Destaques do período

Eventos

• O Painel Brasileiro de Obesidade manteve o ciclo de lives semanais:

• • em 05 de maio, com o tema “Como os custos da obesidade estão sobrecarregando o SUS?” apresentado pelo convidado Leandro Rezende, professor e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A discussão foi centrada na epidemia de obesidade e nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), suas causas, custos e a sobrecarga gerada no Sistema Único de Saúde (SUS); e, 
  • no dia 28 de abril, abordando os “Determinantes da alimentação para a prevenção e cuidado da obesidade” com o convidado Rafael Claro, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que discutiu sobre o consumo alimentar e os determinantes da alimentação no tratamento da obesidade.
• 06 de Maio. Evento “Como distúrbios do sono causam e agravam DCNTs” realizado pelo Fórum DCNTs.
• 05 de Maio.  O Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas em Ambiente Alimentar e Saúde (GEPPAAS/UFMG) em parceria com o Ministério da Saúde deu início ao ciclo de webinários sobre o Ambiente Alimentar Escolar com o tema “Influência dos ambientes alimentares escolares na saúde das crianças e adolescentes”
• 04 de Maio. Webinar “Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas” promovido pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em parceria com a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável para divulgação dos resultados de pesquisas desenvolvidas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pela Universidade Federal de Minas Gerais sobre o tema.
• 29 de Abril. Evento online com o tema “Atividade física no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUS” realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) em comemoração ao mês da atividade física.

Publicações

• 29 de Abril. Lançamento do documento do INCA “Gastos federais atuais e futuros com os cânceres atribuíveis aos fatores de risco relacionados à alimentação, nutrição e atividade física no Brasil” transmitido pela TV INCA.

• 27 de Abril. Divulgação dos resultados do “Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel)” pelo Fórum DCNTs. Trata-se de uma pesquisa realizada pela Vital Strategies e Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A iniciativa contou com financiamento da Umane, cofinanciamento do Instituto Ibirapitanga e apoio da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
• A Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) lançou o Manual Instrutivo das Oficinas de Qualificação de Profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) composto por três volumes da Coleção Oficinas de Qualificação Profissional da Atenção Primária à Saúde:
  • “Promoção da Alimentação Adequada e Saudável e da Atividade Física e Práticas Corporais”; e,

“Manejo da Obesidade por Abordagem Coletiva na Atenção Primária à Saúde”.

Fique de olho

• A GEPPAAS/UFMG em parceria com o Ministério da Saúde promove os webinários: 
  • no dia 12 de maio, sobre “Medidas promotoras da alimentação saudável para o ambiente alimentar escolar”; e,26 de Maio. Curso “Multiple Source Method (MSM): método para estimar o consumo alimentar habitual” promovido pelo Laboratório de Apoio a Pesquisas Epidemiológicas em Avaliação do Consumo Alimentar – LACA da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP). 
  • em 19 de maio, com a temática “Como promover ambientes alimentares escolares saudáveis?”

Cursos, pesquisas e chamadas

• Até 15 de Maio. Como parte do terceiro ciclo do NCD Lab da Organização Mundial da Saúde (OMS), está aberta a submissão de propostas que envolvam ferramentas e iniciativas inovadoras dedicadas a combater o aumento global da obesidade.

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quintas-feiras, às 11h.

• 12 de maio. O PBO recebe a diretora de saúde de Ouro Fino/MG, Sheilla de Oliveira Farias, no evento “O cuidado da obesidade a partir da gestão municipal” para debater estratégias municipais para gestão do cuidado integral da pessoa com obesidade, além de ações intersetoriais de promoção da saúde e prevenção de doenças.
• 19 de maio. O convidado Dr. Marco Aurélio, diretor da Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital das Clínicas da FMUSP, irá discutir o tratamento cirúrgico da obesidade com o tema “Cirurgia bariátrica: avanços e desafios”.

Quinta-feira, das 18h às 20h.  

• 19 de maio. Webinar ”Propostas para a Obesidade na Assembleia Mundial de Saúde” realizado pelo PBO em parceria com World Obesity Federation (WOF). Os painelistas Guilherme Nafalski, Andrea Levy, Carolina Rocha, Hanna Brinsden e Cíntia Cercato irão aquecer os debates para a 75ª Assembleia Mundial da Saúde. Nesse evento será lançada a versão em português das “Recomendações preliminares para a prevenção e o manejo da obesidade ao longo da vida”. Inscrições aqui.

Proposal of an obesity classification based on weight history: an official document by the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism (SBEM) and the Brazilian Society for the Study of Obesity and Metabolic Syndrome (ABESO)

Autores: Bruno Halpern, Marcio C. Mancini, Maria Edna de Melo, Rodrigo N. Lamounier, Rodrigo O. Moreira, Mario K. Carra, Theodore K. Kyle, Cintia Cercato, Cesar Luiz Boguszewski
Fonte: Archives of Endocrinology and Metabolism
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

No tratamento da obesidade, é difícil atingir a meta de “normalização” do peso corporal. Contudo, a perda de peso por si só, independentemente do seu valor final, traz benefícios para a saúde da pessoa. Manter o peso após o emagrecimento é um desafio. Por isso, quando ocorre, isso já pode ser considerado um sucesso, especialmente diante dos comprovados malefícios à saúde do efeito “io-io”, expressão que remete ao ato de perder e reganhar o peso.

Qual é o objetivo do documento?

Propor uma classificação para a obesidade usando o peso máximo atingido na vida e a porcentagem de perda de peso alcançada.

Quais as principais conclusões?

As sociedades médicas, SBEM e ABESO, sugerem uma nova abordagem para classificação da obesidade voltada para pessoas de 18 a 65 anos e com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 50 kg/m². Como o IMC é uma medida amplamente utilizada, ela foi incorporada nos critérios de classificação (Tabela 1).

Tabela 1. Nova proposta de classificação da obesidade baseado no maior IMC atingido na vida e na perda de peso.

Algumas considerações merecem destaque, como:

• a proposta não se aplica a pessoas cuja obesidade é decorrente de alguma doença, tais como a síndrome de Cushing, ou do uso de medicações que levam ao ganho de peso;
• a classificação não é direcionada a pessoas em fases terminais de doenças crônicas, quando os benefícios da perda de peso já não podem ser observados; e,
• essa sugestão é voltada para pessoas com obesidade que passaram por tratamento clínico, o que não inclui aquelas que realizaram cirurgia bariátrica. Entretanto, a ideia pode ser adaptada a esse grupo de indivíduos desde que os ajustes necessários sejam realizados.

Apesar das limitações, a proposta apresentada pela SBEM e ABESO pode ser amplamente utilizada. Desta forma, ela busca complementar os critérios de classificação da obesidade, contribuindo para uma visão holística do indivíduo e auxiliando no tratamento da obesidade.

Development of a mobile application to assess Brazilian schoolchildren’s diet: CADE – food consumption at home and at school

Autores: Jade Veloso Freitas, Sandra Patricia Crispim, Marina Campos Araujo
Fonte: Journal of Nutritional Science
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A utilização de ferramentas digitais pode ser uma estratégia na avaliação do consumo alimentar ao reduzir custos, tempo e vieses. A sua aplicação em larga escala pode contribuir para os estudos epidemiológicos e para políticas públicas de saúde. Contudo, observa-se uma ausência de aplicativos com essa finalidade voltada para escolares brasileiros.

Qual é o objetivo do estudo?

Descrever o processo de desenvolvimento de um aplicativo móvel para avaliar a ingestão alimentar de escolares.

Quais as principais conclusões?

O aplicativo, denominado Consumo Alimentar no Domicílio e na Escola (CADE), pode ser utilizado em smartphones e tablets. Ele está disponível para sistema Android e pode ser baixado gratuitamente pela Play Store. Seu objetivo é conhecer a alimentação de crianças escolares de 4 a 9 anos de idade. 

A base de dados é composta por informações de alimentos, bebidas, receitas, tamanho de porções, album fotográfico, fotos das medidas caseiras e cardápio do Inquérito Nacional de Alimentação (INA – POF), do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), do Programa Nacional de Alimentação do Escolar e de pesquisas regionais realizadas com escolares. No total, são mais de 2.000 itens alimentares cadastrados.

Algumas funcionalidades do app são: 

• três possibilidades de inserção de informações: registro alimentar na escola, recordatório de 24 horas no domicílio e digitação de dados previamente registrados em papel;
• preenchimento do Questionário de Propensão Alimentar;
• registro fotográfico da refeição da criança na escola; e
• dados sobre o ambiente alimentar no momento da refeição, por exemplo, se a criança comeu assistindo televisão.

No momento, o aplicativo aguarda a sua ampla utilização pelos usuários para identificar as oportunidades de aprimoramento e a validação da avaliação do consumo alimentar.