Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade
Boletim PBOBoletim PBO
Publicado em: 14 de jan de 2025
Período: De 06 a 13 de janeiro/2025
- Resenhas desta edição:
Autores: Eloah Costa de Sant Anna Ribeiro, Aléxia Vieira de Abreu Rodrigues, Luana Teixeira Ghiggino, João Henrique Rabelo Câmara, Rosana Salles da Costa, Aline Alves Ferreira
Fonte: Cadernos de Saúde Pública
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
The greater the number of altered eating behaviors in obesity, the more severe the psychopathology
Autores: Elvira Anna Carbone, Marianna Rania, Ettore D’Onofrio, Daria Quirino, Renato de Filippis, Lavinia Rotella, Matteo Aloi, Vanessa Teresa Fiorentino, Rinki Murphy, Cristina Segura-Garcia
Fonte: Nutrients
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Destaques do período
Eventos
- 08 de janeiro. A TV Bariátrica (SBCBM) lançou o programa “Por que a obesidade não é tratada como doença?”;
- 10 de janeiro. Aconteceu o Lançamento do Anuário 2024 – Nupens que compila os principais estudos publicados no último ano;
- 13 de janeiro. A Universidade de Pernambuco (EDUPE) lançou o e-book Abordagens e Práticas sobre o sobrepeso e a obesidade no SUS.
Fique de olho
- 27 de janeiro. O FórumCCNTs realizará o webinar CCNTs em Foco: Estratégias e Prioridades para 2025;
- 27 e 28 de março de 2025. Acontecerá o Congresso Nacional de Executivos em Saúde – CONEXS, em Salvador, organizado pelo CBEXs – Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde;
- 05 de abril. Acontecerá o 1º Encontro Nacional de Transtornos Alimentares e Obesidade, organizado pelas iniciativas AMBULIM e ASTRAL;
- 25 e 26 de abril. Será realizado o 11º Congresso Brasileiro de Nutrição Comportamental;
- 11 a 14 de maio. O Congresso Europeu de Obesidade (ECO 2025) da European Association for the Study of Obesity (EASO) será promovido em Málaga.
- 29 a 31 de maio. A ABESO promoverá o XXI Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica;
- 02 a 04 de junho. Nova York será palco da Assembleia Geral da ONU;
- 15 a 18 de agosto. A etapa final da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora será promovida pelo Conselho Nacional de Saúde;
- 29 a 31 de outubro. Ocorrerá o XXV Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes;
- Curso “Introdução ao SUS”, em formato online, com carga horária de 60 horas;
- Curso de Transtornos Alimentares na Infância e Adolescência do Programa de Tratamento de Transtornos Alimentares (AMBULIM/IPq/HCFMUSP);
- Cursos de Avaliação de Tecnologias em Saúde do PROADI-SUS;
- Curso sobre a Promoção da atividade física na Atenção Primária à Saúde e sua inserção nos instrumentos de planejamento e de gestão do SUS da UNA-SUS.
Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:
Fique de olho em nosso canal do Youtube!
Voltamos com a programação de lives.
Quinta-feira, às 11h.
- 16 de janeiro. Live sobre “As redes da obesidade” com a convidada Jaqueline Gentil, pesquisadora do Painel Brasileiro da Obesidade;
- 23 de janeiro. Live “O policy brief como uma estratégia de prevenção da obesidade” com Eliene Ferreira de Sousa, coordenadora de projetos de nutrição do Programa Mundial de Alimentos (WFP).
Insegurança alimentar, meio ambiente e habitabilidade em domicílios situados nas áreas urbana e rural no Brasil
Autores: Eloah Costa de Sant Anna Ribeiro, Aléxia Vieira de Abreu Rodrigues, Luana Teixeira Ghiggino, João Henrique Rabelo Câmara, Rosana Salles da Costa, Aline Alves Ferreira
Fonte: Cadernos de Saúde Pública
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original
Por que o tema é relevante?
O estudo aborda a relação entre insegurança alimentar, saneamento básico e habitabilidade no Brasil, considerando a relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), vinculado ao ODS 2 (Fome Zero) e ao ODS 6 (Água Limpa e Saneamento).
Qual é o objetivo do estudo?
Investigar a relação entre a insegurança alimentar e as condições de saneamento básico e moradia nos domicílios brasileiros, diferenciando as áreas urbanas e rurais.
Quais as principais conclusões?
O estudo utiliza dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017/2018, para investigar os fatores associados aos níveis mais graves de insegurança alimentar, analisando sua correlação com as condições de saneamento básico e de habitação em áreas urbanas e rurais no Brasil.
Nas zonas urbanas, a presença de poços rasos, esgoto inadequado e descarte impróprio de lixo estão relacionados a altos níveis de insegurança alimentar. Os motivos estão relacionados com a falta de rede de esgoto que contribui para o desperdício de água e o descarte inadequado de resíduos nas redes de drenagem, criando ambientes insalubres com a presença de animais sinantrópicos que causam problemas de saúde e prejuízos econômicos. Esses fatores evidenciam como a infraestrutura urbana deficiente afeta a saúde e a qualidade de vida, comprometendo a segurança alimentar de muitas famílias.
Nas áreas rurais, a insegurança é mais prevalente em domicílios próximos de valas, encostas e rios poluídos, além de locais com queima de resíduos. A inadequação do saneamento, com o lançamento de esgoto em locais inadequados, contribui para a poluição da água, resultando na contaminação dos alimentos e aumento de doenças parasitárias. A presença de animais sinantrópicos e a degradação ambiental, como a exploração intensiva do solo e o desmatamento, afetam negativamente o manejo do solo e a dinâmica hídrica. Nesse contexto, a cadeia de abastecimento de alimentos fica prejudicada, além de longo prazo, comprometer a produção, a precificação e a segurança alimentar.
A insegurança alimentar emerge como um indicador das desigualdades sociais e dos impactos da falta de infraestrutura básica que comprometem a saúde, a qualidade de vida e a segurança nutricional de milhares de famílias. Apesar dos avanços em políticas públicas, a universalização do saneamento básico ainda enfrenta estagnação, principalmente em áreas periféricas e rurais, onde os serviços são frequentemente insuficientes ou inexistentes. Por tanto, se faz necessário monitorar não apenas a segurança alimentar, mas também a segurança hídrica, dado o papel central da água tratada e do saneamento básico na garantia de condições de vida dignas e sustentáveis.
The greater the number of altered eating behaviors in obesity, the more severe the psychopathology
Autores: Elvira Anna Carbone, Marianna Rania, Ettore D’Onofrio, Daria Quirino, Renato de Filippis, Lavinia Rotella, Matteo Aloi, Vanessa Teresa Fiorentino, Rinki Murphy, Cristina Segura-Garcia
Fonte: Nutrients
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
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Por que o tema é relevante?
O estudo aborda como os distúrbios alimentares como vícios alimentares, compulsão, o ato de “beliscar” e alimentação noturna têm ganhado destaque como fatores que agravam a obesidade e as psicopatologias gerais e alimentares.
Qual é o objetivo do estudo?
Avaliar a frequência e os tipos de distúrbios alimentares em indivíduos com obesidade e analisar a relação desses comportamentos com a psicopatologia.
Quais as principais conclusões?
O estudo evidencia a presença de alterações comportamentais relacionadas ao distúrbio alimentar em 67% dos pacientes. A categorização dos pacientes em três grupos, pela quantidade de alterações observadas, demonstrou a diversidade dessas manifestações clínicas.
O grupo sem alterações alimentares, apresentou sintomas psicopatológicos mínimos, com baixo impacto psicossocial e alimentar no desenvolvimento e manutenção da obesidade, indicando uma condição menos complexa em termos comportamentais e psicológicos. Os pacientes do segundo grupo, com comportamento alimentar alterado, predominantemente, pelo consumo excessivo de doces, mostraram psicopatologia de intensidade moderada sobre a preocupação com peso e a forma corporal.
Por fim, o grupo com as múltiplas alterações, como a compulsão, o vício alimentar e ingestão noturna, apresentou os níveis mais altos de psicopatologia, incluindo ansiedade, depressão, baixa autoestima, estresse e preocupações excessivas com peso e forma corporal, além de um impacto psicológico e metabólico severo. Esse perfil está associado a uma obesidade mais complexa, com maior risco de complicações e necessidade de tratamentos personalizados.
Esses três grupos, tornam possível observar que quanto mais componentes alterados são identificados, maiores são os sintomas psicopatológicos, demonstram a diversidade de fatores que interferem na obesidade e a importância de compreender os diferentes perfis comportamentais e psicopatológicos para o desenvolvimento de estratégias de tratamento mais personalizadas, eficazes e integradas.