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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição 11/2025 #95

Boletim PBO

  1. Publicado em: 3 de jun de 2025

  2. Período: De 21 de maio a 02 de junho/2025

  3. Resenhas desta edição:
    1. Adesão ao Guia Alimentar da População Brasileira e aspectos sociodemográficos: Estudo Brazuca

      Autores: Maria Eugênia de Medeiros Fernandes; Severina Carla Vieira Cunha Lima; Suamy Sales Barbosa; Rosa Sá de Oliveira Neta; Layanne Cristini Martin Sousa; Mariana Silva Bezerra; Márcia Marília Gomes Dantas Lopes; Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira; Dirce Maria Lobo Marchioni; Clélia de Oliveira Lyra

      Fonte: Revista de Saúde Pública

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

    2. Sociopolitical determinants of nutritional profiles and food insecurity among indigenous peoples in contemporary Brazil

      Autores: Maurício Soares Leite, Adriana Romano Athila, Aline Alves Ferreira, Deise Bresan, Renata da Cruz Gonçalves, Silvia Ângela Gugelmin

      Fonte: Revista de Nutrição

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Revisão

Destaques do período

Eventos

Fique de olho

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, às 11h.

Quinta-feira, das 9h30 às 12h.

  • 26 de junho. O PBO realizará o 2º Fórum Brasileiro de Políticas Públicas em Obesidade, que reúne especialistas, gestores e pessoas com obesidade para um debate intersetorial sobre os caminhos para a efetivação de políticas públicas de prevenção e cuidado da obesidade no Brasil. Inscreva-se pelo link:  https://bit.ly/3SS0uZU 

Adesão ao Guia Alimentar da População Brasileira e aspectos sociodemográficos: Estudo Brazuca

Autores: Maria Eugênia de Medeiros Fernandes; Severina Carla Vieira Cunha Lima; Suamy Sales Barbosa; Rosa Sá de Oliveira Neta; Layanne Cristini Martin Sousa; Mariana Silva Bezerra; Márcia Marília Gomes Dantas Lopes; Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira; Dirce Maria Lobo Marchioni; Clélia de Oliveira Lyra
Fonte: Revista de Saúde Pública
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

O Guia Alimentar para a População Brasileira é a principal política pública de promoção da alimentação saudável no país. Avaliar a adesão da população às suas recomendações permite diagnosticar práticas alimentares e suas relações com determinantes sociais, auxiliando na formulação de políticas.

Qual é o objetivo do estudo?

Analisar a adesão às recomendações do Guia Alimentar e a relação com fatores sociodemográficos de adultos e idosos de Natal (RN), do estudo Brazuca. 

Quais as principais conclusões?

Na população de adultos e idosos de Natal (RN) foi observada baixa adesão geral ao Guia Alimentar, com cerca de apenas 40% da amostra apresentando alta adesão. A alta adesão foi encontrada em pessoas do sexo feminino e idosos e a baixa adesão em pessoas com renda per capita baixa.
A maior adesão entre idosos foi associada a diversos fatores: maior tempo disponível para organizar e preparar refeições, comer com calma, compartilhar refeições e em condições de saúde que exigem alimentação mais cuidadosa. Além disso, o estilo de vida menos agitado em comparação ao dos adultos contribui para a manutenção de práticas alimentares mais saudáveis.
Por outro lado, os adultos apresentaram práticas alimentares ruins, como fazer refeições em locais inadequados, pular refeições ou beliscar entre elas. Além de consumo frequente de alimentos ultraprocessados, o que indica obstáculos como falta de tempo, sobrecarga de tarefas e baixa prioridade alimentar. A influência da renda também teve grande interferência, pessoas com renda per capita, abaixo de ¼ do salário-mínimo, tiveram menor adesão ao Guia, que pode estar associado à dificuldade de adquirir alimentos saudáveis, ou em barreiras culturais e estruturais que limitam o direito à alimentação adequada.
Por fim, são necessárias políticas públicas que promovam a equidade no acesso à alimentação saudável, investir em educação alimentar e nutricional, valorização da cultura alimentar local, ampliação do acesso a alimentos in natura e minimamente processados, e ações de proteção social para aumentar a adesão ao Guia, especialmente entre os grupos mais vulneráveis. 

Sociopolitical determinants of nutritional profiles and food insecurity among indigenous peoples in contemporary Brazil

Autores: Maurício Soares Leite, Adriana Romano Athila, Aline Alves Ferreira, Deise Bresan, Renata da Cruz Gonçalves, Silvia Ângela Gugelmin
Fonte: Revista de Nutrição
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A saúde indígena no Brasil apresenta profundas iniquidades, resultantes de  trajetórias históricas, ausência de políticas públicas eficazes e desestruturação de políticas de segurança alimentar e nutricional, que resultam em cenários alarmantes de desnutrição, anemia, fome e obesidade. Discutir determinantes sociopolíticos é fundamental para garantir os direitos dessa população.

Qual é o objetivo do estudo?

Rever as condições de desnutrição, fome, anemia, insegurança alimentar e obesidade entre povos indígenas no Brasil no período de 2013 a 2023.

Quais as principais conclusões?

O artigo evidencia que a saúde e a nutrição dos povos indígenas no Brasil são mais precarizadas que as da população não indígena, revelando um padrão persistente de iniquidades estruturais com base étnico-racial. Os dados analisados são alarmantes: há alta prevalência de desnutrição, anemia e obesidade entre crianças e adultos indígenas, com índices extremos como 83,8% de déficit de estatura entre crianças Yanomami e 84,4% de excesso de peso entre mulheres Xikrin. Além disso, a insegurança alimentar é generalizada, com níveis severos ou moderados em grande parte dos domicílios indígenas.

Esse cenário se agravou com a desestruturação das políticas de segurança alimentar e nutricional nos últimos anos, sobretudo após 2016, com cortes orçamentários e enfraquecimento de instituições, que impactou diretamente a soberania alimentar e a saúde dos povos indígenas. A escassez de dados atualizados e representativos sobre os povos indígenas, somada à subnotificação e à ausência de políticas baseadas em suas especificidades culturais, contribui para a invisibilidade demográfica e epidemiológica desses povos, dificultando o planejamento de ações eficazes.
Nesse contexto, para garantir o direito à alimentação e nutrição adequadas dos povos indígenas, é necessário reconhecer seus direitos, interromper as violações aos seus territórios e modos de vida. Além de (re)instituir conselhos e instâncias participativas, para apoiar a produção agrícola tradicional, fortalecer a atenção primária com equipes multiprofissionais indígenas e promover a participação direta dos povos nas decisões para romper as iniquidades e promover bem-estar, autonomia e segurança alimentar.