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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 05/2021 #05

Boletim PBO

  1. Publicado em: 2 de nov de 2021

  2. Período: De 15 a 28 de Outubro/2021

  3. Resenhas desta edição:
    1. Tackling adolescent obesity in Latin America: The cost of inaction in Brazil, Chile and Colombia

      Fonte: The Economist Intelligence Unit

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Revisão

    2. Instrutivo de abordagem coletiva para manejo da obesidade no SUS

      Autores: Ministério da Saúde e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Relatório

      Tipo de estudo: Estudo observacional

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Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade deu  continuidade ao seu ciclo de eventos com a realização das lives:
    • De 28 de outubro, com o tema “Enfrentando a obesidade em adolescentes na América Latina”. O convidado Márcio Zanetti, Diretor da Unidade de Inteligência da Revista The Economist no Brasil apresentou o estudo sobre o custo da inação e seu impacto econômico sobre a obesidade em adolescentes em  três mercados emergentes na América Latina: Brasil, Chile e Colômbia e debateu os resultados com José Cechin, Superintendente Executivo do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar, e Rosely Sichieri, do Núcleo de Epidemiologia e Biologia da Nutrição – UERJ; 
    • De 21 de outubro, sobre “Corpo(s), obesidade(s) e saúde” com a participação de Ligia Amparo, docente da UFBA, que abordou os aspectos histórico-sociais da estética dos corpos, enfatizando o imperativo cultural do emagrecimento e a conformação com a obesidade enquanto doença.  
  • Em 22 de outubro ocorreu o 9º Encontro do Fórum DCNTs que reuniu representantes da sociedade civil organizada, poder público e empresas, proporcionando uma rica troca de conhecimentos e parcerias, alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 3.4 e 17 da ONU.
  • No dia 22 de outubro a Escola de Enfermagem da UFMG lançou o “Instrutivo de abordagem coletiva para manejo da obesidade no SUS”, que teve o apoio da Organização Pan-americana da Saúde (Opas/Brasil) e do Ministério da Saúde.
  • Em 20 de outubro a Universidade Federal de Goiás organizou o evento “Prevenção e Controle da Obesidade Infantil” com o apoio da SMS de Goiânia.
  • Entre 19 e 22 de outubro ocorreu o Congresso Nacional de Hospitais Privados, o CONAHP 2021, em sua segunda versão inteiramente online, que ofereceu dezenas de mesas temáticas sobre a saúde, sua gestão e desafios.
  • Em 19 de outubro, ocorreu o 2° Seminário de Obesidade em Crianças e Adolescentes do Instituto Desiderata com a temática “Obesidade infantil desafios para comunicar”.
  • Dia 19 de outubro foi realizada mais uma live da série “Encontros ENANI-2019”, desta vez, com o tema “Condições sociodemográficas e segurança alimentar e nutricional”.
  • Em 15 de outubro, a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável promoveu as lives “A alimentação no ambiente escolar: Defesa de direitos e promoção de saúde” e “A segurança alimentar na pandemia e no pós-pandemia: Perspectivas no horizonte” da série de oito encontros online do “Ciclo de Debates sobre o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável”.

Agenda PBO:

Acompanhe os próximos eventos do Painel Brasileiro da Obesidade transmitidos em nosso canal do Youtube:

Cursos:

Tackling adolescent obesity in Latin America: The cost of inaction in Brazil, Chile and Colombia

Fonte: The Economist Intelligence Unit
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A prevalência de obesidade está crescendo e pressionando os sistemas de saúde. A crise da obesidade se agrava diante da perspectiva de que crianças e adolescentes obesos podem manter essa condição na vida adulta. Há uma lacuna entre o conhecimento sobre o impacto socioeconômico que a geração atual de jovens com obesidade  provoca e o que ocasionará no futuro, especialmente em países da América Latina, como o Brasil, Chile e Colômbia.  

Qual é o objetivo do estudo?

O documento possui três aspectos norteadores:

  • o impacto econômico da obesidade: as consequências epidemiológicas e socioeconômicas nas taxas atuais de obesidade em mercados específicos;
  • o impacto econômico de intervenções precoces: os efeitos de reverter a obesidade e direcionar os cuidados da obesidade; e,
  • os custos da ação versus a inação: os benefícios socioeconômicos das medidas para reduzir o número de adolescentes vivendo com a obesidade.

Quais as principais conclusões?

A obesidade em crianças e adolescentes associa-se a consequências físicas e psicológicas deletérias, além de impactar na auto-estima e qualidade de vida do indivíduo. Ainda na adolescência, o excesso de peso pode gerar alterações no perfil de lipídios sanguíneos, na glicemia e na pressão arterial sistêmica, resultando no surgimento de comorbidades quando adultos. De acordo com dados apresentados pelos autores, 49% dos adolescentes com obesidade manterão essa condição quando adultos. 

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial sistêmica, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana e câncer colorretal são responsáveis pelos custos diretos da inação na saúde. Indiretamente, a presença dessas doenças leva ao aumento do absenteísmo no trabalho e perda da produtividade. Projeções realizadas pelos pesquisadores estimam que, em 2020, os custos da obesidade podem ter alcançado US$ 19 bilhões no Brasil, sendo que quase 90% desse valor é decorrente de gastos diretos com o tratamento das doenças crônicas não-transmissíveis.  Nesse contexto, o DM2 corresponde a mais da metade dos gastos. A estimativa é de que a obesidade representa cerca de 14% dos custos com saúde no país. 

Gastos totais com a obesidade em adultos, em porcentagem nominal do PIB, 2020.
Colômbia: 2,14%
Chile: 1,49%
Brasil: 1,37%
Fonte: Adaptado de SAAD et al., 2021.

Diante da perspectiva de aumento do número de adultos com obesidade, os autores identificaram que o impacto econômico relacionado a ela no Brasil, Chile e Colômbia deve dobrar de US$ 28 bilhões para US$ 53 bilhões entre os anos de 2020 – 2030. Por outro lado, em um cenário em que intervenções voltadas para adolescentes com obesidade levem à redução do peso corporal de 20% desses jovens, a economia por chegar a US$ 4 bilhões nesse mesmo período. 

Economia acumulada de acordo com diferentes cenários de efetividade da intervenção para a perda de peso em adolescentes no conjunto dos países Brasil, Chile e Colômbia, US$, 2020-2030.
VERMELHO: 20% – em que 20% dos adolescentes com obesidade atingem o peso adequado
AZUL: 15% – em que 15% dos adolescentes com obesidade atingem o peso adequado
PRETO: 10% – em que 10% dos adolescentes com obesidade atingem o peso adequado
Fonte: Adaptado de SAAD et al., 2021.

Combater a obesidade é uma abordagem complexa. Estratégias conjuntas são necessárias para a efetividade das ações. Os autores destacam três aspectos fundamentais para alcançar resultados reais:

  • criação de políticas e iniciativas para a população que busquem regulamentar o mercado de alimentos e bebidas não-alcoólicas, envolvendo a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a rotulagem de alimentos, por exemplo;
  • intervenções nos três níveis de atendimento à saúde da comunidade: atenção primária, secundária e terciária; além da atuação nas escolas; e, 
  • atendimento individualizado com foco na saúde física e no acompanhamento psicológico com o objetivo de proporcionar bem-estar para os adolescentes.

Os dados apresentados permitiram concluir que a mudança do estilo de vida secundária à urbanização aumentou as taxas de obesidade e a pressão dessa condição nos indicadores de saúde e nos gastos com os tratamentos de comorbidades associados a ela. O documento adquire especial relevância não só por apresentar os custos diretos e indiretos da obesidade, mas também por revelar o impacto econômico de intervenções precoces voltadas para a perda de peso em adolescentes. Ao apresentar o modelo empregado para analisar a importância econômica de prevenir e tratar a obesidade, o documento dá subsídios para a sua aplicação em outros contextos nacionais e regionais. 

 

Instrutivo de abordagem coletiva para manejo da obesidade no SUS

Autores: Ministério da Saúde e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Relatório
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade é um agravo à saúde de natureza multifatorial. A sua prevenção e tratamento exige uma abordagem complexa que, muitas vezes, é desafiadora para os profissionais da saúde. A elevada demanda por atendimentos individuais, a necessidade de incorporar atividades coletivas para o cuidado integral e a constante qualificação são barreiras a serem enfrentadas. 

Qual é o objetivo do estudo?

O material, elaborado pelo Grupo de Pesquisa de Intervenções em Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (GIN/UFMG) e a Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN/DEPROS/SAPS/MS), visa apoiar as equipes e profissionais de saúde para o manejo da obesidade no SUS, enfatizando a abordagem coletiva. Desta forma, propõe-se ferramentas teóricas e práticas para a realização de grupos voltados para pessoas com obesidade, especialmente no âmbito da Atenção Primária à Saúde.

Quais as principais conclusões?

Inicialmente, os autores buscam compreender as causas da obesidade. Nesse contexto, são apresentados os seus macro e microdeterminantes. Atenção deve ser dada aos condicionantes de saúde que, quando abordadas, têm fortes evidências científicas a favor no combate à obesidade. É o caso da mudança do estilo de vida voltada para a redução da ingestão energética, aumento do nível de atividade física e adoção de medidas para apoiar as mudanças de comportamento. De forma coadjuvante, também é relevante o emprego de tecnologias da comunicação no atendimento ao usuário, como ligações telefônicas, mensagens por redes sociais e correio eletrônico, videoconferências e atendimentos em chats. Essas ferramentas ajudam a estreitar as relações e dinamizar o contato interpessoal, aumentando a efetividade das ações de promoção à saúde. 

 A participação em atividades de grupo representa uma importante estratégia no tratamento da obesidade. Segundo dados apontados no instrutivo, a efetividade da perda de peso é maior em pessoas que participam de intervenções coletivas. Esse ambiente mostra-se um espaço de compartilhamento de situações-problema e possibilita identificar modelos de comportamentos reais. Enfatiza-se que a participação nos grupos não deve ser usada como instrumento de “barganha”, como a elaboração do plano alimentar condicionada à presença nos grupos.  

A abordagem coletiva deve ser integrada à individual, assim como à prática de atividade física. São necessárias ações de empoderamento do indivíduo, atenção centrada na pessoa, corresponsabilização e autocuidado apoiado para que o usuário assuma o protagonismo do seu tratamento e, assim, tenha maior resolutividade e sucesso no cuidado à saúde.  

O instrutivo compõe uma série de documentos. Fazem parte da coleção o “Caderno de atividades educativas” e o “Material teórico para suporte ao manejo da obesidade no Sistema Único de Saúde”. Estes materiais apresentam um referencial teórico e sugestões de atividades práticas que os profissionais de saúde podem desenvolver com grupos de pessoas com obesidade. Desta forma, o documento aqui discutido em conjunto com os demais auxiliam as equipes envolvidas no enfrentamento da obesidade, sem, ao mesmo tempo, esgotar esse tema tão complexo.