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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 01/2022 #09

Boletim PBO

  1. Publicado em: 18 de jan de 2022

  2. Período: De 10 de Dezembro de 2021 a 13 de Janeiro de 2022

  3. Resenhas desta edição:
    1. Polyphenols and their anti-obesity role mediated by the gut microbiota: a comprehensive review

      Autores: Lissette Duarte, Naschla Gasaly, Carlos Poblete-Aro, Denisse Uribe, Francisca Echeverria, Martin Gotteland, Diego F Garcia-Diaz

      Fonte: Reviews in Endocrine and Metabolic Disorders

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Revisão

    2. Mindful eating for overweight and obese women in Brazil: An exploratory mixed-methods pilot study

      Autores: Vera Salvo, Adriana Sanudo, Jean Kristeller, Mariana Cabral Schveitzer, Patricia Martins, Maria Lucia Favarato, Marcelo Demarzo

      Fonte: Nutrition and Health

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

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Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso Canal do Youtube! Quintas-feiras semanais às 11h.

  • 20 de janeiro de 2021. Aspectos da Sociologia da Obesidade: uma leitura de Jean-Pierre Poulain, com Guilherme Nafalski, Coordenador do Painel Brasileiro da Obesidade.
  • 27 de janeiro de 2022. Custos da obesidade no Brasil – aspectos metodológicos com Eduardo Nilson (CGAN/MS).
  • 03 de fevereiro de 2022. A organização da atenção à obesidade no âmbito da Atenção Primária no SUS, com Gisele Bortoline  (CGAN).

Polyphenols and their anti-obesity role mediated by the gut microbiota: a comprehensive review

Autores: Lissette Duarte, Naschla Gasaly, Carlos Poblete-Aro, Denisse Uribe, Francisca Echeverria, Martin Gotteland, Diego F Garcia-Diaz
Fonte: Reviews in Endocrine and Metabolic Disorders
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade é um problema de saúde pública. Seu tratamento envolve, tradicionalmente, a restrição energética via mudanças na dieta alimentar e promoção da atividade física. Para o sucesso a longo prazo, outras estratégias terapêuticas podem ser incorporadas, como a ativação do tecido adiposo marrom e transformação do tecido adiposo branco em bege, no chamado embejamento.  Neste aspecto, os polifenóis podem estimular a termogênese e o processo de alteração do tecido adiposo. O mecanismo relacionado a essa função dos polifenóis ainda precisa ser elucidado, embora evidências científicas apontem para a atuação da microbiota intestinal como mediador.

Qual é o objetivo do estudo?

Avaliar o efeito dos polifenóis na transformação do tecido adiposo branco em bege e na termogênese corporal, buscando esclarecer o papel da microbiota intestinal neste processo.

Quais as principais conclusões?

Polifenóis são substâncias produzidas pelas plantas e que têm propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. Estudos experimentais evidenciaram ainda o seu efeito termogênico, isto é, de desenvolver e regular continuamente calor. É possível que esta função de queima de energia para produção de calor esteja relacionada à modulação da microbiota intestinal, visto que os polifenóis têm baixa biodisponibilidade. Além de regular o metabolismo corporal, a microbiota intestinal pode impactar nas funções inflamatórias e imunológicas do corpo por meio da produção de ácidos graxos de cadeia curta. Em modelos animais, verificou-se a relação entre o ganho de peso corporal, particularmente na porcentagem de gordura do corpo, e a saúde intestinal. A atividade da lipase lipoproteica, enzima envolvida no acúmulo de lipídios das células gordurosas, também demonstrou aumento quando comparado com animais com microbiota saudável. Em modelos animais, verificou-se a relação entre o ganho de peso corporal, particularmente na porcentagem de gordura do corpo, e a saúde intestinal. A atividade da lipase lipoproteica, enzima envolvida no acúmulo de lipídios das células gordurosas, também demonstrou aumento quando comparado com animais com microbiota saudável.

Durante o ganho de peso, o depósito de gordura ocorre principalmente nas  células adiposas brancas. Porém, o consumo de polifenóis parece promover o embejamento do tecido adiposo via modificação do metabolismo dos sais biliares e, consequentemente, alteração das bactérias do intestino. Exemplificando: em animais, a ingestão de revesterol atenuou o desequilíbrio da microbiota intestinal, diminuiu o acúmulo de gordura e aumentou o  embejamento do tecido adiposo branco.A obesidade é resultado do balanço energético positivo. As estratégias que contribuem para o aumento do gasto
de energia são favoráveis à perda de peso. Portanto, a compreensão da relação entre polifenóis, microbiota e termogênese, demonstrada pelos autores, pode ser usada no acompanhamento dietoterápico da obesidade.

Mindful eating for overweight and obese women in Brazil: An exploratory mixed-methods pilot study

Autores: Vera Salvo, Adriana Sanudo, Jean Kristeller, Mariana Cabral Schveitzer, Patricia Martins, Maria Lucia Favarato, Marcelo Demarzo
Fonte: Nutrition and Health
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

Dados mundiais mostram que aproximadamente 95% das pessoas que fazem dieta fracassam em manter o peso perdido a longo prazo.  O comer hedônico, isto é, o prazer em comer pode alterar os mecanismos de retroalimentação relacionados a fome e saciedade. Por isso, terapias centradas na dieta e estilo de vida podem ser ineficazes para a manutenção da perda de peso. Como o comer é uma atitude diária, muitas vezes ele é feito de forma automática. Assim, intervenções baseadas em mindfulness, como o mindful eating, chamam a atenção para os comportamentos, pensamentos e emoções no momento das refeições. Elas são promissoras na promoção de saúde para pessoas obesas. 

Qual é o objetivo do estudo?

Explorar a aceitação e eficácia preliminar do programa de mindful eating Mindfulness-Based Eating Awareness Training (MB-EAT) de forma quantitativa e qualitativa em mulheres brasileiras com sobrepeso e obesidade.

Quais as principais conclusões?

Os pesquisadores realizaram um estudo clínico com 34 mulheres que iniciaram o protocolo de mindful eating em grupo focal. Destas, 20 participantes completaram todas as avaliações antes e depois das sessões. No total, foram realizados 13 encontros, sendo o primeiro introdutório do programa. 

O protocolo adotado (MB-EAT) enfatiza a importância da atenção plena para a fome física, a satisfação em comer, os sinais de saciedade física e os gatilhos para comer sem fome física como as emoções, os pensamentos e o ambiente social. O programa também tem foco no prazer em comer, encorajando padrões saudáveis de escolhas alimentares, tanto em qualidade quanto em qualidade.

Após as sessões de acompanhamento, as mulheres perderam, em média, 1,9 ± 0,6 kg, com variação de 0,9 a 5,7 kg. Somente uma participante ganhou peso (1,2 kg). A intervenção foi capaz de reduzir padrões alimentares errôneos, aumentar a atenção para o ato de comer e diminuir a frequência de transtornos alimentares. À medida que o nível de mindfulness aumentava, o índice de massa corporal diminuía.

O estudo trouxe resultados além dos esperados. Embora o objetivo não fosse a perda de peso, este foi um efeito alcançado. O protocolo MB-EAT mostrou-se eficaz para a promoção de mindfulness e mindful eating. Como perspectiva futura, os autores sugerem adaptações no programa de acordo com a realidade brasileira.