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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 23/2022 #31

Boletim PBO

  1. Publicado em: 22 de nov de 2022

  2. Período: De 04 a 17 de Novembro/2022

  3. Resenhas desta edição:
    1. SARS-CoV-2 fires up inflammation in adipose tissue

      Autores: Norbert Stefan

      Fonte: Nature Reviews Endocrinology

      Publicado em: 2022

    2. Weight-normative messaging predominates on TikTok—A qualitative content analysis

      Autores: Marisa Minadeo, Lizzy Pope,Editor: Eliana Carraça

      Fonte: PLOS ONE

      Publicado em: 2022

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

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Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade (PBO) continua com o ciclo de lives semanais:

Fique de olho

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quintas-feiras, às 11h.

  • 24 de novembro. Live de lançamento do Working Paper “Envelhecimento e obesidade” com a apresentação da pesquisadora do PBO Mayara Miranda que abordará sobre o impacto da obesidade nos idosos. 
  • 01 de dezembro. Live “Promoção do controle do peso através de programas no ambiente de trabalho” com a participação de Alberto José Niituma Ogata, pesquisador da FGV.

SARS-CoV-2 fires up inflammation in adipose tissue

Autores: Norbert Stefan
Fonte: Nature Reviews Endocrinology
Publicado em: 2022
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade, uma condição caracterizada pela inflamação crônica do corpo, está associada à maior gravidade da Covid-19. Porém, ainda não estão claros os mecanismos envolvidos nos efeitos adversos da infecção do novo coronavírus. 

Qual é o objetivo do artigo?

Avaliar se o tecido adiposo é suscetível ao vírus SARS-CoV-2 e como a infecção pode causar inflamação e alterações funcionais na célula. 

Quais as principais conclusões?

Os autores se propuseram a estudar o tecido adiposo (ou gorduroso) de pessoas que faleceram por Covid-19. Eles detectaram material genético do vírus em vários depósitos de gordura e o próprio Sars-CoV-2 nos adipócitos, ou seja, nas células que armazenam gordura. Associada à presença do vírus, observaram uma resposta de defesa com aumento da inflamação local. Desta forma, o Sars-CoV-2 teria duas células alvo no tecido adiposo: os adipócitos maduros e as células de defesa (macrófagos) locais que promovem inflamação. O aumento do processo inflamatório e o excesso de gordura corporal justificaria maior gravidade da Covid-19 em pessoas com obesidade.  

Os pesquisadores também coletaram células de gordura de pessoas que realizaram cirurgia bariátrica ou cardiotorácica. Eles deixaram essas células expostas ao coronavírus e, após 24 horas, observaram que os adipócitos tinham sido infectados. Os resultados mostraram que o Sars-CoV-2 não depende da proteína ACE-2 para se ligar e entrar na célula de gordura. Além dos adipócitos, o vírus também é capaz de infectar células de defesa, os macrófagos, do tecido adiposo. 

Em conjunto, estes achados indicam que o tecido adiposo pode ser um reservatório do coronavírus no corpo, permitindo a sua infecção e replicação. O excesso de gordura corporal de pessoas com obesidade e a inflamação decorrente da infecção do vírus justificaria a maior gravidade da Covid-19 nestes indivíduos. 

Weight-normative messaging predominates on TikTok—A qualitative content analysis

Autores: Marisa Minadeo, Lizzy Pope,Editor: Eliana Carraça
Fonte: PLOS ONE
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

Desde o seu lançamento em 2018, já foram realizados mais de 2 bilhões de downloads do Tik Tok. Em 2020, esta plataforma de mídia social revelou que um terço dos 49 milhões de usuários regulares tinham menos de 14 anos. A cultura da dieta, a normatização do peso e o ideal da magreza nas mídias sociais estão associados com transtornos alimentares e auto-imagem corporal negativa, conforme mostram estudos. 

Qual é o objetivo do artigo?

Identificar os principais assuntos sobre alimentação, nutrição e peso postados no Tik Tok.

Quais as principais conclusões?

Os pesquisadores analisaram os vídeos mais visualizados das dez hashtags mais populares sobre imagem corporal e comportamento alimentar, cada uma com mais de um bilhão de postagens.

A maioria das publicações foram feitas por jovens do ensino médio ou da faculdade (53,5%) e por  mulheres (64,6%). Mais de 30% das postagens foram produzidas por pessoas que se enquadravam no ideal de magreza, até mesmo conteúdos relacionados à perda de peso. Este último foi o tema predominante das postagens. Vídeos do tipo “antes e depois” eram comuns e possuíam o mesmo formato, o que mostra um padrão para torná-los populares. 

A glorificação da perda de peso e a abordagem normativa do peso, isto é, a perspectiva de que toda pessoa com obesidade precisa de intervenção focada na perda de peso, estavam presentes inclusive em hashtags que, a princípio, acreditava-se serem neutras, como whatieatinaday e mealprep. Ao invés de apresentarem uma variedade de comidas típicas, tinham o objetivo de mostrar como preparar alimentos para uma dieta específica ou o que (e quão pouco) a pessoa comia para perder peso. A hashtag whatieatinaday se tornou tão peso normativa que atualmente possui aviso de cuidado nas postagens e o direcionamento do usuário para a Associação Nacional de Transtornos Alimentares. Mensagens de aceitação do peso corporal foram raras (1,4%) e muitas vezes acompanhadas de estigma internalizado, por exemplo “eu ganhei 9 kilos, mas ainda me amo”.

A situação se agrava ao analisar os conteúdos sobre nutrição (#nutrition). Nos vídeos, influenciadores sem formação em saúde dão conselhos nutricionais sobre como perder peso. O estudo evidenciou a escassez de voz dos especialistas nas postagens. Portanto, conclui-se que os profissionais da saúde devem se familiarizar mais com as mídias sociais para que possam compreender e aprimorar o cuidado em saúde de adolescentes e jovens.