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Nothing for us, without us: opportunities for meaningful engagement of people living with NCDs: meeting report

Favoritos do PBO Relatório
Nothing for us, without us: opportunities for meaningful engagement of people living with NCDs: meeting report
2021
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Nothing for us, without us: opportunities for meaningful engagement of people living with NCDs: meeting report

Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)

Publicado em: 2021

Tipo de arquivo: Relatório

Tipo de estudo: Estudo observacional

Link para o original

Resumo

Esta consulta pública, coordenada pela OMS, ouviu pessoas que vivem com DCNT sobre os desafios para formulação de políticas de saúde efetivas. Elas relataram a necessidade de operacionalizar a participação da comunidade, de apoio logístico e de recursos financeiros para o engajamento sustentado da sociedade na criação das políticas públicas. A ausência de modelos, as abordagens superficiais e as particularidades locais foram dificuldades apontadas.

Resumo traduzido por

Esta consulta pública, coordenada pela OMS, escolheu pessoas que vivem com DCNT sobre os desafios para formulação de políticas de saúde efetivas. Eles relataram a necessidade de operacionalizar a participação da comunidade, de apoio logístico e de recursos financeiros para o engajamento sustentado da sociedade na criação de políticas públicas. A ausência de modelos, as abordagens superficiais e as particularidades locais foram dificuldades apontadas.

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Por que o tema é relevante?

O atendimento a pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) tem sido um desafio para os sistemas de saúde por causa da pandemia de covid-19, da diminuição de recursos financeiros, do ressurgimento de doenças emergentes e das conflitantes prioridades estabelecidas. Diante dos desafios, surge a oportunidade de empoderar a sociedade para que ela possa, com o seu conhecimento, definir as suas prioridades no atendimento à saúde. Este engajamento social é um direito e dever das pessoas. Contudo, existe uma lacuna referente a participação de pessoas com DCNT em compartilhar suas experiências de uma forma ampla, contribuindo para a intersetorialidade e para a comunidade como um todo, e não só focar em grupos específicos de comorbidades. O documento “Nothing for us, without us” apresenta este contexto para justificar o momento em que precisamos parar para ouvir a comunidade. 

Qual é o objetivo do estudo?

Trata-se de uma consulta pública, coordenada pela OMS, para pessoas que vivem com DCNT compartilhem suas experiências e conhecimentos com lideranças que formulam as políticas públicas. O intuito é que elas relatem oportunidades, desafios e práticas que permitam criar ações mais efetivas, inclusivas e equitativas no acompanhamento de DCNT e seus determinantes.

Quais as principais conclusões?

A análise de dados da pandemia mostrou que uma em cada cinco pessoas está em risco de quadro grave de covid-19 decorrente de alguma DCNT. Porém, nos períodos de maior gravidade da pandemia, os atendimentos a essas pessoas foram consideravelmente interrompidos. De acordo com o relatório, durante a transmissão comunitária de covid-19, 66% dos países pararam a prestação de cuidados de saúde relacionados à hipertensão e 64% os atendimentos a diabetes mellitus e suas complicações. Esta situação é conhecida como “sindemia” e não é exclusiva da realidade da pandemia. A interrelação entre obesidade, subnutrição e mudanças climáticas também é exemplo de sindemia.

A pesquisa para identificar as atividades, os fluxos de trabalho e as plataformas que possibilitam o envolvimento da comunidade incluiu 112 entrevistados. Participaram aqueles diagnosticados com DCNT e os que convivem com pessoas que têm essas doenças. Eles foram unânimes em apontar que é necessário melhores orientações para operacionalizar a participação da sociedade no desenvolvimento de políticas públicas. Não basta ter uma cadeira à mesa, eles desejam ter influência direta com possibilidades iguais ou maiores de fornecer informações e moldar os resultados.

Este envolvimento pode contribuir para enfrentar a estigmatização e discriminação, com atenção especial para atingir grupos marginalizados e minoritários. Para tanto, é necessário suporte financeiro para a participação efetiva e sustentada, assim como apoio logístico para o engajamento da comunidade nos sistemas de saúde. O estudo evidenciou que a falta de modelos, estratégias, ferramentas e oportunidades são barreiras a serem superadas. Abordagens superficiais devem ser combatidas. As características locais devem ser consideradas para adequação das estratégias de envolvimento da população, como a existência ou não de acesso à internet.

O relatório estabelece como próximos passos:

  • mapear as melhores práticas que envolvem a participação desses indivíduos;
  • integrar as ações com outras já existentes na comunidade;
  • identificar as pessoas de interesse principalmente as que têm risco de serem excluídas, como grupos marginalizados;
  • consultar diferentes indivíduos para agregar suas opiniões;
  • renovar o apoio a grupos que desejam construir esta nova agenda baseada no conhecimento e troca de experiências;
  • planejar modelos de financiamento sustentáveis para incluir pessoas que vivem com DCNT nas atividades dando recursos para que permaneçam engajadas;
  • criar um plano de ação para que os indivíduos possam dar suporte a OMS e seus Estados-membros para se engajarem de forma significativa.

A iniciativa da OMS evidencia as lacunas na inserção de pessoas que vivem com DCNT nas políticas de saúde desenvolvidas para elas. A participação ativa da comunidade é um caminho para a concretização da Agenda 2030 sobre a redução em um terço das mortes prematuras por DCNT, além da promoção do bem-estar e saúde mental.