Não possui cadastro?

Cadastre-se

Já possui conta?

Faça login

Pagamento aprovado... Acessos liberados

Seu pedido foi aprovado com sucesso

Já liberamos o acesso ao espaço exclusivo para assinantes.

Acessar área exclusiva

Pedido não processado :(

Infelizmente o seu pedido não foi processado pela operadora de cartão de crédito

Tente novamente clicando no botão abaixo

Voltar para o checkout

Boletim

Boletim PBO

:

Edição nº 07/2024 #64

Boletim PBO

  1. Publicado em: 26 de mar de 2024

  2. Período: De 08 a 20 de março/2024

  3. Resenhas desta edição:
    1. Effect of mobile food environments on fast food visits

      Autores: Bernardo García Bulle Bueno, Abigail L. Horn, Brooke M. Bell, Mohsen Bahrami, Burçin Bozkaya, Alex Pentland, Kayla De La Haye, Esteban Moro

      Fonte: Nature Communications

      Publicado em: 2024

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

    2. White Paper: The need for a strategic, system-wide approach to obesity care

      Autores: OPEN

      Publicado em: 2024

      Tipo de arquivo: Relatório

Acessar em PDF

Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) manteve o ciclo de eventos semanais com as atividades:

Fique de olho

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, às 11h.

  • 28 de março: Live de lançamento do estudo “A obesidade nos inquéritos populacionais nacionais”, desenvolvido pelo pesquisador do Instituto Cordial Felipe Delpino;
  • 04 de abril: Live da “Campanha para o Dia Mundial da Atividade Física”, com a participação de Daisy Motta Santos, Diretora da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS );
  • 11 de abril: Live sobre “Projetos de Cuidado Nutricional do HAOC”, com a Nutricionista Tarcila Campos do Hospital de Amor de Campinas (HAOC ).

Effect of mobile food environments on fast food visits

Autores: Bernardo García Bulle Bueno, Abigail L. Horn, Brooke M. Bell, Mohsen Bahrami, Burçin Bozkaya, Alex Pentland, Kayla De La Haye, Esteban Moro
Fonte: Nature Communications
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

As pesquisas sobre ambiente alimentar têm se concentrado predominantemente em ambientes estáticos, como os arredores de escolas e bairros residenciais. No entanto, no cotidiano, as pessoas se deslocam para o trabalho e outras atividades diárias, o que amplia consideravelmente os ambientes aos quais estão expostas. Nesse sentido, analisar a mobilidade em escala populacional e os diferentes contextos ambientais nos quais as pessoas transitam pode representar um diferencial significativo na investigação dos hábitos alimentares.

Qual é o objetivo do documento?

Analisar as visitas das pessoas a estabelecimentos de alimentos e fast food e investigar a relação entre essas visitas e as características dos ambientes alimentares móveis aos quais estão expostas durante suas rotinas diárias.

Quais as principais conclusões?

O estudo analisou 62 milhões de visitas a estabelecimentos alimentares ao longo de um período de 6 meses, entre 2016 e 2017, em 11 áreas metropolitanas nos Estados Unidos. Os principais resultados incluem:

  • A maioria das visitas a fast foods ocorreu fora do bairro de residência do usuário, representando apenas 6,8% das visitas dentro do setor censitário de residência;
  • A exposição a fast foods foi maior em ambientes móveis (14,0%) do que em torno de suas casas (8,2%);
  • A distância (mediana) entre a residência do usuário e qualquer estabelecimento alimentar visitado foi de 6,94 km, variando conforme o tipo de estabelecimento. Por exemplo, a distância para mercearias/supermercados foi de 3,1 km, enquanto para fast foods foi de 6,74 km;
  • As visitas aos fast foods seguem o padrão temporal semelhante ao dos estabelecimentos de alimentos em geral, atingindo seu pico ao redor do horário de almoço, de segunda-feira a domingo;
  • Os usuários que mudaram para um contexto com maior (ou menor) exposição aos fast foods visitaram esses estabelecimentos quatro vezes mais (ou menos) em um período de 50 dias do que aqueles que permaneceram em ambientes com proporções semelhantes de fast foods;
  • 22,9% das pessoas nunca visitaram fast foods durante o período de observação de 6 meses.

Com base nessas descobertas, as estratégias políticas para intervir nos ambientes alimentares visando reduzir a frequência às redes de fast food devem considerar as características espaciais, temporais e comportamentais, ampliando seus impactos em até 2 a 4 vezes mais do que as intervenções tradicionais centradas nos ambientes domésticos.

White Paper: The need for a strategic, system-wide approach to obesity care

Autores: OPEN
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Relatório
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade muitas vezes não recebe o mesmo nível de cuidado, cobertura de seguro ou atenção educacional dedicada a outras doenças crônicas. Planos de ação nacionais, alinhados com as diretrizes propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prestação de serviços de saúde, são fundamentais para enfrentar o aumento da obesidade e fortalecer a resiliência dos sistemas de saúde em nível nacional.

Qual é o objetivo do documento?

Destacar os desafios no manejo da obesidade no contexto da saúde, identificando áreas-chave de foco para países, sistemas de saúde, tomadores de decisão e profissionais de saúde. Além disso, oferecer recomendações para conter o avanço da epidemia de obesidade a nível global.

Quais as principais conclusões?

O documento destacou as barreiras ao diagnóstico, à prestação de serviços e ao manejo da obesidade; lacunas na educação em saúde sobre obesidade; e a escassez de pesquisa e financiamento para o cuidado da obesidade. As cinco áreas prioritárias identificadas representam um chamado à ação para aprimorar políticas em benefício daqueles que vivem com obesidade. No quadro a seguir, são apresentados os aspectos levantados em cada área, bem como recomendações sobre o que pode ser feito para conter o avanço da obesidade.

 

ÁreaDiagnósticoRecomendação
Educação e capacitaçãoFalta de treinamento adequado para o manejo da obesidade.

A capacitação em obesidade é semelhante independentemente da especialidade médica.

Conteúdos de graduação e pós-graduação em obesidade são limitados em escopo em comparação com outras doenças crônicas, e os aprendizados têm pouca aplicação na prática clínica.

Integrar a obesidade nos programas de capacitação e fornecer educação continuada para aqueles que lidam diretamente com a doença.

Melhorar o conhecimento sobre: as atitudes prevalentes em relação à obesidade (por exemplo, preconceito contra peso); a etiologia multifatorial da doença; o diagnóstico oportuno; e o manejo a longo prazo.

Percepções da obesidadeDemora em reconhecer a obesidade como uma doença pela comunidade de saúde.

Elevada prevalência de estigma associado ao peso, inclusive no meio da saúde.

Falta de conhecimento adequado sobre obesidade tanto entre profissionais de saúde quanto na sociedade em geral para orientar as decisões e ações de prevenção, tratamento e manejo da doença.

Educar os profissionais de saúde, gestores e formuladores de políticas sobre as causas da obesidade para garantir que as pessoas com obesidade recebam o apoio necessário a longo prazo.

Incluir conteúdo sobre preconceito contra o peso e habilidades de comunicação com pacientes na formação dos profissionais de saúde.

Mudar a percepção de que a obesidade é uma responsabilidade individual para adotar uma abordagem de sistema inteiro.

Orientar aqueles que vivem com obesidade a compartilhar suas experiências autênticas e a defender cuidados personalizados centrados na pessoa em todas as fases da vida.

Padrões de cuidadoLimitado escopo das pesquisas atuais sobre obesidade, muitas vezes conduzido por meio de levantamentos epidemiológicos que se baseiam no índice de massa corporal (IMC ≥30kg/m²). Embora o IMC seja uma ferramenta útil para a triagem de obesidade, é menos preciso na determinação dos fatores de risco individuais.

Registro insuficiente do diagnóstico de obesidade nos prontuários dos pacientes.

Inércia clínica e baixa aderência às diretrizes clínicas para o manejo da obesidade.

Aprimorar a pesquisa científica sobre obesidade, incorporando dados de todas as faixas etárias.

Desenvolver e aperfeiçoar os métodos de diagnóstico e documentação do manejo da obesidade nos prontuários médicos eletrônicos dos pacientes, incluindo uma codificação adequada para fins de seguro e reembolso.

Promover o uso e implementação efetiva das diretrizes de prática clínica para obesidade, visando garantir uma abordagem padronizada e baseada em evidências.

Prestação de cuidadoObstáculos para fornecer uma abordagem transdisciplinar ao cuidado da obesidade.

Falta de organização no encaminhamento e cuidado da obesidade tanto no sistema público de saúde quanto nas clínicas privadas.

Escassez de médicos generalistas em cuidados primários, especialistas e outros profissionais de saúde para garantir um cuidado adequado a longo prazo.

Terapias e serviços especializados não são reembolsados ou disponíveis para pessoas que vivem com obesidade.

Priorizar financeiramente o cuidado transdisciplinar da obesidade e o apoio para todas as faixas etárias.

Estabelecer caminhos clínicos e de encaminhamento claros, além de parcerias de trabalho entre a atenção primária e os cuidados especializados.

Ampliar a cobertura de serviços essenciais para pessoas que vivem com obesidade.

Prioridades do Sistema de Saúde.As políticas e o financiamento públicos, em sua maioria, são direcionados para a conscientização da população sobre escolhas de estilo de vida saudável.

Pouco suporte para triagem, diagnóstico precoce e acompanhamento clínico para prevenir novos casos e a progressão da doença.

Implementar modelos de cuidado alinhados com o quadro de Prestação de Serviços de Saúde da OMS.

Incorporar práticas de manejo da obesidade baseadas em evidências.