Resumo traduzido por

Contexto A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em 2020 diretrizes globais atualizadas sobre atividade física e comportamento sedentário para crianças, adolescentes, adultos, idosos e subpopulações, como mulheres grávidas e puérperas e pessoas que vivem com condições crônicas ou deficiências. Objetivo Resumir as evidências sobre as associações entre atividade física, comportamento sedentário e resultados relacionados à saúde usadas para informar as diretrizes da OMS de 2020 sobre atividade física e comportamento sedentário para crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. Métodos A atualização das recomendações das diretrizes da OMS para crianças e adolescentes utilizou e atualizou sistematicamente as sínteses de evidências sobre atividade física e comportamento sedentário conduzidas para as Diretrizes Canadenses do Movimento de 24 Horas para Crianças e Jovens de 2016, as Diretrizes Australianas do Movimento de 24 Horas para Crianças de 2019 e Jovens (5–17 anos) e as Diretrizes de Atividade Física para Americanos de 2018, Segunda Edição. Foram identificadas revisões sistemáticas publicadas de 2017 a julho de 2019 que abordavam as questões principais, e a estrutura de Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação de Classificação de Recomendações (GRADE) foi usada para avaliar a certeza da evidência para todo o conjunto de evidências. Resultados A busca na literatura atualizada rendeu 21 revisões sistemáticas relevantes. A base de evidências revisada (ou seja, revisões sistemáticas existentes e novas) forneceu evidências de que maiores quantidades e intensidades mais altas de atividade física, bem como diferentes tipos de atividade física (ou seja, atividades aeróbicas e de fortalecimento muscular e ósseo) estão associadas a melhores resultados de saúde ( principalmente resultados intermediários). Havia evidências suficientes para apoiar recomendações sobre a limitação de comportamentos sedentários, que não foram abordadas nas diretrizes da OMS de 2010. No entanto, ainda não existem provas suficientes disponíveis para descrever completamente as relações dose-resposta entre a actividade física ou o comportamento sedentário e os resultados de saúde, e se as associações variam por tipo ou domínio de actividade física ou comportamento sedentário. Conclusões A abordagem das lacunas de investigação identificadas informará melhor as recomendações das orientações para crianças e adolescentes, e o trabalho futuro deverá ter como objectivo dar prioridade a estas áreas de investigação. Entretanto, são necessários investimento e liderança para ampliar políticas e programas conhecidos e eficazes destinados a aumentar a actividade de crianças e adolescentes.