Resumo traduzido por

A metabolômica aplicada para avaliar a resposta a um programa de redução de peso corporal (BWRP) pode gerar informações valiosas sobre os mecanismos/vias bioquímicas subjacentes aos benefícios cardiometabólicos induzidos pelo BWRP. O objetivo do presente estudo foi estabelecer as alterações induzidas pela BWRP no perfil metabolômico que caracteriza a condição de obesidade. Em particular, uma abordagem metabolômica direcionada validada por cromatografia líquida-espectrometria de massa em tandem (LC-MS/MS) foi usada para determinar um total de 188 metabólitos endógenos nas amostras de plasma de uma coorte de 42 adolescentes com obesidade (feminino/masculino = 32/ 10; idade = 15,94 ± 1,33 anos; escore de desvio padrão do índice de massa corporal (IMC SDS) = 2,96 ± 0,46) que foram submetidos a um BWRP de 3 semanas, incluindo dieta hipocalórica, exercício físico, educação nutricional e apoio psicológico. O BWRP foi capaz de melhorar significativamente a composição corporal (por exemplo, IMC SDS, p < 0,0001), a homeostase glicometabólica (por exemplo, glicose, p < 0,0001) e a função cardiovascular (por exemplo, pressão arterial diastólica, p = 0,016). Um total de 64 metabólitos foram significativamente reduzidos após a intervenção (pelo menos p <0,05), incluindo 53 glicerofosfolipídios (23 PCs ae, 21 PCs aa e 9 lisoPCs), 7 aminoácidos (tirosina, fenilalanina, arginina, citrulina, triptofano, ácido glutâmico e leucina), a amina quinurenina biogênica, 2 esfingomielinas e carnitina (livre) (C0). Pelo contrário, três metabólitos aumentaram significativamente após a intervenção (pelo menos p <0,05) – em particular, glutamina, trans-4-hidroxiprolina e octadecenoil-carnitina (C18:1). Concluindo, quando administrado a adolescentes com obesidade, um BWRP de curto prazo é capaz de alterar o perfil metabolômico no plasma.