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Cirurgia bariátrica: mortalidade, utilização de serviços de saúde e custos. Estudo de caso em uma grande operadora do sistema de saúde suplementar do Brasil

Tese/Dissertação
Cirurgia bariátrica: mortalidade, utilização de serviços de saúde e custos. Estudo de caso em uma grande operadora do sistema de saúde suplementar do Brasil
2009
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Cirurgia bariátrica: mortalidade, utilização de serviços de saúde e custos. Estudo de caso em uma grande operadora do sistema de saúde suplementar do Brasil

Autores: Silvana Márcia Bruschi Kelles

Publicado em: 2009

Tipo de arquivo: Tese/Dissertação

Tipo de estudo: Estudo observacional

Link para o original

Resumo

A obesidade mórbida é considerada uma epidemia nos países desenvolvidos. No Brasil, os números são alarmantes principalmente devido ao crescimento de casos. Segundo dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a prevalência de obesidade mórbida foi igual a 0,64% em 2003, o que equivale a mais de 600 mil indivíduos acima de 20 anos de idade. Uma vez obeso mórbido, o indivíduo tem poucas chances de sucesso com o tratamento conservador: dieta, exercícios, mudança de hábitos de vida e medicação. A cirurgia bariátrica se apresenta como opção atrativa e única de resolução para a obesidade mórbida e para as comorbidades relacionadas como hipertensão arterial e diabetes mellitus. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece cobertura integral para a cirurgia bariátrica para todos que preencham os critérios de indicação. Porém, com uma capacidade operacional reduzida e recursos limitados, apenas um pequeno número de indivíduos consegue a cirurgia. A Saúde suplementar, com cerca de 40 milhões de brasileiros segurados, tem, ao longo dos anos, realizado uma quantidade bem maior de procedimentos. Os objetivos dessa dissertação foram avaliar a taxa de mortalidade até 30 dias após a cirurgia bariátrica, o tempo de internação hospitalar e identificar variáveis associadas para todos os pacientes operados entre 2004 e 2007; e analisar a utilização de serviços de saúde e seus custos um ano antes e após a cirurgia bariátrica na coorte de pacientes operados em 2005. Método: Primeiramente foram analisados todos os 2.167 pacientes operados pelo plano de saúde, entre janeiro de 2004 e dezembro de 2007, que permaneceram no plano até 30 dias após a cirurgia ou que foram a óbito nesse período. As variáveis independentes analisadas foram Índice de Massa Corporal (IMC), hipertensão arterial, diabetes mellitus, artropatia e apnéia do sono, sexo, idade e volume de cirurgias/ano realizadas pelo cirurgião no plano de saúde. O óbito e o tempo de internação hospitalar foram identificados na base de dados da operadora. Os fatores associados ao risco de morte e tempo de internação prolongado foram investigados por regressão logística múltipla. O segundo estudo incluiu 382 pacientes segurados pelo plano de saúde pelo menos um ano antes e após a cirurgia. As variáveis de utilização de serviços de saúde e seus custos foram analisados durante todo o ano anterior e posterior à cirurgia e, em uma segunda análise, excluindo os trimestres limítrofes à cirurgia. Medidas de tendência central foram calculadas para as variáveis contínuas e testes t bicaudais pareados para comparação das médias para freqüência das internações, consultas, exames e outros eventos entre o sexo feminino e masculino e durante o ano anterior e posterior à cirurgia. Resultados: A taxa de mortalidade até 30 dias foi de 0,64%. A mortalidade estava altamente relacionada à idade ≥ 50 anos, IMC ≥ 50kg/m² e à experiência do cirurgião com menos de 20 cirurgias bariátricas por ano. O maior tempo de internação foi associado às mesmas variáveis e à hipertensão arterial. O estudo da coorte de 2005 encontrou um custo significativamente maior no pós-operatório, com risco dobrado para internações, aumento no número de consultas médicas e de exames um ano após a cirurgia. Estes resultados não consideram as cirurgias plásticas corretivas, disponíveis apenas após um ano de cirurgia bariátrica e perda de peso estabilizada. Conclusões: A mortalidade e tempo de internação hospitalar para a cirurgia bariátrica estão consistentes com os dados encontrados na literatura internacional, e bem abaixo dos valores obtidos entre pacientes atendidos pelo SUS. A maior utilização de serviços de saúde no período pós-operatório e os maiores custos associados preocupam quando se considera que a cirurgia bariátrica é a única alternativa para tratamento de mais de 600 mil brasileiros obesos mórbidos. Novas alternativas precisam ser desenvolvidas e medidas de prevenção reforçadas para reverter a tendência de aumento dessa epidemia no país.