptaram-se aos ambientes de comida digital. Elas se tornaram mais direcionadas e pessoais. Por isso, é necessário discutir como as inovações digitais podem contribuir para as ações de políticas públicas e para o combate à obesidade.

Qual é o objetivo do relatório?

Apresentar o resultados das discussões da conferência “Futuros passo para combater a obesidade: inovações digitais nas políticas e ações”, realizada em 29 de junho de 2021, que buscou responder as perguntas:

  • Como a transformação digital está influenciando o consumo de alimentos e quais as consequências a longo prazo na saúde?
  • Como podemos usar as novas ferramentas digitais para criar modelos e metodologias para a coleta de dados e monitoramento das políticas relacionadas à obesidade?
  • Quais os potenciais caminhos que os governos têm ao usar inovações digitais para elaborar políticas públicas e ações de combate à obesidade?  

Quais as principais conclusões?

Ao responder o primeiro questionamento: como a transformação digital está influenciando o consumo de alimentos e quais as consequências a longo prazo na saúde?, o relatório aponta os efeitos nas políticas públicas. De um lado, as transformações digitais permitem que informações dos usuários sejam compartilhadas e acessadas de qualquer lugar por um profissional da saúde, proporcionando agilidade e integralidade no atendimento. A coleta de dados pode ser utilizada para nortear políticas e, assim, melhorar as ações de saúde.  Contudo, as inovações digitais levantam a discussão sobre cibersegurança, o que também faz necessária regulamentações sobre a temática. 

Outro aspecto que merece atenção é o crescimento dos aplicativos de entrega de refeições. Eles promovem acessibilidade e conveniência para alguns tipos de alimentos, inclusive de comidas que normalmente seriam inacessíveis para o indivíduo em um restaurante tradicional.

A transformação digital impactou também as táticas de propaganda. Elas são altamente persuasivas, uma vez que há pouca regulamentação sobre a sua forma de atuação no ambiente digital. A propaganda direcionada para as crianças é particularmente preocupante. O documento traz informações de que 8 em cada 10 propagandas de alimentos e bebidas são proibidas para o público infantil. Leis que regulamentam a propaganda digital são fundamentais para minimizar seus efeitos no comportamento alimentar das crianças. A falta de fiscalização sobre a venda de bebidas para menores de idade é mais uma dificuldade a ser superada.

Apesar dos desafios que o meio digital proporciona, também há aspectos positivos. Os aplicativos para smartphones podem ser uma fonte prática de acesso à composição nutricional de refeições e podem facilitar a escolha de alimentos do usuário ao identificar o seu perfil alimentar e, desta forma, sugerir como se alimentar de forma saudável.

Parte da segunda pergunta: como podemos usar as novas ferramentas digitais para criar modelos e metodologias para a coleta de dados e monitoramento das políticas relacionadas à obesidade? pode ser respondida por meio das análises de big-data. Atualmente, iniciativas como o foodDB e CLICK coletam um grande volume de informações sobre a venda de alimentos, como os preços e promoções dos produtos. No âmbito dos aplicativos, a entrega de cestas de alimentos por e-commerce pode promover uma alimentação mais saudável ao permitir que a pessoa compre frutas, legumes e verduras da estação com preços mais baixos.

Finalmente, o relatório levanta a questão: quais os potenciais caminhos que os governos têm ao usar inovações digitais para elaborar políticas públicas e ações de combate à obesidade? Inicialmente:

  • a base para elaboração de políticas públicas é a informação, cujo acesso è limitado pelos direitos de privacidade das crianças. Definir o perfil das suas atividades e conteúdos prejudiciais a que estão expostos pode violar esse direito individual. Neste sentido, uma solução é o próprio governo dar suporte para que os pais possam protegê-las contra as propagandas prejudiciais de alimentos, o que pode ser feito por meio de cursos de alfabetização digital, por exemplo.

Além disso:

  • apesar das informações da composição nutricional do alimento serem acessíveis, muitos aplicativos de entrega de refeições não as fornecem. Portanto, exigir que a plataforma apresente dados nutricionais do alimento, assim como o tamanho da porção, pode ser outra forma de atuação governamental;
  • as ferramentas digitais podem ajudar a controlar o acesso a bebidas inapropriadas para menores de idade; e,
  • o e-commerce de alimentos impacta o planejamento urbano. Políticas sobre o acesso físico a alimentos não saudáveis devem ser repensadas. O aumento de entregadores também pode afetar o trânsito da cidade e, por isso, é outro fator a ser considerado.

Uma vez que não há barreiras para os ambientes digitais de comida, um esforço global faz-se necessário. Políticas nacionais podem ser insuficientes para regulamentar redes internacionais de alimentos. Neste sentido, o primeiro país a se movimentar foi Portugal com a criação de legislações específicas para a propaganda digital de alimentos e com o lançamento do “Lisboa call to action” para proteger crianças do ambiente obesogênico digital.