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Nutritional quality of foods and non-alcoholic beverages advertised on Brazilian free-to-air television: a cross-sectional study

Artigo de periódico
Nutritional quality of foods and non-alcoholic beverages advertised on Brazilian free-to-air television: a cross-sectional study
2020
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Nutritional quality of foods and non-alcoholic beverages advertised on Brazilian free-to-air television: a cross-sectional study

Fonte: BMC Public Health

Publicado em: 2020

Tipo de arquivo: Artigo de periódico

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Resumo

Background Evidence shows that foods marketed on television are often low-nutrient-dense foods associated with poor nutritional diet quality, obesity and non-communicable diseases. However, little research has been undertaken in Brazil around this issue. This study assessed the nutritional profile of foods and non-alcoholic beverages advertised on Brazilian television by applying the Pan American Health Organization (PAHO) and the World Health Organization (WHO/Europe) nutrient profiling models. Methods Cross-sectional study based on the International Network for Food and Obesity/non-communicable diseases Research, Monitoring and Action Support (INFORMAS) protocol. A total of 432 h on the three major Brazilian free-to-air TV channels was recorded from April 1st to 30th 2018. Recordings were done for eight non-consecutive and randomly selected days from 6 am to 12 am (midnight). All food-related ads were coded using a systematic approach and classified according to the PAHO and the WHO/Europe nutrient profile models as “eligible”/“not eligible” for marketing restrictions. Absolute and relative frequencies were used to describe absolute numbers and proportions of food and beverage advertisements. The nutritional profile of foods was compared by day, time of the day and types of TV program. For each advertisement, the parent company of promoted food products, supermarkets and restaurants was identified. Results A total of 1610 food and beverage ads were broadcast, representing 18.1% of the total ads shown on selected channels. Over 80.0% of all foods and beverages advertised on Brazilian TV channels did not meet the PAHO and the WHO/Europe nutritional quality standards and were considered eligible for marketing restrictions. The proportion of unhealthy food ads was significantly higher on weekends, in the afternoon, and during soap operas programming. Altogether, 10 transnational and local food and beverage companies, two large international fast food chains and two of Brazil’s largest supermarket retailers accounted for almost 90% of all unhealthy food ads shown. Conclusions The findings of the present study indicate a high exposure of the Brazilian population to unhealthy food marketing and an inefficient enforcement of existing regulations. Further research to monitor population exposure to unhealthy food marketing and understand the policy inertia that is preventing policy progress, is highly recommended.

Resumo traduzido por

Antecedentes A evidência mostra que os alimentos comercializados na televisão são frequentemente alimentos com baixa densidade em nutrientes, associados a uma dieta de má qualidade nutricional, à obesidade e a doenças não transmissíveis. No entanto, poucas pesquisas têm sido realizadas no Brasil em torno dessa questão. Este estudo avaliou o perfil nutricional de alimentos e bebidas não alcoólicas veiculados na televisão brasileira por meio da aplicação dos modelos de perfil nutricional da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS/Europa). Métodos Estudo transversal baseado no protocolo da Rede Internacional para Alimentação e Obesidade/doenças não transmissíveis para Pesquisa, Monitoramento e Apoio à Ação (INFORMAS). Foram gravadas 432 horas nos três principais canais de TV aberta brasileiros de 1º a 30 de abril de 2018. As gravações foram feitas durante oito dias não consecutivos e selecionados aleatoriamente, das 6h às 12h (meia-noite). Todos os anúncios relacionados com alimentos foram codificados utilizando uma abordagem sistemática e classificados de acordo com os modelos de perfil nutricional da OPAS e da OMS/Europa como “elegíveis”/“não elegíveis” para restrições de comercialização. Frequências absolutas e relativas foram utilizadas para descrever números absolutos e proporções de propagandas de alimentos e bebidas. O perfil nutricional dos alimentos foi comparado por dia, horário e tipo de programa de TV. Para cada anúncio foi identificada a empresa controladora dos produtos alimentícios promovidos, supermercados e restaurantes. Resultados Foram veiculados 1.610 anúncios de alimentos e bebidas, representando 18,1% do total de anúncios veiculados nos canais selecionados. Mais de 80,0% de todos os alimentos e bebidas anunciados nos canais de TV brasileiros não atendiam aos padrões de qualidade nutricional da OPAS e da OMS/Europa e foram considerados elegíveis para restrições de comercialização. A proporção de anúncios de alimentos não saudáveis ​​foi significativamente maior nos finais de semana, no período da tarde e durante a programação de novelas. Ao todo, 10 empresas transnacionais e locais de alimentos e bebidas, duas grandes redes internacionais de fast food e dois dos maiores varejistas de supermercados do Brasil foram responsáveis ​​por quase 90% de todos os anúncios de alimentos não saudáveis ​​exibidos. Conclusões Os resultados do presente estudo indicam uma alta exposição da população brasileira ao marketing de alimentos não saudáveis ​​e uma aplicação ineficiente das regulamentações existentes. É altamente recomendável realizar mais pesquisas para monitorizar a exposição da população à comercialização de alimentos não saudáveis ​​e compreender a inércia política que impede o progresso das políticas.