Resumo traduzido por

Os ambientes alimentares estão diretamente ligados às dietas e aos resultados de saúde, como excesso de peso, obesidade e doenças não transmissíveis. A digitalização dos ambientes alimentares está a tornar-se uma questão central na saúde pública, mas pouco se sabe sobre este campo emergente. Realizamos uma revisão sistemática de escopo para mapear a pesquisa sobre o ambiente alimentar digital e investigar como as oito dimensões do ambiente alimentar, de acordo com uma estrutura estabelecida (disponibilidade, preços, propriedades do fornecedor e do produto, marketing e regulamentação, acessibilidade, acessibilidade, conveniência e desejabilidade) podem estar mudando no contexto de uma sociedade digital. Pesquisamos no MEDLINE, EMBASE, Scopus e Web of Science estudos publicados entre 2000 e 2019, usando termos de pesquisa que abrangem tecnologia digital e ambiente alimentar, o que rendeu 13.580 registros únicos. A nossa análise de 357 estudos mostra que a digitalização está a ocorrer em todas as dimensões do ambiente alimentar e a permitir o surgimento de novas formas de compra e venda de alimentos, como compras online de mercearia e entrega de comida online, o que pode estar a alterar a disponibilidade de alimentos e afetando a distância física das lojas e o tempo alocado para compras. As revisões sistemáticas identificadas indicaram que o marketing digital de alimentos e as redes sociais podem influenciar as escolhas, preferências e consumo alimentar. As nossas descobertas sugerem que os ambientes alimentares digitais e físicos estão interligados e influenciam-se mutuamente, mas o impacto do digital na saúde e na nutrição ainda não é claro.