Resumo traduzido por

Visão geral
A prevalência global da obesidade e o aumento das cirurgias bariátricas estão sobrecarregando o sistema de saúde. Protocolos pós-operatórios de recuperação aprimorada estão associados à redução dos custos de internação e do tempo de internação (TP) e podem ser uma alternativa para reduzir gastos com saúde pública.

Objetivo
Avaliar o impacto da implementação de um protocolo personalizado de recuperação aprimorada após cirurgia bariátrica (ERABS) nos custos de hospitalização (HC), tempo de permanência e taxas de complicações.

Contexto
Hospital Santa Marcelina, São Paulo, Brasil.

Métodos
Uma análise retrospectiva de registros eletrônicos de saúde de pacientes submetidos a bypass gástrico laparoscópico em Y-de-Roux ou gastrectomia vertical laparoscópica e que foram atendidos dentro de um protocolo de via clínica (CP) (janeiro de 2016 a agosto de 2018) ou após a implementação de um ERABS protocolo (agosto de 2018 a junho de 2019). O tempo de permanência, o HC e as taxas de complicações, readmissão e reoperação foram comparados entre os dois grupos.

Resultados
Oitenta e dois pacientes foram incluídos no estudo (CP, 56, 87,5% mulheres; ERABS, 26, 92,3% mulheres). O tempo de permanência hospitalar e o HC total diminuíram significativamente em 32,5% e 15,2%, respectivamente (ambos, p < 0,05), após a implementação do ERABS. Não houve diferenças significativas nas taxas de readmissão, complicações ou reoperação em 30 dias.

Conclusão
A implementação de um programa padronizado de recuperação aprimorada resultou em redução de LOS e HC sem aumento na morbidade perioperatória. O protocolo ERABS é rentável e pode ajudar a aliviar o fardo dos cuidados de saúde.