Resumo traduzido por

O avanço da ciência e das soluções baseadas em evidências para a saúde planetária exigem cada vez mais aprendizagem e partilha interdisciplinares e internacionais. No entanto, as viagens aéreas para conferências académicas são dispendiosas e intensivas em carbono, perpetuando assim os desafios da saúde planetária e da equidade. Utilizando dados de cinco conferências internacionais anuais da Semana da Academia da Agricultura, Nutrição e Saúde, de 2016 a 2020, exploramos se a mudança para conferências virtuais produziu co-benefícios para o clima, participação, interacção dos participantes e satisfação. Reportamos sobre: ​​número absoluto de participantes, proporção de participantes de países de diferentes níveis de renda, número de participantes em eventos sociais, emissões de CO2 da aviação e avaliações gerais do evento pelos participantes. A transição online resultou em grandes reduções nas emissões de CO2 da aviação relacionadas com viagens, juntamente com um aumento na participação – incluindo entre participantes de países de baixo e médio rendimento. Isto foi conseguido sem uma grande mudança na classificação dos participantes do evento. No entanto, o formato online resultou em menor participação em eventos sociais de conferências. A urgência de reduzir as emissões de CO2 na prossecução da saúde planetária e melhorar a equidade no intercâmbio científico exige novas modalidades de conferências académicas. Este estudo indica que benefícios conjuntos podem ser alcançados durante a transição online. Existem desafios para eventos virtuais, como emular as facetas intangíveis das interações presenciais, superar as limitações de fuso horário e as divisões digitais.