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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 04/2023 #36

Boletim PBO

  1. Publicado em: 28 de fev de 2023

  2. Período: De 10 a 23 de Fevereiro/2023

  3. Resenhas desta edição:
    1. Urbanization and cardiovascular health among Indigenous groups in Brazil

      Autores: Anderson da Costa Armstrong, Carlos Dornels Freire de Souza, Juracy Marques dos Santos, Rodrigo Feliciano do Carmo, Dinani Matoso Fialho de Oliveira Armstrong, Vanessa Cardoso Pereira, Ana Marice Ladeia, Luis Claudio Lemos Correia, Manoel Barral-Netto, Joao Augusto Costa Lima

      Fonte: Communications Medicine

      Publicado em: 2023

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

    2. Prevalence of food and beverage brands in “made‐for‐kids” child‐influencer YouTube videos: 2019–2020

      Autores: Frances Fleming‐Milici, Lindsay Phaneuf, Jennifer Harris

      Fonte: Pediatric Obesity

      Publicado em: 2023

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

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Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade (PBO) manteve o ciclo de lives semanais com o evento: 
    • 16 de fevereiro. Live “A importância da atividade física nas cidades” com a participação do Prof. Alex Florindo, da Universidade de São Paulo (USP), que discutiu sobre a necessidade dos espaços urbanos oferecerem estruturas mínimas para a prática de atividade física e prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNTs);
  • 16 de fevereiro. O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) promoveu o debate de especialistas sobre “A promoção da saúde no combate e prevenção ao câncer”;
  • 14 de fevereiro. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) promoveu o webinar “A transformação digital dos sistemas de saúde: oportunidades e desafios” com as palestras de Ana Estela Haddad, Secretária da Secretaria de Saúde Digital do Ministério da Saúde, e Rifat Atun, professor de Global Health Systems da Universidade de Harvard; 
  • 13 de fevereiro. O Fórum DCNTs apresentou os novos Grupos Temáticos (GT) da instituição. Serão 10 GTs, entre eles o de Obesidade, proposto pelo Instituto Cordial e Obesidade Brasil, que serão os facilitadores;
  • 13 de fevereiro. O Grupo de Estudos de Transtornos Alimentares e Obesidade (GESTALO) realizou a live de abertura das suas atividades com o tema “Distorção da imagem corporal: como reconhecer e tratar?”. A apresentação contou com a palestra da professora e criadora do método BT para Distorção de Imagem Corporal, Bianca Thurm;
  • 10 e 11 de fevereiro. O Núcleo de Epidemiologia e Biologia da Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Nebin/UERJ) realizou o workshop “Consumo de açúcar, gorduras e sal na mortalidade da população brasileira”. O evento discutiu os dados do Inquérito Nacional de Alimentação (INA), módulo de consumo alimentar da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e de futuras pesquisas:

Estudos de validação do software GloboDiet e Brasil-Nutri” com Dirce Lobo Marchioni e Jéssica Levy;

“Usos do consumo alimentar para definição de políticas públicas” com Ana Maria Spaniol, Consultora na Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde;

“Consumo de sal no Brasil” com Amanda de Moura Souza;

“Mortes prematuras evitáveis e consumo alimentar” com Rosely Sichieri.

Publicação

  • A American Academy of Pediatrics (AAP) publicou a primeira diretriz sobre “Avaliação e tratamento de crianças e adolescentes com obesidade”. O documento contextualiza o cenário epidemiológico da obesidade e, dentre as formas terapêuticas, discute o uso de medicações e a indicação de cirurgia bariátrica;
  • O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) lançou a Coleção Escolas Saudáveis com conteúdo sobre a regulamentação da cantina escolar, capacitação dos cantineiros, proibição da publicidade de alimentos nas escolas e importância da escola como espaço de construção de hábitos alimentares saudáveis. O material é apresentado em três documentos:
    • Alimentação Saudável nas Escolas: Guia para municípios,
    • Alimentos Orgânicos nas Escolas: Guia para Gestores, e
    • Ambiente Alimentar das Escolas: Guia para Gestores.

Fique de olho

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quintas-feiras, às 11h.

  • 02 de março. Webinar de comemoração do Dia Mundial da Obesidade, com a presença de palestrantes nacionais e internacionais e troca de experiências de pessoas com obesidade. Este é um evento realizado pelo PBO em parceria com a Federação Mundial de Obesidade (WOF, na sigla em inglês);
  • 09 de março. Live “Promoção da atividade física para crianças”, com a presença de João Ricardo de Oliveira, professor  da Prefeitura Municipal de Sorriso (MT). Desde 2013, em parceria com a Faculdade Centro Mato-Grossense, o município desenvolve o projeto de Combate à Obesidade Infantil com crianças de 7 a 16 anos;
  • 16 de março. Live “Os compostos bioativos colaboram no tratamento da obesidade?”, com a participação de Cintia da Silva, consultora científica na Food & Health Assessoria e pós-doutoranda da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP). 

Urbanization and cardiovascular health among Indigenous groups in Brazil

Autores: Anderson da Costa Armstrong, Carlos Dornels Freire de Souza, Juracy Marques dos Santos, Rodrigo Feliciano do Carmo, Dinani Matoso Fialho de Oliveira Armstrong, Vanessa Cardoso Pereira, Ana Marice Ladeia, Luis Claudio Lemos Correia, Manoel Barral-Netto, Joao Augusto Costa Lima
Fonte: Communications Medicine
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

Comunidades indígenas tradicionais são mais vulneráveis à transição epidemiológica de doenças infecto contagiosas para as doenças crônicas não-transmissíveis, incluindo as doenças cardiovasculares. Estas são a principal causa de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Porém, pouco se sabe sobre a real presença dessas doenças entre indígenas, uma vez que estes povos são sistematicamente sub representados nos estudos populacionais. 

Qual é o objetivo do artigo?

Avaliar a prevalência de fatores de risco cardiovasculares em comunidades indígenas que vivem em diferentes graus de urbanização na Bacia do Rio São Francisco. 

Quais as principais conclusões?

Os resultados apresentados fazem parte do Projeto de Aterosclerose nas Populações Indígenas (PAI). Este foi um estudo transversal realizado entre 2016-2017, com pessoas de três comunidades, com diferentes níveis de urbanização: grupo indígena Fulni-ô, com menor grau de urbanização, grupo indígena Truká, com nível intermediário, e moradores da cidade de Juazeiro altamente urbanizada. A análise dos dados mostrou que:

  • Os grupos estudados eram compostos, em sua maioria, por pessoas com excesso de peso, sendo a prevalência de sobrepeso/obesidade foi de 72% no grupo Fulni-ô, 75% no grupo Truká e 79,5% em residentes de Juazeiro (Tabela 1);
  • Na avaliação da distribuição de gordura corporal:
    • Pessoas de Juazeiro apresentavam a maior razão cintura-quadril; 
    • Os homens do grupo Fulni-ô tinham a maior circunferência do pescoço e os do grupo Truká a maior razão cintura-quadril;
    • Por sua vez, as mulheres residentes em Juazeiro tinham a maior circunferência da cintura e razão cintura-quadril.
  • A prevalência de hipertensão arterial e/ou uso de medicação para controlar a pressão foi menor no grupo Fulni-ô (29,1%) comparado ao Truká (33,9%) e à população urbanizada de Juazeiro (33,8%);
  • No entanto, indivíduos do grupo Truká apresentavam pior controle da pressão arterial do que os demais.

Ao sumarizar os principais achados, foi possível concluir que a população indígena menos urbanizada, Fulni-ô, apresentava menos fatores de risco cardiovasculares do que os demais grupos. Porém, no contexto das populações indígenas estudadas, o aumento do grau de urbanização levou à piora dos fatores de risco cardiovasculares.

Prevalence of food and beverage brands in “made‐for‐kids” child‐influencer YouTube videos: 2019–2020

Autores: Frances Fleming‐Milici, Lindsay Phaneuf, Jennifer Harris
Fonte: Pediatric Obesity
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A regulamentação da publicidade infantil é objeto de luta de instituições de defesa ao consumidor e grupos de pais. Aplicar as leis existentes nas plataformas digitais, como o Youtube Kids, tem sido desafiador. Diante de pressões, em 2020 o Google, dono do Youtube, proibiu a presença de anúncios direcionados para crianças. Contudo, a nova regra não contempla as práticas mercadológicas de influenciadores como receber brindes e mencionar produtos sem acordos publicitários explícitos.

Qual é o objetivo do documento?

Comparar presença de publicidade de alimentos, bebidas e restaurantes em vídeos do Youtubers mirins. O objetivo foi verificar se houve mudanças do marketing infantil após a implementação da nova regra em 2020.

Quais as principais conclusões?

Especialistas analisaram o conteúdo de vídeos postados em canais de influenciadores mirins dos Estados Unidos antes (2019) e após (2020) a proibição da publicidade infantil no Youtube. As propagandas foram classificadas de acordo com: (1) presença  visual da marca do alimento, bebida ou restaurante, (2) outras formas de apresentação da marca, como exibição do logo em itens não-alimentícios ou menção verbal, e (3) ausência da marca dos alimentos, por exemplo, quando o alimento se apresenta fora da embalagem ou na embalagem original ocultando a marca. 

Segundo os critérios aplicados, os autores encontraram que:

  • Dois terços dos vídeos (65%) tinham pelo menos uma forma de aparição de alimento, sendo que:
    • 38% mostravam a marca do alimento,
    • 15% tinham outras formas de apresentação da marca do produto,
    • 51% exibiram alimentos sem a presença da marca, e
    • somente 25% não apresentaram marca de alimentos em qualquer momento do vídeo;
  • Não houve diferenças de um ano para o outro em relação às aparições totais de produtos relacionados a alimentos nos vídeos;
  • Contudo, aumentou em 30% as exibições de marcas de doces e reduziu em 45% as aparições de marcas de alimentos saudáveis (frutas, vegetais e água e leite puros);
  • três quartos das exibições de marcas eram de empresas de doces, salgadinhos, lanches doces, bebidas açucaradas e sorvetes;
  • Dentre as práticas mercadológicas, diminuiu a frequência com que a marca era exibida de forma isolada e aumentou o número de vezes que o influenciador sugeria o seu consumo ou aparecia ingerindo o alimento;
  • Dentre os vídeos sem presença de marcas, apenas as aparições relacionadas a alimentos saudáveis aumentaram (de 29% para 42%).

Os vídeos analisados em 2020 somam mais de 155 bilhões de visualizações. Estes números mostram o potencial prejuízo que a exposição de crianças a marcas de alimentos não-saudáveis pode trazer para a saúde. O cenário se agrava diante do aumento considerável de horas que elas ficam conectadas no Youtube e do crescente uso de influenciadores digitais como ferramenta de marketing