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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 22/2023 #54

Boletim PBO

  1. Publicado em: 7 de nov de 2023

  2. Período: De 19 de outubro a 01 de novembro/2023

  3. Resenhas desta edição:
    1. The European Green Deal improves the sustainability of food systems but has uneven economic impacts on consumers and farmers

      Autores: Hervé Guyomard, Louis-Georges Soler, Cécile Détang-Dessendre, Vincent Réquillart

      Fonte: Nature Communications

      Publicado em: 2023

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

    2. Gender, skin color, and household composition explain inequities in household food insecurity in Brazil

      Autores: Lissandra Amorim Santos, Rafael Pérez-Escamilla, Camilla Christine de Souza Cherol, Aline Alves Ferreira, Rosana Salles-Costa

      Fonte: PLOS Global Public Health

      Publicado em: 2023

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

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Destaques do período

Eventos

Publicações

  • A Rede Temática de Saúde do Grupo de Institutos, e Fundações e Empresas (GIFE) realizou um levantamento sobre o perfil da distribuição das emendas parlamentares no período de 2018 a 2022. O resultado é apresentado no documento “Emendas na saúde: reduzindo desigualdades”.

Fique de olho

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, às 11h.

The European Green Deal improves the sustainability of food systems but has uneven economic impacts on consumers and farmers

Autores: Hervé Guyomard, Louis-Georges Soler, Cécile Détang-Dessendre, Vincent Réquillart
Fonte: Nature Communications
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

O fortalecimento de sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis requer simultaneamente aprimoramentos nas práticas agrícolas, a redução de perdas em toda a cadeia alimentar e mudanças nas dietas. Esses fatores motivaram a Comissão Europeia a adotar uma abordagem integral no âmbito do Pacto Verde Europeu (EGD, na sigla em inglês), lançado em dezembro de 2019. Em resumo, o EGD visa atingir a neutralidade climática e um futuro sustentável na União Europeia até 2050, com inclusão de todos.

Qual é o objetivo do artigo?

Criar um modelo econômico para avaliar os impactos no mercado e fora dele, considerando os três principais pilares do Pacto Verde voltados para a cadeia alimentar: a redução do uso de insumos químicos na agricultura, a minimização de perdas pós-colheita e a promoção de dietas mais saudáveis com menor presença de produtos de origem animal.

Quais as principais conclusões?

Os três pilares do Pacto Verde Europeu têm impactos distintos quando considerados separadamente. No entanto, quando aplicados em conjunto, eles podem ter efeitos positivos significativos no clima, biodiversidade e sustentabilidade do sistema alimentar europeu. Por exemplo, as práticas agroecológicas, embora possam ter benefícios limitados quando implementadas sozinhas, se tornam muito mais eficazes quando combinadas com a redução de perdas pós-colheita e mudanças nas dietas. Juntas, essas medidas podem resultar em uma redução de 20% nas emissões de gases de efeito estufa provenientes do consumo de alimentos e em uma diminuição de 40 a 50% nos danos à biodiversidade.

Para os consumidores, isso se reflete em economias financeiras, com despesas menores em alimentos. No entanto, é importante ressaltar que os criadores de animais podem enfrentar desafios devido à redução na demanda e nos preços dos produtos de origem animal. Por outro lado, os produtores de culturas alimentares e ração podem ver aumentos nas receitas, desde que o aumento no consumo de alimentos, especialmente de origem vegetal, compense a redução na demanda por ração para a criação de animais. Assim, a adoção dos três pilares do Pacto Verde é essencial para aprimorar o sistema alimentar europeu, beneficiando o meio ambiente, os consumidores e garantindo uma transição justa para os produtores.

Gender, skin color, and household composition explain inequities in household food insecurity in Brazil

Autores: Lissandra Amorim Santos, Rafael Pérez-Escamilla, Camilla Christine de Souza Cherol, Aline Alves Ferreira, Rosana Salles-Costa
Fonte: PLOS Global Public Health
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

As mulheres desempenham um papel crucial na segurança alimentar em casa, assumindo responsabilidades históricas no cuidado da saúde e alimentação da família. No entanto, elas enfrentam desafios, como menor capital social e barreiras de gênero, dificultando o acesso a alimentos saudáveis. A insegurança alimentar, especialmente entre as mulheres, é discutida em contextos de pobreza e gênero, enfatizando a importância de compreender a complexidade dos fatores de risco na insegurança alimentar.

Qual é o objetivo do artigo?

Analisar as variações de 2004 a 2018 na proporção de lares brasileiros que enfrentam insegurança alimentar, considerando o gênero da pessoa de referência e como isso se relaciona com raça/cor de pele, estado civil e a estrutura familiar.

Quais as principais conclusões?

Este estudo analisou dados da PNAD de 2004 e 2013 e da POF de 2018, abrangendo um período de 14 anos. Os resultados destacam como a vulnerabilidade à insegurança alimentar domiciliar está relacionada ao gênero, raça/cor de pele, estado civil e à presença de crianças no domicílio, com uma ênfase na combinação desses fatores

Ao longo do tempo, os lares chefiados por mulheres tiveram uma prevalência mais elevada de insegurança alimentar leve e moderada/grave do que os lares chefiados por homens. Em 2018, domicílios liderados por mães solteiras negras/pardas com crianças menores de 5 anos enfrentaram o maior risco de insegurança alimentar, com uma probabilidade 4,17 vezes maior de relatar insegurança alimentar moderada/grave em comparação com domicílios liderados por homens brancos casados. Ter pelo menos uma criança com menos de 5 anos no domicílio e não estar casado ou coabitando durante a entrevista esteve associado a um risco significativamente maior de insegurança alimentar moderada/grave para certos perfis. Isso ressalta a importância de adotar uma abordagem interseccional na prevenção e redução da insegurança alimentar, considerando os determinantes sociais da saúde.