Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade
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Publicado em: 30 de jul de 2024
Período: De 18 a 24 de Julho/2024
- Resenhas desta edição:
Fatores sociodemográficos e comportamentais da obesidade: um estudo longitudinal
Autores: Bianca Mitie Onita, Jaqueline Lopes Pereira, Grégore Iven Mielke, João Paulo dos Anjos Souza Barbosa, Regina Mara Fisberg, Alex Antonio Florindo
Fonte: Cadernos de Saúde Pública
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Autores: Carolynn Francavilla Brown, Tracy Zvenyach, Elizabeth Paul, Leslie Golden, Catherine Varney, Harold Edward Bays
Fonte: Obesity Pillars
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Destaques do período
Eventos
- O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) realizou as lives:
- 25 de julho, live sobre “A importância das olimpíadas para promoção da atividade física” com Ciro Winckler, professor associado da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp);
- 18 de julho, live sobre “Reforma tributária e o levante sobre a taxação dos refrigerantes” com Paula Johns, diretora geral da ACT Promoção da Saúde;
- 26 a 27 de julho. A Sociedade Mexicana de Nutrição e Endocrinologia promoveu o Fórum Internacional de Diabetes, Obesidade e Lipídeos;
- 30 de julho. O Ministério da Saúde realizou o debate online “Política Nacional de Atividades Físicas no Sistema Único de Saúde (SUS): articulações para a pactuação no SUS”;
- 30 de julho. O Instituto Desiderata promoveu o debate “Ambientes alimentares seguros e saudáveis: transformando as escolas do Rio”.
Publicações
- A Food and Agriculture Organization (ONU/FAO) lançou, em 24 de julho, o documento “The State of Food Security and Nutrition in the World (SOFI).
Fique de olho
- 03 de agosto. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) promove o 1º Encontro Nacional de Pacientes Bariátricos;
- 24 de agosto. O Núcleo de Estudos de Obesidade, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, realiza o workshop “Abordagens nutricionais no tratamento da obesidade grave”;
- 04 a 06 de setembro. A Universidade Federal de Alfenas/MG organiza o II Congresso Nacional de Nutrição e Longevidade;
- 07 de setembro. Curso itinerante de obesidade, em Florianópolis, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso);
- 08 a 13 de setembro. A Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS) lança o PAPH Brasil: 4º Curso de imersão em atividade física e saúde pública;
- 25 a 27 de setembro. Será realizado o VI Simpósio Regional de Atividade Física e Saúde, organizado pela SBAFS.
- Até 29 de setembro. A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) abre inscrições para o Curso de Especialização em Saúde Pública;
- 14 a 18 de outubro. Será realizado o World Food Forum, promovido pela ONU/FAO;
- 03 a 06 de novembro. A Obesity Society promove a Conferência “Obesity Week”;
- Até 20 de novembro. O Campus Virtual Fiocruz abre inscrições para o curso “Autocuidado em saúde e a literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na atenção primária à saúde (APS)”;
- 07 e 08 de dezembro. A ABESO promove o congresso híbrido “Olhar ABESO 2024”;
- Curso “Introdução ao SUS”, em formato online, com carga horária de 60 horas;
- Curso “Obesidade: abordagem da nutrição comportamental” do Instituto Nutrição Comportamental.
Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:
Fique de olho em nosso canal do Youtube!
Quinta-feira, às 11h.
- 01 de agosto. Live sobre o “Cuidado nutricional no câncer relacionado a obesidade”, com Sheilla de Oliveira Faria, nutricionista do Instituto Nacional do Câncer (Inca);
- 08 de agosto. Live “Promoção da Amamentação na Educação Infantil e Apoio online na Amamentação”, com Rosane Rito, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Fatores sociodemográficos e comportamentais da obesidade: um estudo longitudinal
Autores: Bianca Mitie Onita, Jaqueline Lopes Pereira, Grégore Iven Mielke, João Paulo dos Anjos Souza Barbosa, Regina Mara Fisberg, Alex Antonio Florindo
Fonte: Cadernos de Saúde Pública
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original
Por que o tema é relevante?
A obesidade tem um grande impacto na mortalidade precoce, nos anos de vida perdidos por incapacidade e na sobrecarga dos sistemas de saúde. No Brasil, a prevalência aumentou nas últimas décadas, destacando a necessidade de se atentar aos fatores associados a essa condição para desenvolver estratégias de controle e prevenção.
Qual é o objetivo do estudo?
Investigar a associação entre fatores sociodemográficos e comportamentais e a ocorrência de obesidade entre 2014 e 2021 em adultos da cidade de São Paulo pelos dados do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA) – Atividade Física e Ambiente.
Quais as principais conclusões?
O estudo definiu a obesidade por meio da categorização do índice de massa corporal (IMC), com dados autorreferidos de peso e altura, e classificada por meio de pontos de corte específicos ajustados por faixa etária, sexo e IMC para idade.
Na cidade de São Paulo, durante o período estudado, houve um aumento de 27,7% na prevalência de obesidade. Os resultados mostram que a prática de pelo menos 150 minutos semanais de atividade física apresentou uma redução de 56% no risco de desenvolver obesidade, enquanto que a prática entre 10 e 150 minutos semanais de atividade física, como deslocamento, apresentaram uma redução de 51%. Ainda assim, indivíduos sem parceiro apresentaram menor risco de desenvolver obesidade, independentemente da prática de atividade física.
Por outro lado, pessoas na faixa etária de 40 a 59 anos demonstraram uma maior propensão à obesidade, indicando que a meia-idade necessita de atenção. Além disso, indivíduos de cor de pele preta apresentaram um risco maior de desenvolver obesidade, sendo um possível reflexo das disparidades sociais e econômicas que afetam essa população. Esses resultados ressaltam a importância de promover a atividade física e considerar as particularidades sociodemográficas nas políticas públicas de saúde voltadas ao controle da obesidade.
Obesity and advocacy: a joint clinical perspective and expert review from the obesity medicine association and the obesity action coalition
Autores: Carolynn Francavilla Brown, Tracy Zvenyach, Elizabeth Paul, Leslie Golden, Catherine Varney, Harold Edward Bays
Fonte: Obesity Pillars
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original
Por que o tema é relevante?
A obesidade, por ser uma doença multifacetada, associada a outras condições crônicas, afeta os indivíduos fisica, emocional e socialmente. A advocacy busca reduzir o estigma e a discriminação, aumentar o acesso a cuidados de saúde e promover mudanças políticas e sociais para a prevenção e o tratamento eficazes.
Qual é o objetivo do estudo?
Fornecer uma perspectiva clínica conjunta e uma revisão especializada sobre o papel da advocacy na melhoria da vida de pacientes com a obesidade
Quais as principais conclusões?
Advocacy é a prática de defender, promover e apoiar uma causa, política ou grupo, visando influenciar decisões e políticas públicas. Ela pode ser categorizada em três tipos: auto-advocacy, em que os pacientes se educam e participam ativamente de suas decisões de saúde; advocacy individual, realizada por profissionais de saúde ou grupos, que defendem os direitos dos pacientes diante de seguradoras e empregadores para garantir tratamentos adequados; e a advocacy de sistemas, que visa influenciar políticas públicas e regulatórias para criar ambientes mais inclusivos e acessíveis para todos.
Os profissionais da área de saúde desempenham um papel fundamental na advocacy individual, atuando como defensores e aliados no sistema de saúde. Além de ajudar os pacientes com suas opções de tratamento, promovem um ambiente clínico inclusivo e respeitoso e usam uma linguagem centrada na pessoa para combater o estigma associado à obesidade.
A advocacy promove mudanças sociais e políticas, como melhorar o acesso ao tratamento, implementar iniciativas educacionais e de políticas públicas para aumentar a conscientização sobre a complexidade da obesidade, e combater o estigma e a discriminação. Ela também pode atuar assegurando acesso aos diferentes aspectos da linha de cuidado da obesidade, como terapias comportamentais, medicamentos e intervenções cirúrgicas e contribuir para ambientes inclusivos e de apoio, capacitando os pacientes a tomar decisões informadas sobre sua saúde. Por fim, ao influenciar mudanças em nível individual, comunitário e sistêmico, a advocacy não só melhora o bem-estar físico dos pacientes, mas também promove sua saúde emocional e qualidade de vida geral.
Com isso, a advocacy se constrói como uma estratégia poderosa de mobilização social e política que proporciona transformações significativas na sociedade.