Destaques do período

Eventos

• O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) manteve o ciclo de eventos semanais com a atividade:
  • 30 de novembro, live “Dados sobre o câncer no Brasil” com Helena Esteves, coordenadora de advocacy do Oncoguia, e Luciana Holtz, presidente do Oncoguia;
  • 23 de novembro, live sobre o “Programa de Prevenção de Diabetes (Proven-Dia)” com a pesquisadora da Beneficência Portuguesa (SP), Angela Ferreira, que abordará a prevenção do diabetes tipo 2 com a participação ativa de pacientes;
• 04 de dezembro. A Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Saúde Pública (FSP-USP) realizou o I Simpósio Políticas Públicas de Segurança Alimentar no Brasil: impactos, avanços e desafios;
• 30 de novembro. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) promoveu a live “Diabetes: saiba seu risco, construa um futuro saudável”;
• 29 de novembro. O Instituto Vencer o Câncer apresentou o “II Encontro Nacional sobre Políticas Públicas para Oncologia”;
• 28 de novembro. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica divulgou a live “O futuro da bariátrica e os novos medicamentos”, analisando como isso impacta na saúde das pessoas;
• 24 de novembro. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou o webinário sobre o segundo edital do Projeto Cuidado Integral à Saúde.

Fique de olho

• 06 de dezembro. A ACT Promoção da Saúde “Lançamento da Série Lancet sobre Determinantes Comerciais da Saúde” com a professora Anna Gilmore;
• 08 de dezembro. A FSP-USP realiza o I Seminário Internacional sobre Participação Social: Viver é melhor que sonhar;
• 08 de dezembro. O Fórum DCNTs promove a live “Doença renal crônica: como desativar essa bomba-relógio?”;
• 08 e 09 de dezembro. A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) realiza o evento híbrido “Olhar Abeso”;
• 10 a 12 de dezembro.  O Hospital Israelita Albert Einstein, Beneficência Portuguesa de São Paulo, UMANE, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), em parceria com o Ministério da Saúde, realizam conjuntamente a II Conferência Nacional de Planejamento da Atenção à Saúde, I Mostra de Saúde Mental na APS e I Mostra de Cuidados Paliativos e Segurança do Paciente. Este grande evento, que será realizado de forma híbrida, tem o objetivo de promover o compartilhamento de resultados e boas práticas da Planificação da Atenção à Saúde (PAS) no Sistema Único de Saúde (SUS);
• A FSP-USP está com inscrições abertas para os cursos do Programa de Verão, oferecendo 16 disciplinas com temas variados. Além disso, há também inscrições disponíveis para o curso de especialização em Economia e Gestão em Saúde;
• O Programa de Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) está com inscrições abertas para o Módulo I do Aprimoramento em Transtornos Alimentares.

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

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Quinta-feira, às 11h.

• 07 de dezembro. Live “Agenda intersetorial e multissetorial da obesidade no Brasil” com a convidada Andrea Levy, co-fundadora do Instituto Obesidade Brasil, e Elton Prates, Secretário da Associação Brasileira de Enfermagem. A discussão abordará a necessidade de esforços conjuntos em áreas como saúde, educação, agricultura e urbanismo para criar políticas abrangentes que permitam lidar efetivamente com a epidemia da obesidade;
• 14 de dezembro. Live “Retrospectiva 2023: No Brasil e no mundo” com Guilherme Nafalski, Coordenador do Painel Brasileiro da Obesidade.

Dietary and nutritional interventions in nonalcoholic fatty liver disease in pediatrics

Autores: Camila Farías, Camila Cisternas, Juan Cristobal Gana, Gigliola Alberti, Francisca Echeverría, Luis A. Videla, Lorena Mercado, Yasna Muñoz, Rodrigo Valenzuela
Fonte: Nutrients
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
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Por que o tema é relevante?

A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é a condição hepática crônica mais prevalente na pediatria. Sua incidência é elevada em crianças e adolescentes com obesidade e está relacionada ao maior risco de progressão da doença. Atualmente, as intervenções no estilo de vida constituem a abordagem inicial de tratamento.

Qual é o objetivo do artigo?

Atualizar sobre o tratamento da doença hepática gordurosa não-alcoólica, destacando estratégias nutricionais específicas.

Quais as principais conclusões?

O estudo identificou cinco estratégias dietéticas para o tratamento da DHGNA em crianças e adolescentes: dieta com baixo teor de energia, gordura saturada, açúcares e frutose (provenientes de xaropes, sucos de frutas ou associados à glicose), além da dieta do Mediterrâneo. Também foram analisados estudos clínicos que envolveram nutrientes específicos, como ácidos graxos poli-insaturados do tipo n-3 (EPA e DHA), aminoácidos (cisteína, L-carnitina), vitaminas (D e E) e probióticos. 

Com exceção da dieta do Mediterrâneo, os resultados obtidos não forneceram evidências suficientes para recomendar essas intervenções no tratamento da DHGNA. É relevante destacar que a dieta do Mediterrâneo apresenta efeitos positivos na perda de peso, melhora do perfil lipídico, redução da esteatose hepática e dos níveis das enzimas hepáticas. Essa dieta é caracterizada por ser baixa em açúcares, moderada em gorduras saturadas e rica em gorduras monoinsaturadas, peixe e antioxidantes. Apesar dos resultados favoráveis, sua adoção não exclui a importância de outras modificações no estilo de vida no tratamento da doença. A ênfase em uma alimentação saudável e na prática regular de atividade física permanece como a principal recomendação, conforme as diretrizes da Sociedade Norte-Americana de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (NASPGHAN, na sigla em inglês) e da Associação Americana para o Estudo das Doenças Hepáticas (AASLD, na sigla em inglês).

Global benchmarks in primary robotic bariatric surgery redefine quality standards for Roux-en-Y gastric bypass and sleeve gastrectomy

Autores: Guillaume Giudicelli, Daniel Gero, Lind Romulo, Vasu Chirumamilla, Pouya Iranmanesh, Christopher K Owen, Wayne Bauerle, Amador Garcia, Lisa Lucas, Anne-Sophie Mehdorn, Dhananjay Pandey, Abdullah Almuttawa, Francisco Cabral, Abhishek Tiwari, Virginia Lambert, Beniamino Pascotto, Celine De Meyere, Marouan Yahyaoui, Thomas Haist, Oliver Scheffel, Maud Robert, Frederiek Nuytens, Santiago Azagra, Lilian Kow, Arun Prasad, Carlos Vaz, Michel Vix, Vivek Bindal, Jan H Beckmann, David Soussi, Ramon Vilallonga, Maher El Chaar, Erik B Wilson, Arif Ahmad, Andre Teixeira, Monika E Hagen, Christian Toso, Pierre-Alain Clavien, Milo Puhan, Marco Bueter, Minoa K Jung
Fonte: British Journal of Surgery
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
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Por que o tema é relevante?

Apesar do aumento da popularidade da cirurgia bariátrica robótica, é preciso definir metas claras para a qualidade e segurança do procedimento, facilitando comparações entre cirurgiões e centros de referência. Isso se torna ainda mais crucial diante dos custos elevados dessa abordagem, exigindo uma avaliação cuidadosa dos benefícios clínicos em comparação com a cirurgia laparoscópica.

Qual é o objetivo do artigo?

Identificar os melhores resultados possíveis da cirurgia bariátrica robótica, comparando-os com a abordagem laparoscópica.

Quais as principais conclusões?

A cirurgia bariátrica assistida por robô foi realizada principalmente em pacientes submetidos ao bypass gástrico em Y de Roux (RYGB) pela primeira vez e à gastrectomia vertical (SG). Os parâmetros para cirurgia bariátrica assistida por robô, especialmente para SG, pareceram superiores aos estabelecidos na coorte histórica da cirurgia bariátrica laparoscópica. Em 90 dias, a cirurgia RYGB robótica demonstrou menor incidência de sangramento (0% versus ≤ 2%) e úlceras marginais (≤ 0,4% versus ≤ 1,5%), embora a duração do procedimento fosse mais longa (≤ 162 minutos versus ≤ 120 minutos). Quanto ao SG, a abordagem robótica também ofereceu maior segurança cirúrgica do que a laparoscopia para a maioria dos parâmetros de resultado.

Esses benefícios são multifatoriais e podem não estar exclusivamente relacionados à plataforma robótica em si. A abordagem robótica facilita a realização técnica da anastomose manual em pacientes com obesidade visceral e permite o fechamento (grampeamento) com a ajuda de software, ambos contribuindo para a redução da taxa de sangramento pós-operatório, estenose , ulceração e extravasamento gastrointestinal . No entanto, o aprimoramento da medicina perioperatória e a crescente experiência global em cirurgia minimamente invasiva ao longo do tempo também são prováveis contribuições significativas para a melhoria observada na qualidade da técnica robótica.