Não possui cadastro?

Cadastre-se

Já possui conta?

Faça login

Pagamento aprovado... Acessos liberados

Seu pedido foi aprovado com sucesso

Já liberamos o acesso ao espaço exclusivo para assinantes.

Acessar área exclusiva

Pedido não processado :(

Infelizmente o seu pedido não foi processado pela operadora de cartão de crédito

Tente novamente clicando no botão abaixo

Voltar para o checkout

Biblioteca

Um breve panorama sobre a Agenda 2030, as doenças crônicas não transmissíveis e os desafios de não deixar ninguém para trás

Favoritos do PBO Artigo de periódico
Um breve panorama sobre a Agenda 2030, as doenças crônicas não transmissíveis e os desafios de não deixar ninguém para trás
2024
Acusar erro

Ficha da publicação

Nome da publicação: Um breve panorama sobre a Agenda 2030, as doenças crônicas não transmissíveis e os desafios de não deixar ninguém para trás

Autores: Laurenice De Jesus Alves Pires, José Mendes Ribeiro, Marly Marques Da Cruz

Fonte: Cadernos de Saúde Pública

Publicado em: 2024

Tipo de arquivo: Artigo de periódico

Link para o original

Resumo

Este ensaio traz uma reflexão teórica sobre os desafios para alcançar as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, considerando seu lema de “não deixar ninguém para trás”. Para exemplificar esses desafios, apresenta-se como pano de fundo as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), um dos principais temas da agenda da saúde global antes da pandemia de COVID-19, discutindo as dimensões políticas e econômicas que determinam sua presença e avanço global. Após um breve panorama sobre as DCNT, busca-se responder a três perguntas: em “Sem deixar ninguém para trás?”, elencamos alguns temas para refletir sobre como e quem tem ficado historicamente para trás, aprofundando um pouco mais os exemplos ao adentrar em “Quem tem ficado para trás no mundo?” e “Quem tem ficado para trás no Brasil?”. A partir de dados da literatura mais relevante e recente sobre o tema, apresentamos os desafios e alguns caminhos para não deixar ninguém para trás em um mundo em que o modo de produção tem historicamente vulnerabilizado alguns grupos sociais, com destaque para a população negra e a população indígena. Trazemos nas considerações finais a inspiração do ideograma Sankofa para lembrar que as respostas para o desenvolvimento sustentável que buscamos podem estar em algum lugar de nosso passado mais originário e tradicional, e que é preciso apostar na construção de novos caminhos a partir de outras epistemologias e cosmovisões presentes do outro lado da linha abissal.

Conteúdo exclusivo para assinantes

Conheça os planos de assinatura aqui

Por que o tema é relevante?

O artigo discute as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no contexto da Agenda 2030 da ONU. Elas são responsáveis por 71% das mortes globais, e são vistas como uma ameaça ao desenvolvimento no século XXI, evidenciadas pelo seu impacto em populações vulneráveis, agravando desigualdades sociais e econômicas.

Qual é o objetivo do estudo?

Refletir sobre os desafios para alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, com foco nas DCNT e suas implicações político-econômicas. 

Quais as principais conclusões?

A produção de alimentos atualmente se distanciou do conceito de alimento como direito humano, tornando-se uma mercadoria. Essa transformação é impulsionada por uma lógica que prioriza monoculturas, transgenia, uso de adubos químicos e agrotóxicos, além da monopolização de patentes e apropriação privada de terras. Essa dinâmica coloca países pobres na posição de exportadores de produtos primários, sem garantir segurança alimentar e nutricional para suas populações. Condições de trabalho precárias, alienação e subemprego, especialmente entre mulheres e populações vulneráveis, agravam as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). A alimentação inadequada, marcada pelo consumo de alimentos ultraprocessados e pela falta de acesso a opções saudáveis, contribui para o aumento dessas doenças, perpetuando o ciclo de pobreza e seus impactos.

Os modelos atuais de desenvolvimento não têm sido suficientes para garantir sustentabilidade e inclusão para todos. O manejo das DCNT requer mudanças estruturais nos sistemas político e econômico, enfrentando iniquidades sociais. Um futuro inclusivo pode ser alcançado com base em saberes tradicionais e epistemologias alternativas. Alcançar os objetivos da Agenda 2030 exige enfrentar iniquidades históricas que têm deixado uma grande parte da população global à margem dos benefícios do desenvolvimento.