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Abordagem terapêutica da obesidade: entre conceitos e preconceitos

Artigo de periódico
Abordagem terapêutica da obesidade: entre conceitos e preconceitos
2015
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Abordagem terapêutica da obesidade: entre conceitos e preconceitos

Autores: Lucas Vieira Francisco, Rosa Wanda Diez-Garcia

Fonte: DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde

Publicado em: 2015

Tipo de arquivo: Artigo de periódico

Link para o original

Resumo

A obesidade, historicamente, é carregada de significados, produto de uma construção histórica de valores e crenças aliados a contextos sociais e culturais que moldaram o conceito que temos hoje. Com o processo de medicalização, a obesidade passou a ser encarada como uma doença que precisa ser combatida e, com isso, certos julgamentos e críticas ao paciente com obesidade são disseminados, estabelecendo julgamentos que repercutem nos mais diversos aspectos da vida do indivíduo com excesso de peso. Por estarem imersas nesse contexto cultural, as equipes de saúde apresentam um padrão de comportamento similar ao da população geral. Vista como uma escolha individual, a obesidade se associa a preguiça, falta de força de vontade pessoal, entre outros atributos que contribuem para sua rejeição - forças históricas e dinâmicas que compõem a representação da obesidade. Entender os mecanismos e expressões do estigma da obesidade deve ser parte da formação de profissionais de saúde, estando atentos para evitar a recorrência do estigma, o que, devido às forças da pressão social, deve ser um exercício imposto no cotidiano profissional. Explorar as relações entre conceitos e preconceitos associados à obesidade é objetivo deste ensaio para subsidiar uma reflexão sobre a abordagem terapêutica da obesidade.

Resumo traduzido por

A obesidade, historicamente, é fornecida de significados, produto de uma construção histórica de valores e refere-se a contextos sociais e culturais que moldaram o conceito que temos hoje. Com o processo de medicalização, a obesidade passou a ser encarada como uma doença que precisa ser combatida e, com isso, certos julgamentos e críticas ao paciente com obesidade são disseminados, estabelecendo julgamentos que repercutem nos mais diversos aspectos da vida do indivíduo com excesso de peso. Por estarem nesse contexto cultural, as equipes de saúde apresentam um padrão de comportamento semelhante ao da população geral. Vista como uma escolha individual, a obesidade se associa a preguiça, falta de força de vontade pessoal, entre outros atributos que são aprimorados para sua deficiência - forças históricas e dinâmicas que compõem a representação da obesidade. Entender os mecanismos e expressões do estigma da obesidade deve ser parte da formação de profissionais de saúde, tendo atenção para evitar a recorrência do estigma, ou que, devido às forças da pressão social, deve ser um exercício imposto no cotidiano profissional. Explorar as relações entre conceitos e preconceitos associados à obesidade é objetivo deste ensaio para subsidiar uma reflexão sobre a abordagem terapêutica da obesidade.