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Amamentação materna cresce no Brasil; conheça os benefícios

Brasil se aproxima de meta da OMS para promoção do aleitamento materno; saiba como receber orientações

André Derviche Carvalho

15 de ago de 2024 (atualizado 3 de set de 2024 às 15h10)

De acordo com mapeamento da OMS (Organização Mundial da Saúde), a taxa de aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade cresceu no Brasil entre 2017 e 2023. Atualmente, esse valor está em 45,8%, o que sugere uma aproximação à meta de 50% da OMS até 2025. Porém, especialistas ainda reforçam a importância de disseminar boas práticas de amamentação materna. Conheça algumas.

“[O leite materno] É um alimento de alto valor biológico, de nutrição e de proteção humanitária. Temos que ajudar as mães a amamentar e a amamentar em qualquer local. Isso é super importante”, defende a professora Rosane Rito, da Faculdade de Nutrição da UFF (Universidade Federal Fluminense).

Para cumprir com esses benefícios, o sistema de saúde precisa estar preparado para reforçar a prática da amamentação. Mais especificamente, os profissionais da saúde devem estar informados 15para orientar as mães sobre boas práticas e para tirar dúvidas e inseguranças.

A recomendação é que o aleitamento materno seja mantido de forma exclusiva até os seis meses de idade e de forma complementar até os dois anos. Assim, o leite materno garante uma ação imunomoduladora, um amadurecimento do intestino e do metabolismo da criança e uma proteção contra DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis).

“Amamentar exige que os profissionais tenham competência técnica para conversar com as mulheres. O curso de aconselhamento em amamentação dura 40 horas, não é tão simples assim. Precisamos dar auxílio e orientação para que as pessoas que estão amamentando possam tomar suas decisões”, diz a professora Rosane.

Apoio à mulher que amamenta

Com isso em mente, a UFF organizou um projeto de extensão para fornecer apoio à mulher que amamenta. É a iniciativa Mama (Mulheres Apoiando Mulheres na Amamentação). O grupo conta com diversas voluntárias consultoras em amamentação. A ideia é apoiar de forma gratuita gestantes e mães que tenham dúvidas quanto à amamentação.

A professora Rosane conta que as queixas e dúvidas são diversas, indo desde dificuldades na pega ou posicionamento até dores ao amamentar. Para sanar dúvidas e inseguranças, basta seguir o Mama no Instagram e enviar dúvidas por mensagens.

Vale lembrar que o aleitamento materno e a alimentação saudável são eixos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, que existe desde 2015.

Além disso, o Ministério da Saúde conta com a estratégia de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta. O objetivo é criar nas empresas uma cultura de respeito e apoio à amamentação como forma de promover a saúde da mulher trabalhadora e de seu bebê. Isso inclui a oferta de salas de amamentação em espaços de trabalho.

Importância da amamentação materna

Como mostrado, o aleitamento materno apresenta uma série de benefícios para a saúde da criança. No entanto, quando não há o suporte necessário para a mãe, os alimentos industrializados acabam sendo uma alternativa mais acessível.

“São muitas as situações de desigualdade e de exposição à fragilidade. Todas as mães que estão amamentando estão expostas a um marketing agressivo da indústria que ainda não tem uma regulamentação na internet”, aponta a professora Rosane

Por isso, regular esse setor é importante. Nesse sentido, o levantamento da OMS mostrou que a regulação, por meio de um Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, está fortemente associada a taxas mais elevadas de amamentação.

Promoção na educação infantil

A professora Rosane enxerga a escola e a educação infantil como um todo como um espaço possível para a promoção da amamentação. “Que as crianças possam brincar de amamentar. Isso vai se dar com as famílias e as escolas dando esse apoio”, diz.

Algumas iniciativas podem incluir rodas de conversa sobre o tema, contação de história, aulas temáticas de desenho, entre outras.

A escola também pode ser um ponto de apoio oferecendo orientação para a mãe sobre protocolos de amamentação. Além disso, os funcionários das unidades escolares devem estar capacitados para receber, armazenar e oferecer leite materno para as crianças.