Destaques do período

Eventos

• O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) manteve o ciclo de eventos semanais com as atividades: 
  • 25 de maio, live “Obesidade grau III e sua influência na percepção da sexualidade masculina” com a participação de Francisco Ricardo Miranda,  professor da Universidade Federal de Catalão (UFCAT);
• 01 de junho. A Sociedade Brasileira de Diabetes promoveu a live “Mitos e verdades sobre o bom controle do diabetes e transtornos alimentares”; 
• 29 de maio. O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) promoveu o debate “A Saúde do povo e o Novo Arcabouço Fiscal”;
• 29 de maio. O Fórum DCNTs divulgou a live “Distúrbios do sono – Fator de risco para Condições Crônicas Não-Transmissíveis (CCNTs): políticas e programas para prevenir e tratar”;
• 26 de maio. O Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC, da sigla em inglês)  realizou a live “Alimentação saudável e cuidados na primeira infância: atividade física e sono” com a apresentação da Profa. Andrea Maculano Esteves;
• 24 de maio. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em conjunto com a UNASUS promoveram o curso de capacitação “Estratégia de Prevenção e Controle da Obesidade Infantil (Proteja)”;
• 24 de maio. A  PricewaterhouseCoopers (PwC) realizou o webinar  “Revelando as barreiras políticas no cuidado do diabetes: como podemos melhorar os resultados” para divulgar os resultados do relatório sobre as políticas, em níveis nacional e local, que criam barreiras para um tratamento mais consistente e eficaz do diabetes na Europa;
• 23 de maio. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) promoveu o debate “Atlas da obesidade” sobre o crescimento dos índices de obesidade em todo o mundo;
• 23 de maio. A NCD Alliance e a Vital Strategies realizaram o webinar “Desvendando as ‘melhores opções’ das Doenças Crônicas Não-transmissíveis (DCNTs)”;
• 21 a 30 de maio. A Organização Mundial da Saúde presidiu a 76ª Assembleia Mundial da Saúde.  O evento ocorre anualmente em Genebra, na Suíça;
• 18 de maio. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) organizou o webinário “Melhorando a gestão da hipertensão, fortalecendo os cuidados de saúde primários”.

Publicações

• A Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP/FGV) publicou o documento “Obesidade e consumo das famílias: diagnóstico e implicações para políticas públicas”.

Geral

• O Ministério da Saúde divulgou a plataforma Informações de Vigilância em Saúde (IVIS) para disponibilizar informações e dados relacionados à vigilância em saúde no país. Através do IVIS, é possível acessar uma variedade de dados e indicadores, como registros de doenças, notificações de casos, cobertura vacinal, monitoramento de surtos e epidemias, além de permitir a visualização de mapas, gráficos e relatórios para facilitar a compreensão e análise dos dados.

Fique de olho

• A Sociedade Brasileira de Diabetes está com inscrições abertas, para começo imediato, do curso gratuito “Diabetes mellitus gestacional para profissionais da Atenção Primária à Saúde”;
• 01 de junho a 25 de julho. O Programa de Transtornos Alimentares (AMBULIM) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-UP) realiza a 12ª edição do Curso de Abordagens Inovadoras para o Tratamento da Obesidade;
• 08 a 10 de junho. A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica realizam o XX Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica no Rio de Janeiro;
• 14 e 15 de junho. A Organização Mundial da Saúde promove a conferência ministerial de Doenças Crônicas Não-transmissíveis (DCNTs) e saúde mental dos Small Island Developing States (SIDS);
• 02 a 05 de julho. O Conselho Nacional de Saúde (CNS), juntamente com o Ministério da Saúde, realiza a 17ª Conferência Nacional de Saúde com o tema “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia: amanhã vai ser outro dia”. O evento, que acontece a cada quatro anos, é um espaço de diálogo entre governo e sociedade para a construção das políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quintas-feiras, às 10h.

• 15 de junho. Webinar “Cenário da obesidade no Brasil: desafios e perspectivas” com as painelistas Paula Johns, diretora da ACT Promoção da Saúde, Kelly Alves, coordenadora geral de alimentação e nutrição do DEPROS/MS, e Magdalena Wetzel, chefe de políticas da Federação Mundial de Obesidade (WOF, na sigla em inglês). O objetivo deste webinar é apresentar os principais marcos nacionais e internacionais relacionados à obesidade, realizados no último ano, e debater cada um deles.Haverá também o lançamento do Atlas da World Obesity Federation (WOF) 2023, que foi traduzido pelo Painel Brasileiro da Obesidade.

Quintas-feiras, às 11h.

• 22 de junho. Live “Suplementos alimentares na perda de peso: perigo ou auxilio?” com a nutricionista Mariana Alves.

Health service delivery framework for prevention and management of obesity

Autores: World Health Organization
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Relatório
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Por que o tema é relevante?

Os esforços multissetoriais para influenciar comportamentos relacionados à dieta saudável e exercícios têm sido insuficientes para conter o aumento da prevalência da obesidade. Na 75ª Assembleia Mundial da Saúde em 2022, os Estados-Membros adotaram novas recomendações para a prevenção e gerenciamento da doença e endossaram o Plano de Aceleração da OMS para Combater a Obesidade. Este modelo de prestação de serviços representa o componente dos sistemas de saúde do plano e oferece uma direção a seguir.

Qual é o objetivo do documento?

 Ampliar o acesso a serviços de prevenção e manejo da obesidade para todas as faixas etárias ao longo do curso da vida.

Quais as principais conclusões?

O documento é direcionado, primariamente, para auxiliar os países (governos e formuladores de políticas) a promover uma resposta mais efetiva de prevenção e manejo da obesidade. O escopo apresentado é baseado nos seguintes princípios gerais:

• Foco na Atenção Primária à Saúde (APS) como ponto de entrada para a integração de serviços de obesidade e como um elo para intervenções multissetoriais;
• Abordagem sistêmica e integrada com vias de referência e contra-referência para um melhor continuum de cuidado e aumento da adesão ao tratamento;
• Foco na redução da vulnerabilidade e no apoio às populações vulneráveis;
• Compromisso com os princípios de direitos humanos, equidade e justiça social;
• Abordagem de “toda a sociedade”; e
• Abordagem centrada nas pessoas.

Neste contexto, o modelo de prestação de serviços de saúde para prevenção e manejo da obesidade busca:

• Identificar a obesidade como uma das DCNTs que devem ser prevenidas e tratadas de forma adequada dentro do sistema de saúde;
• Integrar e organizar a prevenção e o tratamento da obesidade com ênfase nos sistemas existentes de prestação de serviços de saúde e nas comunidades;
• Apoiar a alocação de recursos e suprimentos adequados, incluindo a capacitação de profissionais de saúde em todos os níveis; e
• Influenciar e apoiar a inclusão de estratégias de prevenção e tratamento da obesidade dentre os cuidados oferecidos na APS e na atenção primária dos planos de saúde e de seguro nacional e em outros esquemas de cobertura financeira nos países.

A partir desses aspectos, no decorrer do documento são discutidas, a nível da comunidade e da atenção primária, secundária e terciária, as estratégias de integração da prestação de serviços de saúde, as oportunidades de prestação de serviços não relacionados à saúde e os serviços para prevenir e gerenciar a obesidade desde a pré-concepção até a idade adulta.

Economic burden of childhood overweight and obesity: A systematic review and meta‐analysis

Autores: Jiying Ling, Sisi Chen, Nagwan R. Zahry, Tsui‐Sui Annie Kao
Fonte: Obesity Reviews
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
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Por que o tema é relevante?

A obesidade na infância impõe desafios pessoais, sociais e econômicos para as crianças e seus pais, comunidades e países. As consequências econômicas diretas da obesidade na infância podem incluir os gastos médicos, enquanto os custos indiretos estão relacionados ao mercado de trabalho, como absenteísmo no trabalho e menor produtividade dos cuidadores devido ao cuidado de crianças doentes. Além disso, o sobrepeso e a obesidade na infância podem persistir até a idade adulta, resultando em custos ao longo da vida mais altos, incluindo comorbidades relacionadas à obesidade e tratamentos.

Qual é o objetivo do artigo?

Avaliar, quantitativamente, o impacto econômico mundial do sobrepeso e obesidade na infância em comparação com um peso saudável.

Quais as principais conclusões?

A análise dos custos da obesidade infantil, em comparação com crianças com peso dentro dos valores normais, permitiu identificar que:

• O excesso de peso aumentou os custos médicos anuais totais em US$ 237,55 por pessoa, com o sobrepeso representando um aumento de US$ 190,51 e a obesidade de US$ 307,72 por pessoa a cada ano;
• Em média, o sobrepeso e a obesidade elevaram os gastos em US$ 56,52 com cuidados fora dos estabelecimentos de saúde, US$ 14,27 com consultas ambulatoriais, US$ 46,38 com medicamentos e US$ 1.975,06 com hospitalizações;
• O aumento dos custos das internações hospitalares quando o diagnóstico primário era obesidade foi de US$ 6.997,29 por pessoa, sendo significativamente mais elevados do que quando o diagnóstico era sobrepeso.
• O sobrepeso e a obesidade na infância resultaram em custos indiretos significativamente mais altos do que os custos diretos de cuidados de saúde, estimados em US$ 13,62 bilhões e US$ 49,02 bilhões até 2050, respectivamente; 
• Os custos médicos ao longo da vida economizados devido a uma redução de 1% no sobrepeso e obesidade na adolescência em 2000 foram de US$ 798,37 milhões (US$ 99,41 por pessoa).