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The menace of obesity to depression and anxiety prevalence

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The menace of obesity to depression and anxiety prevalence
2022
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Ficha da publicação

Nome da publicação: The menace of obesity to depression and anxiety prevalence

Autores: Stephanie Fulton, Léa Décarie-Spain, Xavier Fioramonti, Bruno Guiard, Shingo Nakajima

Fonte: Trends in Endocrinology &, Metabolism

Publicado em: 2022

Link para o original

Resumo

A incidência de depressão e ansiedade é amplificada pela obesidade. Evidências crescentes revelam que as consequências psiquiátricas da obesidade decorrem de má alimentação, inatividade e acúmulo de gordura visceral. Disfunções metabólicas e vasculares resultantes, incluindo inflamação, resistência à insulina e à leptina e hipertensão, surgiram como principais riscos para o desenvolvimento de depressão e ansiedade. Avanços recentes em pesquisas estão expondo a importante contribuição desses diferentes corolários da obesidade e seu impacto no estado neuroimune e nos circuitos neurais que controlam o humor e os estados emocionais. Nesse sentido, esta revisão conecta as manifestações clínicas de depressão e ansiedade na obesidade ao nosso entendimento atual das origens e da biologia das ameaças imunometabólicas à função e ao comportamento do sistema nervoso central.

Resumo traduzido por

A incidência de depressão e ansiedade é amplificada pela obesidade. Evidências crescentes revelam que as consequências psiquiátricas da obesidade decorrem de má alimentação, inatividade e acúmulo de gordura visceral. Disfunções metabólicas e vasculares resultantes, incluindo sintomas, resistência à insulina e à leptina e hipertensão, surgiram como principais riscos para o desenvolvimento de depressão e ansiedade. Avanços recentes em pesquisas estão expondo a importante contribuição de diferentes corolários de obesidade e seu impacto no estado neuroimune e nos circuitos neurais que controlam o humor e os estados emocionais. Nesse sentido, esta revisão conecta as manifestações clínicas de depressão e ansiedade na obesidade ao nosso entendimento atual das origens e da biologia das ameaças imunometabólicas à função e ao comportamento do sistema nervoso central.

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Por que o tema é relevante?

A obesidade pode contribuir para o aumento da prevalência de depressão e ansiedade. Fatores associados ao excesso de peso, como as alterações metabólicas e vasculares, incluindo a inflamação e a resistência à insulina e leptina, aumentam o risco para os transtornos de humor.

Qual é o objetivo do artigo?

Apresentar evidências sobre como a obesidade aumenta o risco de depressão e ansiedade. Além disso, esta revisão busca esclarecer as causas da obesidade e como elas influenciam os processos neurais e comportamentais no indivíduo, podendo levar a alterações emocionais e de humor.

Quais as principais conclusões?

Pessoas com obesidade, particularmente na presença de síndrome metabólica, tendem a manifestar uma forma atípica de depressão, caracterizada por anedonia (ausência de prazer), hiperfagia (alimentação em excesso), letargia e hipersonia (sonolência excessiva). Esta apresentação da depressão tem forte associação com a inflamação central e periférica da obesidade. O processo inflamatório contribui para a baixa resposta ao tratamento medicamentoso, o que pode se perpetuar em um ciclo vicioso em que a depressão aumenta a chance de ganho de peso e de alterações metabólicas. Estes, por sua vez, favorecem a progressão do quadro depressivo. 

A alimentação por si só pode ter efeitos na fisiologia cerebral. Um conjunto de evidências mostra os prejuízos que o consumo prolongado de uma dieta rica em gorduras e açúcares (frutose e sacarose) podem ter no metabolismo e na saúde mental. Estudos apontam que a ingestão de gorduras saturadas, somada à inflamação crônica gerada pela obesidade, têm associação com maiores índices de sofrimento emocional pela pessoa.

A microbiota intestinal também tem relação com a depressão. A disbiose intestinal pode ser fonte de endotoxinas, que sabidamente contribuem para o processo inflamatório, resistência insulínica e alteração da saúde mental. 

Outros mecanismos corroboram a associação entre obesidade e os transtornos de humor (depressão e ansiedade). Merecem destaque as alterações dos neurotransmissores serotonina e dopamina. Contudo, não está claro se os efeitos deletérios nesses neurotransmissores são causa ou consequência da  obesidade e depressão. Além disso, diversos hormônios envolvidos na regulação endócrina do humor podem estar alterados na obesidade, por exemplo: o cortisol, a insulina e a leptina. É importante citar ainda a adiponectina, resistina e grelina, cujos efeitos nas regiões cerebrais que controlam o humor são menos conhecidos. 

Finalmente, a inflamação, o processo imunometabólico e a resistência insulínica têm impacto na arquitetura cerebral em regiões motoras e de recompensa, tanto cortical quanto subcortical, responsáveis pelo controle do humor.

O tratamento para a depressão e ansiedade em pessoas com obesidade deve ir além do uso de antidepressivos visto que sua eficácia pode ser baixa. Evidências apontam o caminho para o controle do metabolismo energético combinado com outras abordagens como dieta (incluindo alimentos antiinflamatórios e probióticos), psicoterapia, cirurgia bariátrica e/ou tratamento para diabetes mellitus.