Destaques do período

Eventos

• O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) manteve o ciclo de eventos semanais com as atividades: 
  • 20 de abril, live “Abordagem social da obesidade infantil” com a presença da pesquisadora Marta Militão;
  • 13 de abril, lançamento do Working Paper “Imagem corporal de pessoas com obesidade em diferentes contextos da sociedade” pela pesquisadora do PBO do Instituto Cordial, Jaqueline Gentil;
• 18 de abril. A Folha de São Paulo realizou um seminário sobre “Doenças crônicas: inovando com simplicidade”. Participaram do evento o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco; o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Cipriano Maia; a presidente da Organização Mundial de AVC (WSO, na sigla em inglês), Sheila Martins; a superintendente-geral da Umane, associação que apoia a prevenção de doenças, Thais Junqueira; e o diretor de saúde populacional da Fundação Novartis, Johannes Boch;
• 17 de abril. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou o relatório “A Década do Envelhecimento Saudável nas Américas: situação e desafios”. O evento contou com a participação das autoridades das agências e organismos do Sistema Interamericano e das Nações Unidas que trabalharam com a publicação, no marco dos objetivos da Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030);
• 14 de abril. O Instituto Lado a Lado pela Vida promoveu a minissérie em 10 episódios, que abordou as principais discussões sobre o cenário da saúde no Brasil. O evento teve a participação de especialistas renomados como o médico oncologista e ex-Ministro de Estado da Saúde, Nelson Teich, e a médica Luana Araújo;
• 13 de abril. A Artemisia e a Umane promoveram o evento “Atenção Primária à Saúde e Negócios de Impacto: como negócios podem contribuir com o desafio de dados no setor” com a apresentação da “Tese de impacto social com foco em Atenção Primária”;
• 13 de abril. A Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) comemora seus 28 anos com a roda de conversa “Saúde para todos” para discutir as ações para melhoria da qualidade de vida e os desafios para a saúde;
• 11 de abril. O jornal Migalhas, em parceria com o Instituto Alana, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a ACT Promoção da Saúde, realizaram o webinar “Publicidade infantil é ilegal SIM!”. Na ocasião, foi lançado o guia “Publicidade Infantil é Ilegal no Brasil”. 

Publicações

• A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a série “Intenção de ação: poder do povo – Perspectivas de indivíduos com experiência vivida de doenças crônicas não transmissíveis, condições de saúde mental e condições neurológicas”. Esta série  é uma forma de pessoas com experiências de vida, organizações e instituições compartilharem soluções, desafios e práticas promissoras relacionadas a essa agenda. O primeiro relatório inclui seis estudos de caso de 12 pessoas com experiência em diversas condições de saúde no final de 2021, com participação de brasileiros.

Geral

• Em 18 de abril, Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo (Comusan-SP) criou o Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional. O colegiado tem por objetivo produzir, tratar e disseminar dados e informações para subsidiar a tomada de decisões e formulação, implementação e avaliação de políticas públicas. E, ainda, identificar práticas e metodologias inovadoras visando à promoção do Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas e Segurança Alimentar e Nutricional.

Fique de olho

• 23 de março a 27 de junho. O Ação da Cidadania e do Djanira Instituto de Pesquisa e Ensino promovem o curso livre “Formação em Segurança Alimentar e Nutricional”, coordenado pelas professoras Daniela Sanches Frozi e Ana Paula Souza. Este curso é uma realização da Ação da Cidadania e do  Djanira Instituto de Pesquisa e Ensino;
• 25 de abril. O grupo de trabalho em Práticas Corporais e Atividades Físicas na Atenção Primária à Saúde da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS) promovem o encontro online “Práticas corporais e atividades físicas no SUS: prosa sobre o presente e o futuro”;
• 25 e 26 de abril. A Universidade Federal de Santa Catarina sediará o II Seminário Internacional “Alimentos Saudáveis: Redes Agroecológicas de Produção-Consumo”;
• 26 e 27 de abril. A Associação Paulista de Nutrição realiza o X Congresso Paulista de Nutrição na Faculdade de Saúde Pública (FSP-USP);
• 09, 10 e 11 de maio.  O Oncoguia realiza o seu  13º Fórum Nacional, em Brasília;
• 09, 10 e 11 de maio. O Instituto Nutrição Comportamental promove a “Semana de nutrição comportamental aplicada: da ciência à prática”;
• Até 30 de novembro. A Universidade Federal de Goiás, instituição integrante da Rede UNA-SUS (UNA-SUS/UFG), está com matrículas abertas para a segunda oferta do curso online Indicadores de Saúde. A capacitação visa promover a compreensão dos conceitos, a utilidade dos indicadores em saúde e sua aplicabilidade no Sistema Único de Saúde (SUS);
• Até dezembro. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) promove o curso Conecta Brasil, que acontece mensalmente com aulas ao vivo. O curso busca oferecer uma capacitação diferenciada aos profissionais, estimulando a integração do conhecimento e a troca de experiências no atendimento de pacientes no pré, intra e pós-operatório da cirurgia.

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quintas-feiras, às 11h.

• 27 de abril. Live “O Atlas da obesidade no estado de Tocantins” com a participação de Sônia Lopes Pinto, professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT);
• 04 de maio. Live “O olhar dos gestores para obesidade no território” com a presença de Ricardo Brandão, professor e coordenador do Laboratório de Vida Ativa (LaVa/UERJ);
• 11 de maio. Live “Pesquisas de consumo alimentar e o cenário de obesidade atual” com a convidada Ilana Bezerra, professora na Universidade Estadual do Ceará (UECE). O evento discutirá as pesquisas nacionais que avaliaram o consumo alimentar, como a última edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018.

Healthier diets for all? A systematic review and meta‐analysis examining socioeconomic equity of the effect of increasing availability of healthier foods on food choice and energy intake

Autores: Tess Langfield, Lucile Marty, Maisie Inns, Andrew Jones, Eric Robinson
Fonte: Obesity Reviews
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
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Por que o tema é relevante?

O ambiente alimentar atual, com amplo acesso a alimentos ricos em energia e baixo valor nutritivo, e as desigualdades socioeconômicas favorecem o aumento da obesidade. Diante desses padrões alimentares, é importante analisar o impacto de aumentar a disponibilidade de alimentos saudáveis nas escolhas alimentares de pessoas com baixo e alto nível socioeconômico.

Qual é o objetivo do artigo?

Avaliar se as condições socioeconômicas influenciam as escolhas de alimentos saudáveis quando se aumenta o acesso a alimentos nutritivos e com baixa concentração de energia.

Quais as principais conclusões?

O estudo de metanálise identificou que o maior acesso a alimentos saudáveis aumenta a chance deles serem adquiridos pelos indivíduos cerca de cinco vezes (5,04 vezes na classe socioeconômica alta e 4,90 na classe socioeconômica baixa). O tamanho deste efeito tem associação com o aumento da intervenção, isto é, cada vez que se dobra a disponibilidade de alimentos saudáveis, a chance da sua escolha também duplica. A escolha de alimentos saudáveis diminui o consumo de energia a partir dos alimentos, podendo atingir uma redução de 122,19 kcal em dietas com grande quantidade de alimentos nutritivos (-131 kcal na classe socioeconômica alta e -110kcal na classe socioeconômica baixa). 

Todos os resultados encontrados foram independentes das condições socioeconômicas. É importante observar que os estudos selecionados nesta revisão categorizaram o nível socioeconômico de acordo com a escolaridade. 

Estes achados permitem concluir que aumentar o acesso a alimentos saudáveis é uma potencial estratégia de equidade para reduzir a obesidade e promover saúde para a população. 

The forgotten patient: A psychological perspective on the implementation of bariatric surgery guidelines

Autores: Lynne Johnston, Kacey Jackson, Charlotte Hilton, Yitka Graham
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A prevalência de obesidade grave (IMC ≥ 40 kg/m²) aumentou de 1,1% em 2006 para 1,9% em 2021 nas capitais brasileiras, correspondendo a um aumento de 72% em 15 anos. A obesidade grave é um dos fatores que indicam a necessidade de realização de cirurgia bariátrica. (DIAS et al., 2023).

As diretrizes para cirurgia bariátrica recomendam que o procedimento deve ser realizado com o apoio de uma equipe multidisciplinar que, dentre outros aspectos, deve fornecer suporte psicológico antes e após a cirurgia. É fundamental uma avaliação psicológica abrangente do paciente no pré-operatório para identificar fatores psicológicos e/ou clínicos que possam ter impacto negativo na saúde do indivíduo.

Qual é o objetivo do artigo?

Discutir a realidade da implementação das diretrizes para cirurgia bariátrica na rotina clínica do atendimento psicológico.

Quais as principais conclusões?

As experiências dos autores apontam para a presença de lacunas no atendimento psicológico na cirurgia bariátrica. A avaliação psicológica detalhada, baseada no histórico de saúde mental, é fundamental. No entanto, ela nem sempre é adequadamente realizada na rotina clínica, aumentando o risco do paciente ser encaminhado para o procedimento inapropriadamente. 

Publicações anteriores apontam que cerca de 15% dos pacientes são recusados para a realização da cirurgia bariátrica devido a problemas psicológicos, principalmente psicopatologias (como transtorno bipolar), depressão não tratada e falta de compreensão dos cuidados pós-cirúrgicos e riscos do procedimento. Pessoas com contraindicação para a cirurgia devido a problemas psicológicos ainda necessitam de cuidados para o manejo não cirúrgico do peso corporal com especialistas na área.  Contudo, não há uma orientação clara para avaliação e encaminhamento desses pacientes, especialmente no tocante à saúde mental, visto que esse foi o motivo da inadequação para a cirurgia bariátrica. Além disso, são necessários estudos para definir os melhores tratamentos psicológicos para esses indivíduos. Essas pesquisas podem apontar a melhor resposta clínica e financeira para apoiar esses pacientes esquecidos.