Resumo traduzido por

O aumento da ingestão de alimentos ultraprocessados ​​(AUPs) na idade pediátrica foi paralelo ao aumento da prevalência da obesidade infantil. O Projeto Alimentos Ultraprocessados ​​na Obesidade (OVNI) teve como objetivo investigar os mecanismos potenciais para os efeitos dos AUP na facilitação da obesidade pediátrica, com foco no papel direto dos produtos finais da glicação avançada (AGEs) na função mitocondrial, o principal regulador da fisiopatologia da obesidade. Investigamos comparativamente a ingestão diária de AUPs, energia, nutrientes, AGEs dietéticos [Nε -(carboximetil)lisina (CML), Nε -(1-carboxietil)lisina (CEL) e Nδ -(5-hidro-5-metil -4-imidazolon-2-il)-ornitina (MG-H1)] em 53 pacientes obesos e em 100 controles saudáveis ​​visitando o Centro Terciário de Nutrição Pediátrica do Departamento de Ciências Médicas Translacionais da Universidade de Nápoles “Federico II”. O acúmulo de AGEs na pele e a função mitocondrial nas células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) também foram avaliados. Foi observada maior ingestão de AUPs e AGEs, energia, proteínas, gorduras e ácidos graxos saturados em pacientes obesos. Crianças obesas apresentaram acúmulo significativamente maior de AGEs na pele e alterações no metabolismo mitocondrial. As PBMCs de controles saudáveis ​​expostos aos AGEs apresentaram as mesmas alterações mitocondriais observadas nos pacientes. Essas descobertas apoiam o papel dos AUP na obesidade pediátrica e a necessidade de estratégias dietéticas que limitem a exposição aos AUP para prevenção e tratamento da obesidade.