Resumo traduzido por

Introdução A pandemia da doença do vírus corona 2019 (COVID-19) forçou a maior parte da população italiana ao confinamento de 11 de março a 18 de maio de 2020. Uma pesquisa nacional dos serviços italianos de nutrição clínica e dietética (centros de obesidade ou COs) foi realizada para avaliar a impacto das restrições de confinamento no bem-estar físico e mental de pacientes com obesidade (OBP) que tiveram consultas de acompanhamento adiadas devido a restrições de confinamento e comparar os determinantes do ganho de peso antes e depois da pandemia. Métodos Elaboramos um questionário estruturado de 77 itens abrangendo situação profissional, alimentação, atividade física e aspectos psicológicos, que foi divulgado por meio de ligações de acompanhamento e on-line entre 2 de maio e 25 de junho de 2020. Os dados foram analisados ​​por análise de correspondência múltipla (MCA) e Regressão linear múltipla. Resultados Um total de 1.232 PCO de 26 COs responderam aos questionários (72% mulheres, idade média 50,2 ± 14,2 anos; IMC médio 34,7 ± 7,6 kg/m2; 41% obesidade classe II a III). Durante o confinamento, 48,8% ganharam, 27,1% perderam, enquanto os restantes (24,1%) mantiveram o seu peso. A alteração média de peso foi de +2,3 ± 4,8 kg (em ganhadores de peso: +4,0 ± 2,4 kg; +4,2% ± 5,4%). Aproximadamente 37% dos participantes experimentaram dificuldades emocionais aumentadas, principalmente medo e insatisfação. Sessenta e um por cento reduziram a atividade física (AF) e 55% experimentaram uma mudança na qualidade/quantidade do sono. A falta de contato online (37,5%) com o CO durante o confinamento correlacionou-se fortemente com o ganho de peso (p < 0,001). Utilizando a MCA, foram identificados dois grupos principais: aqueles com estilos de vida inalterados ou mesmo melhorados durante o confinamento (Grupo 1) e aqueles com estilos de vida piores durante o mesmo período (Grupo 2). Este último inclui pessoas desempregadas que sofrem de depressão, tédio, insatisfação e aumento da contemplação alimentar e aumento de peso. No Cluster 2, as donas de casa relataram ganhar peso e sentir raiva devido ao confinamento domiciliar. Conclusões Entre os trabalhadores italianos, a situação profissional, a desregulação emocional e a falta de comunicação online com os COs foram determinantes do ganho de peso durante o período de confinamento.