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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 15/2022 #23

Boletim PBO

  1. Publicado em: 2 de ago de 2022

  2. Período: De 15 a 28 de Julho/2022

  3. Resenhas desta edição:
    1. The State of Food Security and Nutrition in the World 2022. Repurposing food and agricultural policies to make healthy diets more affordable

      Autores: Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO)

      Publicado em: 2022

      Tipo de arquivo: Relatório

    2. Posicionamento sobre o tratamento nutricional do sobrepeso e da obesidade: departamento de nutrição da ABESO 2022

      Autores: Abeso

      Publicado em: 2022

      Tipo de arquivo: Livro

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Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade (PBO) continua com o ciclo de lives semanais:

Publicações

Geral

  • 26 de julho. O Instituto para Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) lançou o IEPS Data. Esta é uma nova ferramenta de análise e comparação de dados de saúde no Brasil. As buscas podem ser feitas por município, por região e macrorregião de saúde, por estado e também a nível nacional no período de 2010 a 2020. 

Fique de olho

  • 09 de agosto. A Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde mantêm o Ciclo de Debates do Guia Alimentar para a População Brasileira. O tema deste terceiro encontro será “Sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis”.

Cursos, pesquisas e chamadas

  • até 14 de agosto. Está aberta a consulta pública da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uso de adoçantes. O formulário busca coletar comentários sobre um documento que a OMS prepara a respeito do uso de adoçantes.

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quintas-feiras, às 11h.

  • 04 de agosto. Live “Promoção da vida ativa com a utilização de equipamentos públicos”, com Rogério Fermino, professor e pesquisador da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
  • 09 de agosto. Webinar de lançamento da plataforma do Painel Brasileiro da Obesidade, com a presença da Fernanda Scagliusi, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Mark Barone Coordenador Geral do Fórum DCNTs e Katiana Teléfora coordenadora da Área Técnica de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Acesse aqui o link de inscrição.
  • 11 de agosto. Live “Desafios da pessoa com obesidade ao longo do tratamento”, com a Glenda Cardoso do blog Curvilíneos.

The State of Food Security and Nutrition in the World 2022. Repurposing food and agricultural policies to make healthy diets more affordable

Autores: Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO)
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Relatório
Link para o original

Por que o tema é relevante?

Nos últimos anos, a fome aumentou no mundo caminahndo em direção oposta ao proposto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030. A maior parte das políticas alimentares e agrícolas implementadas não estão alinhadas com o objetivo de promover uma dieta saudável. Em acréscimo, muitos incentivos não são equitativamente distribuídos. Por isso, é preciso melhorar o custo-efetividade e eficiência das políticas públicas.

Qual é o objetivo do documento?

Atualizar sobre a situação de segurança alimentar e nutricional no mundo, incluindo as últimas estimativas sobre o custo e a acessibilidade de uma dieta saudável. A partir desses aspectos, o documento também busca redefinir a política alimentar e agrícola para tornar as dietas saudáveis mais acessíveis. 

Quais as principais conclusões?

Os dados e indicadores sobre o estado nutricional global apresentados no relatório pontuam que quase uma em cada três pessoas no mundo, cerca de 2,31 bilhões de indivíduos, estavam em situação de moderada ou grave insegurança alimentar em 2021. A prevalência da desnutrição saltou de 8,0 para 9,3% de 2019 para 2020 e subiu em um ritmo mais lento em 2021 para 9,8%. Estima-se que entre 702 a 828 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2021, sendo que a maior parte desse aumento (150 milhões de pessoas) ocorreu depois do início da pandemia de Covid-19.

Dentre as metas da Agenda 2030, apenas o aleitamento materno exclusivo e o déficit de peso e comprimento (em inglês, stunting) de crianças menores de cinco anos mostraram melhora desde 2012. A obesidade em adultos e o excesso de peso em crianças menores de cinco anos caminham no sentido oposto aos ODS. A sua prevalência tem crescido na maioria dos países. Os indicadores reais podem revelar um cenário ainda pior, uma vez que as limitações impostas pela pandemia de Covid-19 dificultaram a coleta de dados após 2020. 

Em 2020, o aumento no consumo global de alimentos levou ao encarecimento dos preços desses produtos no segundo semestre do ano, aumentando o custo médio de uma dieta saudável para USD 3,54 por pessoa por dia (aumento de 3,3% em relação a 2019). Em consequência, quase 3,1 bilhões de pessoas não podiam pagar por uma alimentação saudável. A guerra na Ucrânia é outro fator que pode afetar a saúde globalmente. Ela impactou a cadeia de fornecimento de grãos, fertilizantes e energia, elevando os preços de alimentos e de energia a níveis não vistos em décadas. 

No mundo, de 2013 a 2018, os governos alocaram em média quase USD 603 bilhões por ano para o setor alimentício e agrícola. Os recursos direcionados para agricultores foram de cerca de USD 446 bilhões por ano. Para a cadeia de processos, esse valor foi de USD 111 bilhões, enquanto consumidores receberam USD 72 bilhões por ano na forma de subsídios fiscais. 

Fica claro que as dificuldades em oferecer para a população uma dieta saudável não se deve à falta de recursos. Por isso, o documento propõe repensar o destino dos incentivos financeiros. Algumas ações são:

  • realocação de incentivos fiscais, que é a proposta com maior potencial para aumentar a acessibilidade de dietas saudáveis, principalmente se houver uma mudança de foco dos produtores para os consumidores;
  • modificação global das políticas de preços, redirecionando as medidas de fronteira e o controle de preço de mercado;
  • em países onde a agricultura é um setor chave para a economia e geração de empregos, é fundamental que se priorize as ações governamentais de prestação de serviços e bens comuns do processo produtivo (como infraestrutura);
  • políticas complementares, que incluem: fortificação de alimentos, regulamentação da rotulagem nutricional e comercialização de alimentos, tributação de alimentos com alta densidade energética e compras públicas de alimentos saudáveis; e,
  • em acréscimo, políticas de proteção social podem ser necessárias para minimizar eventuais prejuízos ocasionados pela realocação de recursos e incentivos, principalmente no que se refere a perdas de rendimento a curto prazo e de meios de subsistência de populações vulneráveis.

Posicionamento sobre o tratamento nutricional do sobrepeso e da obesidade: departamento de nutrição da ABESO 2022

Autores: Abeso
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Livro
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade é uma condição multifatorial, crônica e, quando não tratada, tem evolução progressiva. No Brasil, o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados é a principal causa alimentar para o crescimento do excesso de peso entre a população nas últimas décadas. Embora diversos fatores relacionados à obesidade sejam conhecidos, seu tratamento continua um desafio para a sociedade.

Qual é o objetivo do documento?

Difundir informações sérias, confiáveis e baseadas em evidências para profissionais de saúde que tratam indivíduos com sobrepeso e obesidade. 

Quais as principais conclusões?

O documento destaca a obesidade como uma doença inflamatória e apresenta evidências de como o consumo excessivo de gordura saturada contribui para a inflamação do corpo. O padrão alimentar influencia a expressão gênica e, consequentemente, o metabolismo do indivíduo. Esses aspectos têm origem já na pré-concepção. Os nutrientes consumidos antes e após a gestação podem causar alterações na estrutura do ácido desoxirribonucleico (DNA) e, desta forma, repercutir nas condições metabólicas dos descendentes. Embora grande parte desses mecanismos sejam conhecidos, as evidências científicas não são suficientes para a utilização de painéis de exames genéticos voltados para o tratamento e prevenção da obesidade.

A microbiota intestinal é outro fator que merece atenção. O ambiente favorável à microbiota leva à diversidade bacteriana, previne a endotoxemia metabólica e a resistência insulínica e diminui o risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. Uma microbiota intestinal saudável pode ser alcançada por meio do(a):

  • manutenção do peso adequado;
  • restrição calórica, quando necessária; e, 
  • padrão alimentar equilibrado, como a dieta do mediterrâneo e a dieta DASH (acrônimo de Dietary Approaches to Stop Hypertension, que significa abordagem dietética para interromper a hipertensão). Elas envolvem o consumo moderado de ácidos graxos saturados, consumo mínimo de açúcares e produtos ultraprocessados e aumento do consumo de alimentos ricos em fibras.

Tratar o sobrepeso e a obesidade é desafiador. Os comportamentos alimentares são adquiridos no decorrer da vida e, por isso, o processo de mudança deve ser gradativo para promover hábitos sustentáveis a longo prazo. Baseado em evidências científicas sobre estratégias que contribuem para a perda de peso, a Abeso recomenda:

  • controle de porções;
  • dieta baixa em calorias;
  • dieta baseada na densidade energética dos alimentos;
  • dieta do mediterrâneo;
  • o aumento do consumo de frutas, verduras e legumes;
  • redução do consumo de fast food;
  • redução do consumo de bebidas açucaradas;
  • terapia cognitivo-comportamental (TCC); e,
  • entrevista motivacional.

Finalmente, de forma complementar à dieta hipocalórica e de acordo com o perfil do indivíduo, a Abeso sugere:

  • intervenções baseadas em substitutos de refeições;
  • dietas plant-based e vegetariana;
  • uso de tecnologia, como aplicativos para smartphones; e,
  • comer com atenção plena.