Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade
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Publicado em: 10 de set de 2024
Período: De 29 Agosto a 09 Setembro/2024
- Resenhas desta edição:
Microevolutionary hypothesis of the obesity epidemic
Autores: Joseph Fraiman, Scott Baver, Maciej Henneberg,Editor: Mithun Sikdar
Fonte: PLOS ONE
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Weighted breaths: exploring biologic and non-biologic therapies for co-existing asthma and obesity
Autores: Albert W. Pilkington, Bhanusowmya Buragamadagu, Richard A. Johnston
Fonte: Current Allergy and Asthma Reports
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Destaques do período
Eventos
O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) apresentou as seguintes lives:
- de 05 de setembro, sobre o “Exercício físico como tratamento não farmacológico do câncer”, com Fabrício Voltarelli da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que apresentou sobre a importância da prática regular de exercícios físicos para uma boa saúde e qualidade de vida;de 29 de agosto, sobre o “Envelhecer com obesidade”, com Ana Cristina Canedo Speranza da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que apresentou os riscos associados da obesidade com o processo de envelhecimento;
- de 07 de setembro. Curso itinerante de obesidade, em Florianópolis, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).
- de 05 de setembro. Webinar do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) sobre o “Consumo alimentar de crianças brasileiras menores de 5 anos”;
- de 04 de setembro. Live da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS) sobre “A produção científica na atividade física: atualidades e tendências”;
- de 03 de setembro. O “3º Seminário de Avaliação em Saúde” promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco);
- de 29 de agosto. Live da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) sobre a “Absorção de Nutrientes após a bariátrica”;
Fique de olho
- 08 a 13 de setembro. A Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS) lançará o PAPH Brasil: 4º Curso de imersão em atividade física e saúde pública;
- 13 de setembro. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social Família e Combate à Fome irá promover o webinar “Promoção da alimentação adequada e saudável”;
- 18 de setembro. O Conselho Nacional de Saúde irá realizar o Seminário “Interfaces público-privadas nos gastos em saúde e o financiamento adequado e suficiente para o SUS”;
- 25 a 27 de setembro. Será realizado o VI Simpósio Regional de Atividade Física e Saúde, organizado pela SBAFS;
- 14 a 18 de outubro. Será realizado o World Food Forum, promovido pela ONU/FAO;
- 16 a 18 de outubro. A Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS) realizará o “XVII Simpósio Nordestino de Atividade Física e Saúde”, no Crato/CE;
- 24 de outubro. O 2° Curso Itinerante de Obesidade da Abeso será promovido em Salvador/BA;
- 03 a 06 de novembro. A Obesity Society promoverá a Conferência “Obesity Week”;
- Até 20 de novembro. O Campus Virtual Fiocruz abre inscrições para o curso “Autocuidado em saúde e a literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na atenção primária à saúde (APS)”;
- 07 e 08 de dezembro. A ABESO promoverá o congresso híbrido “Olhar ABESO 2024”;
- Curso “Introdução ao SUS”, em formato online, com carga horária de 60 horas;
- Curso de Transtornos Alimentares na Infância e Adolescência do Programa de Tratamento de Transtornos Alimentares (AMBULIM/IPq/HCFMUSP);
- Cursos de Avaliação de Tecnologias em Saúde do PROADI-SUS.
Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:
Fique de olho em nosso canal do Youtube!
Quinta-feira, às 11h.
- 12 de setembro. O racismo como um determinante social da alimentação e nutrição no Brasil, com a convidada Raquel Canuto, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para falar das desigualdades no acesso a alimentos e as disparidades na saúde nutricional entre diferentes grupos raciais;
- 19 de setembro. Terapia de reposição hormonal em mulheres com obesidade, com Dolores Pardini, médica da ABESO, para falar sobre a menopausa com obesidade e a terapia de reposição hormonal (TRH).
Microevolutionary hypothesis of the obesity epidemic
Autores: Joseph Fraiman, Scott Baver, Maciej Henneberg,Editor: Mithun Sikdar
Fonte: PLOS ONE
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original
Por que o tema é relevante?
A epidemia de obesidade pode ser explicada por mudanças microevolutivas na genética humana. A redução da mortalidade materna , por meio de técnicas da obstetrícia moderna, tem potencial de perpetuar/manter genes relacionados à obesidade em seus descendentes, proliferar genes que promovem a obesidade e contribuir para a disseminação da doença.
Qual é o objetivo do estudo?
Apresentar e examinar a hipótese de que a epidemia de obesidade global pode ser atribuída a mudanças microevolutivas de diversidade genética em uma população.
Quais as principais conclusões?
A obesidade é reconhecida como um fator de risco significativo para complicações durante a gestação e o parto, contribuindo para a mortalidade materna. Antes do advento da obstetrícia moderna, a mortalidade perinatal era de aproximadamente 14% e a obesidade, pode elevar o risco relativo de mortalidade perinatal em até quatro vezes. Nesse cenário, uma mulher com obesidade que sobrevivesse ao parto teria uma probabilidade de até 56% de óbito de seu recém-nascido no primeiro mês de vida.
Com a introdução da obstetrícia moderna, muitos riscos foram controlados, alterando as pressões seletivas que limitavam a prevalência dos genes associados à obesidade. Esse avanço contribuiu para a redução da mortalidade materna e neonatal, diminuindo assim o impacto da obesidade nesse contexto e resultando em uma alteração no comportamento dos genes obesogênicos, antes eles não eram facilmente perpetuados na população, mas, agora, esses genes se propagam mais rapidamente.
Essa correlação busca explicar a magnitude e a abrangência global da epidemia de obesidade para além dos fatores frequentemente atribuídos ao aumento da obesidade, como o aumento na ingestão calórica e a inatividade física. Afinal, em muitas nações, esses dois fatores não aumentaram a ponto de justificar o crescente número de casos de obesidade, o que sugere a relevância dos fatores genéticos atribuídos.
Weighted breaths: exploring biologic and non-biologic therapies for co-existing asthma and obesity
Autores: Albert W. Pilkington, Bhanusowmya Buragamadagu, Richard A. Johnston
Fonte: Current Allergy and Asthma Reports
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
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Por que o tema é relevante?
O artigo aborda a relação entre as condições de asma e obesidade, que são duas doenças crônicas com altas taxas de incidência global. A coexistência dessas resulta em pior controle da asma, aumento da descompensação da doença e diminuição da qualidade de vida.
Qual é o objetivo do estudo?
Explorar a eficácia de terapias biológicas e não biológicas no tratamento de pacientes com asma e obesidade concomitante.
Quais as principais conclusões?
Entre 2010 e 2019, embora o número global de mortes atribuídas à asma tenha diminuído em 17,4%, a morbidade relacionada à doença continua a crescer. Em particular, o número de mortes por asma entre indivíduos com sobrepeso e obesidade aumentou para 69% de 1990 a 2019. Esse fenômeno destaca um problema crescente: a obesidade não só eleva a prevalência e a incidência de asma em crianças e adultos, mas também contribui para a gravidade da doença.
Indivíduos asmáticos com obesidade enfrentam condições mais graves e têm um controle da asma menos eficaz, resultando em uma qualidade de vida reduzida. O tratamento desses pacientes é particularmente desafiador. Tratamentos biológicos, como o dupilumab, mepolizumab, omalizumab, e tezepelumab apresentam bons resultados em melhorar a função pulmonar e o controle da asma. No entanto, alguns fenótipos de asma relacionados à obesidade não respondem bem a esses tratamentos e apresentam resistência, tornando as intervenções farmacológicas menos eficazes.
Portanto, a crescente combinação de obesidade com asma não apenas aumenta a dificuldade de manejo da doença, mas também sublinha a necessidade urgente de abordagens mais eficazes para o tratamento de asmáticos com sobrepeso e obesidade. A relevância de terapias emergentes, como os probióticos e agonistas do receptor GLP-1, é destacada como uma área promissora, sendo os probióticos, suplementos para restaurar o equilíbrio saudável da microbiota intestinal, que pode reduzir a inflamação e melhorar a função pulmonar em indivíduos com asma associada à obesidade.