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Aplicação de métodos de imagem, bioelétricos, antropométricos e funcionais para avaliação de composição corporal e estado nutricional na doença renal crônica

Tese/Dissertação
Aplicação de métodos de imagem, bioelétricos, antropométricos e funcionais para avaliação de composição corporal e estado nutricional na doença renal crôn...
2021
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Aplicação de métodos de imagem, bioelétricos, antropométricos e funcionais para avaliação de composição corporal e estado nutricional na doença renal crônica

Autores: Natália Tomborelli Bellafronte

Publicado em: 2021

Tipo de arquivo: Tese/Dissertação

Link para o original

Resumo

Introdução. Baixa massa muscular, sarcopenia, obesidade e obesidade sarcopênica são presentes em pacientes com doença renal crônia (DRC) e associados a pior prognóstico clínico, tornando importante a avaliação de composição corporal nessa população. Objetivos. Avaliar a capacidade de mensuração de métodos de composição corporal "bed-side", bioimpedância elétrica (BIS) e antropometria, em pacientes com DRC em tratamento não dependente de diálise (NDD), hemodiálise (HD), diálise peritoneal (DP) e transplante renal (TxR), bem como de diagnosticar sarcopenia, obesidade sarcopênica e seus componentes; avaliar a concordância entre os dados de composição corporal obtidos por BIS e DXA; desenvolver novas equações de predição de massa livre de godura (MLG) e massa gorda (MG) por BIS; avaliar a concordância entre os critérios diagnósticos para baixa massa muscular, dinapenia e sarcopenia propostos pela "European Working Group on Sarcopenia in Older People" (EWGSOP2) e pela "Foundation of the National Institutes of Health" (FNIH), bem como a relação com adiposidade corporal total, central e fadiga; avaliar a concordância entre os diferentes critérios diagnósticos para obesidade sarcopênica e seus componentes. Metodologia. Estudo transversal e prospectivo em pacientes adultos (18 a 60 anos), ambos os sexos, com DRC em tratamento NDD, HD, DP e TxR, atendidos em um hospital terciário. Foram realizadas medidas de composição corporal por DXA, BIS em protocolo corpo-total e segmentar e antropometria. A avaliação por BIS também forneceu dados de ângulo de fase e água corporal. Emprego da força de preensão palmar (FPP) como medida de força muscular. Diagnóstico de sarcopenia de acordo com os critérios publicados pela EWGSOP2 e FNIH utilizando DXA e FPP, e de obesidade de acordo com a "International Society for Clinical Densitometry". A adiposidade também foi avaliada pelo índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), CC por altura (CC/A), índice de MG (IMG) e porcentual de MG (%MG). Diagnóstico de obesidade sarcopênica pela presença concomitante de baixa massa muscular e obesidade. Aplicação do pictograma da fadiga para avaliar fadiga. Aplicação do coeficiente de correlação intraclasse (CCI), coeficiente de concordância kappa e gráficos de Bland-Altman para análises de concordância. Análises de correlação realizadas com coeficiente de correlação de Pearson. Emprego de regressão linear para avaliação dos fatores interferentes na concordância entre métodos e para o desenvolvimento das novas equações. Avaliação do desempenho das novas equações por gráficos de histograma. Desenvolvimento de "Receiver operating characteristics curve" (ROC) para diagnóstico de tolerância inadequada (DXA - BIS ≥ 2kg). Aplicação de curva ROC e cálculo de área sob a curva (AUC) para avaliação do desempenho das medidas "bed-side" para os diagnósticos de sarcopenia, obesidade sarcopênica e seus componentes. Aplicação de regressão logística múltipla para avaliar a associação entre sarcopenia, excesso de gordura corporal e fadiga. Resultados. Foram avaliados 268 pacientes (NDD = 81; HD = 83; DP = 24; TxR = 80), 47±10 anos, 51% homens. A concordância entre BIS e DXA foi melhor para BIS em protocolo corpo-total; para MG (CCI homens = 0,894; mulheres = 0,931) do que MLG (CCI homens = 0,566; mulheres = 0,525), com maiores erros para MLG com aumento da massa muscular e para MG nos extremos de adiposidade; e menor para as análises de mudança de composição corporal (CCI MLG homens = 0,196; mulheres = 0,495; CCI MG homens = 0,465; mulheres = 0,582). As variáveis razão água extra por intracelular (AEC/AIC), IMC, IMG, CC, resistência e reatância interferiram significativamente na concordância entre BIS e DXA. O ponto de corte AEC/AIC ≥ 0,7250 foi determinado para tolerância inadequada entre BIS e DXA. A concordância entre os protocolos corpo-total e segmentar por BIS foi baixa. As novas equações de predição (MLG, r2 = 0,913; MG, r2 = 0,887) apresentaram tolerância adequada em 55 e 63% da amostra para MLG e MG comparado a 30 e 39% da equação original. MLG apendicular (MLGA) por BIS e circunferência da panturrilha (CP) apresentaram os melhores desempenhos para diagnóstico de baixa massa muscular (MLGA AUC: mulheres = 0.96, homens = 0,94; CP AUC: mulheres = 0,89, homens = 0,85). IMG por BIS e CC/A apresentaram os melhores desempenhos para diagnóstico de obesidade (IMG AUC: mulheres = 0,99, homens = 0,96; CC/A AUC: mulheres = 0,94, homens = 0,95). Os pontos de corte (sensibilidade e especificidade, respectivamente) em mulheres foram: para baixa massa muscular, MLGA ≤ 15,87 (90%; 96%) e CP ≤ 35,5 (76%; 94%); para obesidade, IMG > 12,58 (100%; 93%) e CC/A > 0,66 (91%; 84%); em homens foram: para baixa massa muscular, MLGA ≤ 21,43 (98%; 84%) e CP ≤ 37 (88%; 69%); para obesidade, IMG > 8,82 (93%; 88%) e CC/A > 0,60 (95%; 80%). Sensibilidade e especificidade foram: para diagnóstico de sarcopenia por MLGA+FPP, 85% e 99% em mulheres e 100% e 99% em homens; por CP+FPP, 85% e 99% em mulheres e 100% e 100% em homens; para diagnóstico de obesidade sarcopênica por IMG+MLGA, 75% e 97% em mulheres e 75% e 95% em homens. A prevalência de sarcopenia na amostra total foi de 7% (FNIH) e 5% (EWGSOP2). Baixa massa muscular esteve presente em 39% (FNIH) e 36% (EWGSOP2). Dinapenia afetou 10% dos participantes (FNIH e EWGSOP2). Pacientes sarcopênicos apresentaram baixa e elevada adiposidade corporal quando empregado os critérios da EWGSOP2 e FNIH, respectivamente. Pacientes em HD, com baixa FPP e aqueles sarcopênicos apresentaram maior impacto da fadiga nas atividades diárias. A prevalência de depleção muscular avaliada pelo IMLG, IMLGA e FPP variou de 11 a 50%, sendo maior para baixa massa muscular. A prevalência de obesidade avaliada pelo IMC, IMG, %MG e CC variou de 26 a 62%, sendo maior para CC e %MG. A prevalência de obesidade sarcopênica variou de 2 a 23%. Depleção muscular foi mais prevalente em mulheres e no grupo HD e obesidade nos grupos NDD e TxR Obesidade sarcopênica afetou mais as mulheres e o grupo HD. A concordância foi fraca entre os critérios de baixa massa vs força muscular; substancial entre os critérios IMG, IMC e %MG e fraco entre CC e os demais; por fim, a concordância para obesidade sarcopênica variou de praticamente perfeita a fraca. Conclusão. Para avaliação de composição corporal em pacientes com DRC, a BIS aplicada em protocolo corpo-total em pacientes com estado de hidratação normal é tão confiável quanto o DXA, mas deve ser realizada com precaução em pacientes hiperhidratados com AEC/AIC ≥ 0,7250. As novas equações de predição desenvolvidas são indicadas para melhor precisão. MLGA por BIS, MLGA+FPP, IMG por BIS, IMG+MLGA, com os pontos de corte propostos, são recomendadas como medidas alternativas para diagnóstico de baixa massa muscular, sarcopenia, obesidade e obesidade sarcopênica, respectivamente. Sarcopenia e baixa massa muscular são condições frequentes em pacientes com DRC e a associação da gordura corporal com esses diagnósticos depende do critério empregado. Em adição, diferenças significativas foram encontradas entre os critérios diagnósticos de baixa massa vs função muscular e elevada gordura corporal total vs visceral. Essas diferenças se somam no diagnóstico de obesidade sarcopênica. O pictograma da fadiga é uma ferramenta útil para triagem de capacidade funcional reduzida.