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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 24/2022 #32

Boletim PBO

  1. Publicado em: 6 de dez de 2022

  2. Período: De 18 de Novembro a 01 de Dezembro/2022

  3. Resenhas desta edição:
    1. The social origins of obesity within and across generations

      Autores: Erik Hemmingsson, Paulina Nowicka, Stanley Ulijaszek, Thorkild I. A. Sørensen

      Fonte: Obesity Reviews

      Publicado em: 2022

    2. Premature deaths attributable to the consumption of ultraprocessed foods in brazil

      Autores: Eduardo A.F. Nilson, Gerson Ferrari, Maria Laura C. Louzada, Renata B. Levy, Carlos A. Monteiro, Leandro F.M. Rezende

      Fonte: American Journal of Preventive Medicine

      Publicado em: 2022

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

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Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade (PBO) continua com o ciclo de lives semanais:

16 a 18 de novembro. A Aliança Latino-Americana (ALASAG) para a Saúde Global realizou o VII Congresso de Saúde Global da América Latina e do Caribe com transmissão do evento da Escola de Saúde Pública da Universidade do Chile.

Publicações

Fique de olho

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quintas-feiras, às 11h.

  • 08 de dezembro. Na live “Como usar o mapa de evidências de excesso de peso infantil?” o especialista de projetos do Hospital do Coração (HCor) São Paulo, João Gabriel Sanchez, apresenta o mapa de evidências que a equipe de Alimentação Cardioprotetora do HCor elaborou em parceria com a Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN/MS).
  • 15 de dezembro. A live “Retrospectiva 2022: No Brasil e no mundo” traz para o público os fatos, eventos e publicações que marcaram a temática da obesidade no Brasil e no mundo, com comentários e detalhes acompanhados pela equipe PBO. 

Editorial

O ano de 2022 foi marcado por eventos, novidades e acontecimentos no mundo da obesidade e o Painel Brasileiro da Obesidade (PBO), uma iniciativa do Instituto Cordial, trouxe estes fatos em destaque a cada edição do Boletim. Agora encerramos mais um ano mantendo os leitores informados. 

Completamos três anos convivendo com a pandemia de Covid-19. Em meio a idas e vindas de aumentos de casos da doença, o relatório do estudo Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em tempos de pandemia (Covitel), apresentado em nossa edição n.10, expôs as sequelas enfrentadas pelas pessoas que se infectaram com o vírus. Sabemos que indivíduos com obesidade têm maior risco de quadros graves da doença. Felizmente a vacinação veio para reverter esse cenário. Em nossos Boletins, discutimos com otimismo sobre a taxa de vacinação e a eficácia da vacina para esse público (n.14/2022). 

Os desafios emergidos da pandemia também foram revelados em outras publicações do Boletim. Temas como o manejo da obesidade na pandemia, a necessidade de informações e dados confiáveis sobre a doença, os sucessos e fracassos da telessaúde na Covid-19 e como o vírus causa inflamação e encontra nas células de gordura um local favorável para a sua multiplicação foram tópicos quentes apresentados em primeira mão para o leitor. Além disso, trouxemos a perspectiva da falta de equidade no reconhecimento da obesidade e, consequentemente, no acesso a tratamentos

Tivemos, durante o ano, a publicação de importantes relatórios sobre a situação da obesidade no Brasil e no mundo. No plano internacional destacamos o Atlas Mundial da Obesidade 2022 e o Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo. Olhando para o Brasil, trouxemos de forma sucinta os principais aspectos da Vigitel realizada em 2021 e relatamos sobre a obesidade e utilização de serviços de saúde no Brasil: diante dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Na perspectiva de um futuro que exige mudanças, relatamos os resultados da “Tendência temporal e projeção da epidemia da obesidade em adultos brasileiros entre 2006 e 2030”.

Avançar na redução da obesidade exige mudanças radicais, começando com a própria forma como é compreendida a pessoa com obesidade. O Boletim n.23 expôs com mensagens normativas direcionadas para a perda de peso, muitas vezes utilizando estratégias sem comprovações científicas, são amplamente difundidas nas mídias sociais por influenciadores sem qualquer formação na área da saúde. Neste sentido, falamos que “Linguagem importa!”. Abordamos a obesidade e a gordofobia por meio das percepções das pessoas com excesso de peso e em nossa edição n.20 mostramos algumas “Estratégias eficazes para acabar com o estigma do peso na área da saúde”

O ano de 2022 também deixou legados. Tivemos avanços nas discussões sobre o que é obesidade metabolicamente saudável e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica apresentou uma proposta de classificação da obesidade baseada no histórico de peso. Nas políticas públicas, em diferentes edições dos Boletins apresentamos os impactos da taxação de bebidas açucaradas, da regulação da propaganda de alimentos para o público infantil, das experiências internacionais de mudanças da rotulagem nutricional (que começou a ser implementada no Brasil) e da estruturação de uma linha de cuidados direcionada para a pessoa com obesidade.

Em meio a Copa do Mundo do Catar, que acontece em pleno dezembro, seremos lacônicos e não reportaremos tudo o que aconteceu no decorrer das 24 edições, 48 textos científicos e 19 experiências dos Boletins PBO

Na iminência do ano que chega, mantemos a nossa missão de ser o portal número um de informações sobre a obesidade e continuamos com os Boletins trazendo as publicações científicas mais “quentes” sobre o tema. Acompanhem a edição n.01 de 2023. Esperamos revê-los!

The social origins of obesity within and across generations

Autores: Erik Hemmingsson, Paulina Nowicka, Stanley Ulijaszek, Thorkild I. A. Sørensen
Fonte: Obesity Reviews
Publicado em: 2022
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A vida humana ocorre dentro de um contexto social. Desta forma, fatores sociais influenciam o desenvolvimento da obesidade.

Qual é o objetivo do artigo?

Apresentar um modelo que integra fatores sociais, principalmente relacionados às adversidades, às origens da obesidade, atuando em conjunto com as influências genéticas.

Quais as principais conclusões?

Fatores sociais, principalmente relacionados às adversidades, quando associados à predisposição genética, têm uma importante influência sobre o desenvolvimento da obesidade. Estes determinantes sociais atuam por meio de uma cascata de processos psicológicos, emocionais, comportamentais e fisiológicos, como insegurança, emoções negativas e estresse crônico que, de forma direta ou indireta, podem contribuir com o ganho de peso e a obesidade. Em um ciclo vicioso, uma vez que a obesidade está presente, ela contribui para o estigma do peso e o estresse pernicioso que levam ao ganho de mais peso e agravam as dificuldades sociais enfrentadas pelo indivíduo. 

Os aspectos genéticos têm seu papel em perpetuar a obesidade entre gerações. Eles influenciam a forma como a pessoa lida com as adversidades sociais e psicológicas e, portanto, exercem efeito sobre a manifestação da obesidade. Além de favorecer o surgimento da obesidade na geração atual, a epigenética, que é a capacidade do corpo de ativar ou silenciar alguns genes, irá contribuir para a transmissão da obesidade de pai para filho. 

Neste contexto, enfrentar a obesidade também significa combater as desigualdades sociais. Os esforços para prevenção do excesso de peso podem ser melhor direcionados ao integrar múltiplos aspectos relacionados às adversidades vividas pelo indivíduo, família e comunidade, principalmente decorrentes da baixa renda e escolaridade.

Premature deaths attributable to the consumption of ultraprocessed foods in brazil

Autores: Eduardo A.F. Nilson, Gerson Ferrari, Maria Laura C. Louzada, Renata B. Levy, Carlos A. Monteiro, Leandro F.M. Rezende
Fonte: American Journal of Preventive Medicine
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

O consumo de alimentos processados (AUP) está associado ao aparecimento de doenças crônicas não-transmissíveis (DCNTs), como diabetes e doenças cardiovasculares, em um relação dose-resposta. 

Qual é o objetivo do artigo?

Estimar as mortes prematuras atribuíveis ao consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil.

Quais as principais conclusões?

No Brasil, em 2019, quase metade (48,24%) das mortes prematuras de pessoas de 30 a 69 anos de idade foram causadas por DCNTs. Destas, o consumo AUP foi responsável por 57 mil mortes, o correspondente a 21,8% de todas os óbitos por DCNTs. A população masculina é a mais atingida pelas mortes decorrentes da ingestão excessiva de AUP. Porém, os jovens são os que mais se beneficiaram com a redução do consumo desse tipo de produto. 

Para verificar os impactos da diminuição do consumo de AUP, os autores projetaram três diferentes cenários. No primeiro, reduzir a ingestão de AUP em 10% do consumo energético total poderia prevenir ou adiar cerca de 5,9 mil mortes prematuras por ano. No contexto de uma redução de 20% e 50% da participação de AUP no consumo de energia, aproximadamente 12,0 e 29,3 mil mortes poderiam ser evitadas, respectivamente.