Não possui cadastro?

Cadastre-se

Já possui conta?

Faça login

Pagamento aprovado... Acessos liberados

Seu pedido foi aprovado com sucesso

Já liberamos o acesso ao espaço exclusivo para assinantes.

Acessar área exclusiva

Pedido não processado :(

Infelizmente o seu pedido não foi processado pela operadora de cartão de crédito

Tente novamente clicando no botão abaixo

Voltar para o checkout

Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 07/2021 #07

Boletim PBO

  1. Publicado em: 30 de nov de 2021

  2. Período: De 12 a 25 de Novembro/2021

  3. Resenhas desta edição:
    1. Sarcopenic obesity: research advances in pathogenesis and diagnostic criteria

      Autores: Wen-qing Xie, Ge-lei Xiao, Yi-bin Fan, Miao He, Shan Lv, Yu-sheng Li

      Fonte: Aging Clinical and Experimental Research

      Publicado em: 2021

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Revisão

    2. Novas tendências para o cuidado com a obesidade na atenção básica

      Autores: Arieta Carla Gualandi Leal; Cíntia Pereira Donateli; Fernanda de Carvalho Vidigal; Gabriella Oliveira Ferreira; Irene da Silva Araújo Gonçalves; Letícia Soares de Freitas; Luciana Saraiva da Silva; Maíra Mendes Coelho; Túlio da Silva Junqueira

      Publicado em: 2021

      País: Brasil

      Tipo de arquivo: Livro

Acessar em PDF

Destaques do período

Eventos

Geral

A Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) disponibilizou site com informações sobre a “Dimensão comercial dos determinantes sociais da saúde (DCDSS)”. Na plataforma é possível ter acesso a estudos sobre a temática, inclusive a publicação da OPAS/OMS “Marco de referência sobre a DCDSS na Agenda de Enfrentamento das Doenças Crônicas não-Transmissíveis”.

Fique de olho

Cursos:

AGENDA PBO:

Fique de olho e acompanhe as Lives semanais do Painel Brasileiro da Obesidade pelo canal do Youtube: 

  • 02 de dezembro de 2021 – 11h – “Tratamento para obesidade infantil” – Dra. Maria Edna (HC/FMUSP)
  • 09 de dezembro de 2021 – 11h – “Opções terapêuticas para os pacientes com obesidade” – Dr. Fábio Trujillo (SBEM)
  • 16 de dezembro de 2021 – 11h – Lançamento do Working Paper “Formação para obesidade” – Me. Doralice Ramos (PBO)

Sarcopenic obesity: research advances in pathogenesis and diagnostic criteria

Autores: Wen-qing Xie, Ge-lei Xiao, Yi-bin Fan, Miao He, Shan Lv, Yu-sheng Li
Fonte: Aging Clinical and Experimental Research
Publicado em: 2021
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade sarcopênica é a combinação de sarcopenia e obesidade. Em conjunto, impactam mais na morbimortalidade do que cada uma delas individualmente. Sua prevalência aumenta com a idade e atinge, principalmente, pessoas com mais de 80 anos. Diante do envelhecimento da população e dos índices crescentes de obesidade, a obesidade sarcopênica repercussões mundiais.

Qual é o objetivo do estudo?

O estudo aborda aspectos fundamentais para a compreensão das causas e determinação dos critérios diagnósticos da obesidade sarcopênica. O intuito é subsidiar estratégias para a sua triagem, diagnóstico e tratamento precoce.

Quais as principais conclusões?

A obesidade sarcopênica é um agravo multifatorial que está relacionada à:

    • alterações da composição corporal decorrentes do envelhecimento; 
    • inflamação crônica;
    • resistência insulínica; 
    • alimentação não saudável;
    • sedentarismo;
  • mecanismos moleculares mediados, dentre outros, pela leptina, adiponectina, interleucinas e miostatina. 

O seu diagnóstico envolve a avaliação da qualidade e força muscular e a capacidade funcional do indivíduo. Atualmente, a qualidade do músculo é avaliada, principalmente, por meio do exame de absorção de raios-x de dupla energia (DEXA) ou pela impedância bioelétrica (BIA). Por sua vez, a força muscular é determinada pela força de preensão palmar (“handgrip”) e a sua funcionalidade pelo teste da velocidade da marcha ou pelo conjuntos de exames do “Short Physical Performance Battery”.

Diagnosticar adequadamente a sarcopenia demanda tempo. Por isso, estratégias de triagem podem ser interessantes na prática clínica. A escala “Simple Five-item Scoring Questionnaire” (SARC-F) pode ser a primeira opção empregada. É uma ferramenta simples e aplicável no contexto clínico, epidemiológico e de estudos observacionais. Em acréscimo, o SARC-F tem alta sensibilidade na avaliação da função muscular. Em combinação com a medida de circunferência da panturrilha (SARC-CalF) é possível melhorar a sua especificidade e acurácia.

Uma vez que a obesidade sarcopênica refere-se a presença dessas duas situações, os autores apresentam os critérios diagnósticos da obesidade. Três abordagens são apontadas.

  • As Diretrizes para a Prevenção e Controle de Sobrepeso e Obesidade em Adultos Chineses que usa o índice de massa corporal (IMC) ≥ 28 kg/m² para identificar a obesidade;
  • as recomendações da Organização Mundial da Saúde em que a porcentagem de gordura corporal (GC%) ≥ 25% para homens e ≥ 35% para mulheres os classifica com obesidade; e,
  • os valores acima do percentil 60 de GC% de estudo populacionais. 

A GC% é mais interessante para o diagnóstico de obesidade do que o IMC. Neste sentido, a análise da GC%  maior que o percentil 60 é muitas vezes empregado. 

Como observado, há diferentes métodos e critérios para identificação de sarcopenia, assim como de obesidade. Esse aspecto influencia diretamente na prevalência da doença na população. Desta forma, o estudo reforça a necessidade de unificar os critérios diagnósticos. Uma vez conhecida a realidade epidemiológica da obesidade sarcopênica, é possível determinar a carga da doença na sociedade, além de impulsionar as pesquisas sobre os mecanismos fisiopatológicos relacionados a ela. 

Novas tendências para o cuidado com a obesidade na atenção básica

Autores: Arieta Carla Gualandi Leal; Cíntia Pereira Donateli; Fernanda de Carvalho Vidigal; Gabriella Oliveira Ferreira; Irene da Silva Araújo Gonçalves; Letícia Soares de Freitas; Luciana Saraiva da Silva; Maíra Mendes Coelho; Túlio da Silva Junqueira
Publicado em: 2021
País: Brasil
Tipo de arquivo: Livro
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A complexidade da obesidade e seus fatores causais demandam constantes atualizações da equipe multiprofissional. Na busca por melhorar o cuidado à saúde, é possível incorporar as práticas integrativas que trazem o olhar não só para o corpo, mas também para a mente e espírito.

Qual é o objetivo do estudo?

O documento apresenta outras abordagens para o cuidado da obesidade, além da medicina convencional. O objetivo é instruir o profissional da saúde sobre essas práticas, possibilitando uma visão integral do indivíduo com obesidade.

Quais as principais conclusões?

A obesidade, na sua complexidade, demanda uma abordagem diferenciada dos profissionais da saúde. Para acompanhar este tipo de paciente, é possível agregar terapias à medicina ocidental. Esse aspecto auxilia na compreensão das práticas integrativas e complementares em saúde (PICS). Elas se baseiam em recursos terapêuticos que resgatam a responsabilidade do paciente para o seu cuidado com a saúde. É importante ressaltar que as PICS não descartam o acompanhamento clínico tradicional e sim as complementam.

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares reconhecidas pelo Ministério da Saúde são: 

  • constelação familiar;
  • bioenergética;
  • yoga;
  • biodança;
  • cromoterapia;
  • aromoterapia;
  • naturopatia (naturologia);
  • plantas medicinais e fitoterapia;
  • ayurveda;
  • medicina tradicional chinesa;
  • auriculoterapia;
  • medicina antroposófica.

Esses recursos terapêuticos foram incorporados ao SUS, mas a sua implementação depende, em última instância, do município segundo as atribuições da União, dos estados e municípios nas ações de saúde.

Como todo tratamento, a sua aplicação exige o aprofundamento do tema. Por isso, uma dificuldade é a necessidade de profissionais capacitados nas PICS na rede de atenção básica. A superação dessa limitação pode contribuir para o desenvolvimento de estudos na atenção básica, que, atualmente, são escassos.

O documento traz uma segunda tendência no atendimento ao paciente com obesidade: a abordagem em grupo. Os grupos permitem o compartilhamento de vivências, a escuta das necessidades das pessoas e a exposição das orientações técnicas dos profissionais. O planejamento, coordenação, metodologias e desafios na adesão das atividades em grupos são expostas pelos autores.

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na saúde também são um importante passo no cuidado do indivíduo com obesidade. Infelizmente, levantamento anterior à pandemia de COVID-19, revelou que apenas 13,5% das equipes de atenção básica tinham alto grau de incorporação das TICs. Essas tecnologias vêm na forma da Telessaúde, por exemplo. Outra possibilidade são os Prontuários Eletrônicos do Cidadão (PEC) que, uma vez ampliada a sua utilização e integração à internet, permite reduzir a fragmentação do atendimento multiprofissional e contribuir para o fornecimento de informações para a gestão pública da obesidade. 

Os aplicativos móveis são uma ferramenta aliada na comunicação entre profissionais e pacientes. Dados trazidos pelos pesquisadores, em 2016, mostram que 80% dos brasileiros usavam smartphones. Há evidências de que a sua utilização, especialmente por adolescentes, aumenta a adesão ao tratamento da obesidade. Por isso, é uma estratégia interessante a ser considerada na atenção básica para estimular hábitos de vida saudáveis.