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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Boletim 21/2025 #105

Boletim PBO

  1. Publicado em: 21 de out de 2025

  2. Período: De 08 de outubro a 21 de outubro/2025

  3. Resenhas desta edição:
    1. Agenda de Incidência PBO 2025: Agenda Legislativa e do Executivo

      Autores: Painel Brasileiro da Obesidade

      Fonte: Instituto Cordial

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Legislação

      Tipo de estudo: Revisão

    2. Impactos da Obesidade Infantojuvenil no Brasil

      Autores: Instituto Desiderata

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Relatório

      Tipo de estudo: Estudo observacional

Destaques do período

Webinar Obes(C)idades 2025

O Instituto Cordial convida você a participar do evento Obes(C)idades 2025 no dia 23 de outubro, das 10h às 12h, para transformarmos a abordagem da obesidade nas cidades brasileiras, com discussões em nível territorial, sobre os ambientes obesogênicos, os determinantes sociais da saúde e a implementação das políticas públicas no sistema de saúde. Não perca!

Link de inscrição: http://lp2.institutocordial.com.br/pbo-240-obescidades-insc

Eventos

  • MAPPS II

Este ano, a Federação Mundial da Obesidade lançou o projeto Gestão e Advocacia para Provedores, Pacientes e Sistemas (MAPPS II) para compreender melhor como os sistemas mundiais apoiam o cuidado e a prevenção da obesidade, e os fatores sociais, políticos e comerciais que moldam esses esforços.
Agora estamos convidando respostas para três pesquisas ativas, disponíveis em múltiplos idiomas, para coletar percepções de: Profissionais de saúde; Formuladores de políticas, pesquisadores, grupos de advocacia e sociedade civil; Pessoas com experiência vivida de obesidade e seus cuidadores.
Sua contribuição ajudará a moldar futuros esforços de advocacia e mudanças de políticas, construindo a base de evidências sobre obesidade em diferentes contextos e sistemas de saúde. Participe agora e ajude a espalhar a palavra!

Fique de olho

Cursos

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, às 11h.

Agenda de Incidência PBO 2025: Agenda Legislativa e do Executivo

Autores: Painel Brasileiro da Obesidade
Fonte: Instituto Cordial
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Legislação
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A Agenda Legislativa 2025 reforça que a obesidade é uma doença crônica não transmissível e multifatorial, associada a outras doenças graves e com muito estigma e exclusão social, mas apesar de sua magnitude, ela ainda é subnotificada e tratada de maneira fragmentada nas políticas públicas. A Agenda traz o tema para o centro das discussões políticas, direcionando a discussão para organizar e priorizar propostas legislativas que melhorem o cenário da obesidade no país.

Qual é o objetivo do estudo?

Contribuir para a formulação e aprimoramento de políticas públicas que reconheçam a obesidade como uma DCNT, garantam cuidado multiprofissional e promovam a prevenção, a visibilidade e a defesa dos direitos. 

  • Mapeamento de 49 Projetos de Lei;
  • Foco em 09 Projetos de Lei;
  • Elaboração de recomendações de acordo com:
    • A aderência do PL aos documentos  norteadores do cuidado à obesidade;
    • Linguagem inclusiva, sem estigmatização;
    • Complementaridade entre propostas  para evitar sobreposição.

 

Quais as principais conclusões?

A Agenda Legislativa 2025 organiza nove projetos de lei prioritários apontando que o manejo da obesidade no Brasil exige uma mudança estrutural na forma como o tema é reconhecido, tratado e monitorado pelas políticas públicas. O documento evidencia a necessidade de:

  • Reconhecimento formal da obesidade como Doença Crônica Não Transmissível (DCNT): implica na criação de protocolos clínicos, linhas de cuidado e centros especializados de atendimento no SUS.
  • Prevenção: políticas que incentivem a alimentação saudável e a atividade física em consonância com o Guia Alimentar para a População Brasileira e com as metas do Plano de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) do Ministério da Saúde.
  • Monitoramento: ampliação e qualificação dos dados com coleta sistemática de dados antropométricos, reduzindo a subnotificação nos sistemas de informação do SUS e nas pesquisas populacionais em saúde com reforço para anotação do CID E66 e a melhoria dos inquéritos e registros.
  • Fortalecimento do cuidado multiprofissional e humanizado: envolver profissionais de diferentes áreas, atuando de forma integrada na atenção primária e especializada. Considerar não apenas os aspectos clínicos, mas também psicológicos e sociais da doença, garantindo continuidade do cuidado e melhor qualidade de vida às pessoas com obesidade.
  • Combate ao estigma e à discriminação: reconhecendo o preconceito como um dos principais obstáculos ao acesso à saúde e à inclusão social. Adoção de uma linguagem inclusiva e respeitosa nas políticas públicas e nos textos legislativos, substituindo termos como “obeso” e “obesidade mórbida” por “pessoa com obesidade” e “obesidade grau III”.
  • Valorização da evidência científica: incorporação de tecnologias e medicamentos pelo SUS, seguindo critérios técnicos definidos pela CONITEC.
  • Atenção para o impacto econômico da obesidade: custos diretos e indiretos ao sistema de saúde e à economia nacional – estimados em cerca de 37 bilhões de dólares em 2019. A redução da prevalência da obesidade, em apenas um ponto percentual, poderia representar um retorno de milhões ao mercado produtivo.
  • Garantia e fortalecimento de direitos: acesso à saúde, transporte, trabalho, educação e a espaços públicos adaptados. Isso requer infraestrutura adequada, como cadeiras, macas e assentos reforçados, e políticas de acessibilidade que assegurem dignidade e cidadania a essa população.

Em síntese, a Agenda reforça que o manejo da obesidade deve ser tratado como uma política de Estado, com ações sustentáveis que articulem saúde, educação, economia e direitos humanos para construir políticas públicas mais justas, efetivas e sustentáveis, capazes de conter o avanço da obesidade e promover o bem-estar de milhões de brasileiros.

Impactos da Obesidade Infantojuvenil no Brasil

Autores: Instituto Desiderata
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Relatório
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade infantojuvenil é um grande desafio, com crescimento alarmante no Brasil e no mundo, com consequências graves para a saúde física, mental e social das crianças e adolescentes, além de gerar impactos econômicos significativos para as famílias e para o Sistema Único de Saúde (SUS). 

Qual é o objetivo do estudo?

Estimar os custos médicos diretos e indiretos da obesidade infantojuvenil no SUS, de 2013 a 2022, e projetar os impactos até 2060. 

Quais as principais conclusões?

O estudo realizado pelo Instituto Desiderata em parceria com a Fiocruz, destaca que, no país, a prevalência de obesidade infantojuvenil aumentou, atingindo em 2023, 14,3% das crianças (5 a 9 anos) e 12,6% dos adolescentes (10 a 19 anos). Esse aumento compromete o futuro, pois a obesidade infantil é um forte preditor de doenças crônicas (diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e câncer) e apneia do sono, problemas musculoesqueléticos, distúrbios metabólicos, menor autoestima, bullying e pior desempenho escolar.
Entre 2013 e 2022, as internações de crianças e adolescentes com obesidade como causa primária totalizaram R$ 5,5 milhões, já os gastos hospitalares adicionais atribuíveis à obesidade infantil chegaram a R$ 218,1 milhões, e o custo total combinado (hospitalar, ambulatorial e medicamentoso) foi de quase R$ 1,6 bilhão. As projeções indicam que, se as tendências atuais se mantiverem, a prevalência de obesidade entre crianças e adolescentes poderá quase dobrar até 2060, com custos diretos estimados em R$ 3,84 bilhões ao SUS.
Em contrapartida, uma redução de apenas 10% na obesidade infantil poderia evitar 70,8 mil mortes e 244,6 mil casos de doenças crônicas não transmissíveis, além de gerar economia de até R$ 1,27 bilhão. Investir em prevenção é mais eficaz e financeiramente mais sustentável do que arcar com os custos futuros da obesidade.
O estudo reforça que o manejo da obesidade infantojuvenil deve ser tratado como uma prioridade nacional e propõe estratégias regulatórias e educativas que incluem a restrição de alimentos ultraprocessados nas escolas, a tributação de produtos não saudáveis, o incentivo ao consumo de alimentos in natura e o fortalecimento da atenção primária à saúde.