Resumo traduzido por

Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar o papel mediador das práticas parentais alimentares (PPA), incluindo a disponibilidade domiciliar de diferentes tipos de alimentos e bebidas, a modelagem parental do consumo de frutas, a permissividade e o uso de alimentos como recompensa na relação entre a escolaridade parental e ingestão alimentar em crianças europeias. Desenho: Foram realizadas análises de mediação única para explorar se o FPP explica as associações entre o nível educacional dos pais e a ingestão alimentar das crianças medida por um QFA relatado pelos pais. Ambiente: Seis países europeus. Participantes: díades pais-filhos (n 6705, 50,7% meninas, 88,8% mães) do estudo Feel4Diabetes. Resultados: Foram incluídas crianças com idade entre 8,15 ± 0,96 anos. A escolaridade dos pais foi associada ao maior consumo de água, frutas e legumes pelas crianças e ao menor consumo de alimentos ricos em açúcar e salgadinhos. Todos os FPP explicaram as associações entre a escolaridade dos pais e a ingestão alimentar em maior ou menor grau. Especificamente, a disponibilidade de refrigerantes em casa explicou 59,3% da associação entre a escolaridade dos pais e a ingestão de alimentos ricos em açúcar. A disponibilidade domiciliar de frutas e legumes foi o mediador mais forte na associação entre a escolaridade dos pais e o consumo de frutas e legumes (77,3% e 51,5%, respectivamente). Em relação aos salgadinhos, a disponibilidade domiciliar de salgadinhos e refrigerantes foi o mediador mais forte (27,6% e 20,8%, respectivamente). Conclusões: Os FPP medeiam as associações entre a escolaridade dos pais e o consumo alimentar das crianças. Este estudo destaca a importância de abordar a PPF em futuras intervenções dirigidas a populações com baixo nível de escolaridade.