Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade
Boletim PBOBoletim PBO
Publicado em: 18 de dez de 2024
Período: De 06 a 16 de dezembro/2024
- Resenhas desta edição:
Psychological attributes and eating behaviors in 5‐ to 12‐year‐old children during periods of stress
Autores: Cecilia Sena, Julia Della Torre, Eshita Garg, Hao Zheng, Ivette Partida, Shaleen K. Thaker, Jennifer Woo Baidal, Deborah V. Shamsian, John C. Rausch, Vidhu V. Thaker
Fonte: Obesity
Publicado em: 2024
Autores: Francielle Veloso Pinto Pereira, Raquel Canuto, Ilaine Schuch
Fonte: BMC Public Health
Publicado em: 2024
Destaques do período
Eventos
- O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) realizou as seguintes lives:
- 12 de dezembro. Live “Promovendo saúde com telehealth: Experiências do Projeto Remama-ON” com Patrícia Chakur Brum, professora da USP;
- 19 de dezembro. Live de Retrospectiva do Painel Brasileiro da Obesidade 2024 com Doralice Ramos, pesquisadora do painel e Guilherme Nafalski, coordenador da iniciativa.
- 06 de dezembro. O Ministério do Desenvolvimento Social promoveu o evento online “Nova Cesta Básica de Alimentos: Diálogos Intersetoriais”;
- 07 e 08 de dezembro. A ABESO promoveu o congresso híbrido “Olhar ABESO 2024”;
- 12 de dezembro. A palestra “Saúde de qualidade para todas as pessoas: reduzindo carga de doenças e promovendo trocas interdisciplinares” foi realizada pelo Nupens/USP;
- 13 de dezembro. O FórumCCNTs realizou o Fórum Condições/Doenças Cardiovasculares (DCV);
- 17 de dezembro. A Conferência Sul-americana de promoção da atividade física na saúde pública foi realizada pelo Centro de Investigação em Saúde, Atividade Física e Esporte (SAFE).
Fique de olho
- 27 e 28 de março de 2025. Acontecerá o Congresso Nacional de Executivos em Saúde – CONEXS, em Salvador, organizado pelo CBEXs – Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde;
- 25 e 26 de abril. Será realizado o 11º Congresso Brasileiro de Nutrição Comportamental;
- Curso “Introdução ao SUS”, em formato online, com carga horária de 60 horas;
- Curso de Transtornos Alimentares na Infância e Adolescência do Programa de Tratamento de Transtornos Alimentares (AMBULIM/IPq/HCFMUSP);
- Cursos de Avaliação de Tecnologias em Saúde do PROADI-SUS;
- Curso sobre a Promoção da atividade física na Atenção Primária à Saúde e sua inserção nos instrumentos de planejamento e de gestão do SUS da UNA-SUS.
Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:
Fique de olho em nosso canal do Youtube!
Quinta-feira, às 11h.
- 19 de dezembro. Live de “Retrospectiva do PBO 2024” com Doralice Ramos e Guilherme Nafalski do Painel Brasileiro da Obesidade;
Psychological attributes and eating behaviors in 5‐ to 12‐year‐old children during periods of stress
Autores: Cecilia Sena, Julia Della Torre, Eshita Garg, Hao Zheng, Ivette Partida, Shaleen K. Thaker, Jennifer Woo Baidal, Deborah V. Shamsian, John C. Rausch, Vidhu V. Thaker
Fonte: Obesity
Publicado em: 2024
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Por que o tema é relevante?
O crescimento global da obesidade infantil, especialmente em períodos de estresse, como durante a pandemia de COVID-19, destaca um problema de saúde pública significativo. Ela está vinculada a impactos negativos a longo prazo, exigindo intervenções eficazes fundamentadas nos fatores psicossociais que influenciam comportamentos alimentares obesogênicos.
Qual é o objetivo do estudo?
Investigar a associação entre atributos psicológicos e comportamentos alimentares obesogênicos em crianças de 5 a 12 anos durante a pandemia de COVID-19.
Quais as principais conclusões?
O estudo observa que crianças de 5 a 12 anos apresentaram níveis mais elevados de problemas emocionais e comportamentais durante a pandemia de COVID-19, em comparação com normas populacionais pré-existentes. Esses problemas estavam significativamente associados a comportamentos alimentares obesogênicos, como maior exposição a estímulos alimentares e adoção de estilos alimentares hedônicos (relacionado a experiência de prazer). Essa alimentação emocional pode ser definida como a ingestão de alimentos em resposta a emoções negativas ou positivas, em vez de uma resposta fisiológica à fome. Contudo, não foi identificada uma influência desses fatores nas respostas de saciedade das crianças.
O estudo também revelou que o estresse percebido pelas famílias desempenhou um papel central na influência desses comportamentos, enquanto outros fatores socioeconômicos tiveram impacto menos evidente. Foram identificadas disparidades raciais e étnicas importantes, como maior exposição a estímulos obesogênicos em famílias negras e menor acesso a atividades de lazer estruturadas em comunidades hispânicas e latinas.
Diante desse cenário, se fazem necessárias intervenções direcionadas que focam em comportamentos alimentares específicos, como o controle de estímulos e hábitos hedônicos, enquanto políticas públicas devem priorizar a equidade no acesso a ambientes alimentares saudáveis e atividades de lazer. Como também, a importância de intervenções familiares e comunitárias para miti
Association between social cohesion and food insecurity among adults living in a healthcare region in southern Brazil
Autores: Francielle Veloso Pinto Pereira, Raquel Canuto, Ilaine Schuch
Fonte: BMC Public Health
Publicado em: 2024
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Por que o tema é relevante?
A insegurança alimentar (IA) é um problema de saúde pública, que afeta países em desenvolvimento, onde as desigualdades sociais ampliam as barreiras ao acesso à alimentação adequada. A estratégia de coesão social destaca a importância das relações comunitárias como ferramenta para promover segurança alimentar, possibilitando o desenvolvimento de intervenções e políticas públicas para mitigar o impacto dessas desigualdades na população.
Qual é o objetivo do estudo?
Compreender como as interações sociais e a percepção de coesão social podem influenciar as condições de segurança alimentar.
Quais as principais conclusões?
O estudo conduzido em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, apresenta que a percepção de maior coesão social nos bairros está associada a uma menor probabilidade de vivenciar insegurança alimentar (IA). Indivíduos que enxergam suas comunidades como espaços coesos, onde predominam relações de confiança, ajuda mútua e solidariedade, apresentam melhores condições de acesso a alimentos. Essa associação reflete a importância do ambiente social como determinante de saúde e qualidade de vida, reforçando a ideia de que estratégias comunitárias, como redes informais de apoio e hortas comunitárias, podem ajudar a mitigar os impactos da IA.
Adicionalmente, o estudo identificou que a IA afeta desproporcionalmente mulheres, jovens, indivíduos de baixa renda e moradores de áreas socialmente vulneráveis. Por exemplo, mais de 71% dos participantes com renda mensal de até dois salários mínimos enfrentam IA, enquanto as mulheres representam 55,3% dos casos de IA. Além disso, áreas caracterizadas por baixa infraestrutura e acesso limitado a serviços públicos, como saneamento e coleta de lixo, mostraram maior prevalência de IA.
Esses dados reforçam a necessidade de intervenções que integrem ações econômicas e sociais para combater a fome. Políticas públicas que fortalecem laços comunitários, promovem equidade e ampliam o acesso a recursos, como transferências de renda, programas de capacitação profissional e melhorias na infraestrutura urbana, são essenciais para reduzir a IA e melhorar as condições de vida.