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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 06/2021 #06

Boletim PBO

  1. Publicado em: 16 de nov de 2021

  2. Período: De 28 de Outubro a 11 de Novembro/2021

  3. Resenhas desta edição:
    1. Association of body mass index and age with morbidity and mortality in patients hospitalized with COVID-19: results from the american heart association COVID-19 cardiovascular disease registry

      Autores: Nicholas S. Hendren, James A. de Lemos, Colby Ayers, Sandeep R. Das, Anjali Rao, Spencer Carter, Anna Rosenblatt, Jason Walchok, Wally Omar, Rohan Khera, Anita A. Hegde, Mark H. Drazner, Ian J. Neeland, Justin L. Grodin

      Fonte: Circulation

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Revisão

    2. Characteristics of successful primary school-based experiential nutrition programmes: a systematic literature review

      Autores: Karen Charlton, Teagan Comerford, Natika Deavin, Karen Walton

      Fonte: Public Health Nutrition

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Revisão

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Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade manteve suas discussões com especialistas, com a realização das lives:
  • Dia 10 de novembro o ENANI-2019 organizou a live sobre “Prevalência de aleitamento materno em crianças brasileiras menores de 2 anos”
  • Em 5 de novembro o ECOA-SUS Tocantins realizou webinário com o quarto episódio da série com o tema “Estigma da obesidade”
  • De 1 a 5 de novembro a Sociedade de Obesidade promoveu a “Semana da obesidade”. É possível acompanhar os trabalhos submetidos ao congresso no site do evento.

Publicações

O Nupens lançou neste período o fascículo “Protocolos de uso do Guia Alimentar para orientação alimentar de gestantes”. O documento, de autoria técnica da vice-coordenadora do Nupens, Patrícia Jaime, é mais um da coleção que busca auxiliar os profissionais da saúde sobre a aplicação dos preceitos do Guia Alimentar nas consultas individuais.

Fique de olho

AGENDA PBO:

Acompanhe nossas Lives Semanais, sempre às quintas-feiras das 11h às 12h, no canal do Youtube do Painel Brasileiro da Obesidade:

  • 18 de novembro de 2021 – “Por que o tratamento farmacológico da obesidade é tão estigmatizado?” com Cintia Cercato da ABESO.
  • 25 de novembro de 2021 – “Instrutivo para o cuidado da criança e do adolescente com sobrepeso e obesidade” com Ana Carolina Feldenheimer da UERJ.
  • 02 de dezembro de 2021 – “Tratamento para obesidade infantil” com Maria Edna da ABESO.

Association of body mass index and age with morbidity and mortality in patients hospitalized with COVID-19: results from the american heart association COVID-19 cardiovascular disease registry

Autores: Nicholas S. Hendren, James A. de Lemos, Colby Ayers, Sandeep R. Das, Anjali Rao, Spencer Carter, Anna Rosenblatt, Jason Walchok, Wally Omar, Rohan Khera, Anita A. Hegde, Mark H. Drazner, Ian J. Neeland, Justin L. Grodin
Fonte: Circulation
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original

Por que o tema é relevante?

Três meses após o primeiro caso, a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia da COVID-19. Essa doença vitimou milhões de pessoas no mundo. Estudos sugerem que a obesidade é um fator de risco da COVID-19, contribuindo para hospitalizações e mortes, inclusive em pessoas jovens. Entretanto, não está claro em qual extensão o índice de massa corporal (IMC) é um fator agravante mais relevante que a própria idade nessas pessoas. Responder esse questionamento pode contribuir para estratégias de prevenção mais eficazes.

Qual é o objetivo do estudo?

Este trabalho analisou os registros de pacientes hospitalizados pela COVID-19 para determinar a relação existente entre o IMC e a mortalidade intra-hospitalar, a necessidade de ventilação mecânica, a presença de eventos cardiovasculares adversos e as intercorrências renais e tromboembólicas.

Quais as principais conclusões?

Os autores encontraram que:

  • após ajuste para idade, sexo e etnia, pessoas com obesidade tiveram maior chance de ventilação mecânica e mortalidade hospitalar comparado com indivíduos com peso na faixa de normalidade. Quando ponderado o histórico de doença cardiovascular, hipertensão, diabetes mellitus e doença renal crônica o risco aumentava progressivamente, sendo 1,80 vezes maior na obesidade grau III. 
  • sob o aspecto individual, a chance de morte foi 1,26 maior em pessoas com IMC acima de 40 kg/m² e o risco de ventilação mecânica foi 1,68 vezes o de indivíduos eutróficos.
  • a obesidade teve associação com a necessidade de terapia renal substitutiva. O risco foi 1,87 vezes maior para pessoas com grau I de obesidade, 2,86 para aqueles com grau II e 3,86 para indivíduos grau III.
  • na comparação do efeito da obesidade nas diferentes faixas etárias, ela se mostrou um fator mais importante para o pior prognóstico da doença do que o  próprio efeito protetor da idade. 
    • O IMC ≥ 40 kg/m² impactou mais a mortalidade e necessidade de ventilação mecânica em pessoas com ≤ 51 anos (razão de chance de 1,64) do que nos indivíduos com idade de 51 a 70 anos (razão de chance de 1,40); e, não foi um aspecto significativo para o óbito em naqueles com mais de 70 anos. 
    • A inclinação da curva do risco de morte claramente aumenta a partir do índice de massa corporal de 40 kg/m² em pessoas com ≤ 51 anos (razão de risco de 1,36), mas permanece achatada nos grupos com 51 a 70 anos e com mais de 70 anos, indicando ausência de risco para estes indivíduos.

Apesar das limitações da pesquisa, devido a sua natureza observacional, as dificuldades inerentes a análise de registros clínicos e a inclusão somente de hospitais de grande porte presentes em centros urbanos, os seus resultados são robustos. Foi possível concluir que o efeito protetor da idade não se aplica a pessoas com obesidade grau III. Desta forma, a elevada prevalência de pessoas com obesidade no quadro de internações por COVID-19 é um aspecto que chama a atenção, assim como o fato deles serem mais jovens em relação aos indivíduos com peso normal. Em termos de saúde pública, propagandas direcionadas aos jovens com obesidade são necessárias para que eles não subestimem os seus riscos diante da gravidade da COVID-19.

Characteristics of successful primary school-based experiential nutrition programmes: a systematic literature review

Autores: Karen Charlton, Teagan Comerford, Natika Deavin, Karen Walton
Fonte: Public Health Nutrition
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original

Por que o tema é relevante?

Os hábitos alimentares na infância têm reflexos no aparecimento de doenças crônicas na vida adulta. Por isso, esta é uma fase oportuna para intervenções nutricionais com foco na prevenção. Em particular, o ambiente escolar mostra-se um ambiente estratégico para a educação nutricional. Conhecer o impacto das ações de promoção da alimentação saudável nas escolas pode incentivá-las e fortalecê-las enquanto políticas públicas.

Qual é o objetivo do estudo?

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que buscou apresentar experiências de intervenções nutricionais em ensino infantil e identificar as características de sucesso que influenciaram os resultados cognitivos e comportamentais nessa faixa etária.

Quais as principais conclusões?

As intervenções nutricionais bem sucedidas envolviam:

  • criação de hortas escolares;
  • planejamento da compra de alimentos;
  • degustação de alimentos; 
  • aulas de culinária;
  • outros componentes, como visitas a fazenda, Programa Colheita do Mês e jogos de carta de educação nutricional, fornecimento de alimentos (desde frutas e vegetais até refeições completas como café da manhã).

O impacto cognitivo das estratégias pode ser observado no conhecimento, preferências, atitudes e auto-eficiência relacionado à nutrição. Houve modificação do comportamento envolvendo a ingestão de frutas e vegetais, grãos integrais, laticínios, fibras totais, açúcar de adição, gorduras totais e vitamina C.

Os programas de hortas escolares foram os que promoveram uma experiência mais intensa porque, além de plantar e acompanhar a colheita, incluíam preparar as refeições, experimentar o que foi produzido e ter aulas direcionadas de educação nutricional. A agenda das atividades envolvia, normalmente, 10 a 15 semanas. Os autores destacam que os dois estudos que produziram evidências mais robustas foram o Programa Pequenos Brotos e o Programa da Sociedade de Horticultura Real.

Apesar do relato de experiências positivas nas escolas, o artigo contrapõe indicando a ausência de benefícios de alguns programas. Ele chama a atenção para as limitações dessas pesquisas de intervenção, como o pequeno tamanho amostral, a ausência de aleatoriedade na designação nas escolas controle e de intervenção, baixo engajamento dos pais nas atividades, tempo insuficiente do programa e menor nível estímulo dos alunos. Além disso, estudos analisados evidenciaram a forte influência dos hábitos de consumo em casa na formação das preferências alimentares das crianças. Desta forma, mesmo com as ações de educação em sala de aula, o aumento do consumo de vegetais não se sustentou no decorrer do tempo. Em relação aos programas de fornecimento de frutas, quando encerrada a doação, o consumo alimentar reduzia para os níveis iniciais dentro de seis meses.

Ao mapear os fatores discriminantes entre as estratégias bem e mal sucedidas, foi possível identificar a importância do envolvimento parental, das atividades para a criança fazer em casa, de palestras ministradas por especialistas e da incorporação de serviços de fornecimento de alimentos saudáveis nas escolas. Outro aspecto, é a realização de ações a longo prazo, se possível, com mais de três anos de duração.

Com o olhar no futuro, os autores mostram-se curiosos sobre os efeitos que a capacitação dos professores para a alimentação saudável pode ter nos hábitos alimentares dos seus alunos. Em uma perspectiva mais ampla, sugerem que os programas não se restringem a projetos individuais, mas sim que seja verificado o impacto de uma atuação abrangente em diversas escolas do município.