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Brasil consolida protagonismo global na promoção da atividade física

Apesar disso, país ainda enfrentam altos níveis de inatividade física e carece de política nacional

André Derviche Carvalho

11 de ago de 2025 (atualizado 11 de ago de 2025 às 13h55)

O Brasil tem se destacado internacionalmente na promoção da atividade física, integrando políticas públicas, produção científica e iniciativas comunitárias. No entanto, o Brasil entra no conjunto de países com dificuldades de combater os níveis de inatividade física. Além disso, também faltam políticas para promover atividade física na ponta.

A presidente da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS), Christianne Coelho, enfatizou que o Brasil possui alta capacidade de promover a atividade física. O país destaca-se em pesquisa, vigilância e políticas públicas. Em 2011, implementou o programa “Academia da Saúde”, promovendo espaços para a prática de atividades físicas em diversas comunidades.

Além disso, o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, lançado pelo Ministério da Saúde em 2020, aparece como um marco importante nas políticas públicas de saúde do país. Ele traz diretrizes para a prática de atividade física em diferentes faixas etárias e contextos, como o lazer, o trabalho, o deslocamento e as atividades domésticas.

Com isso, a ideia é promover principalmente a atividade física de lazer. Isto é, diferentemente daquela motivada por trabalho, ela é feita por escolha. “A boa notícia é que não precisamos de grandes volumes e intensidades de atividade física para ter ganhos em saúde. Isso se mantém. Níveis leves de atividade física já são benéficos para saúde”, explica Christianne.

Benefícios da atividade física para a saúde

A prática regular de atividade física traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental. Ela contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer e melhora a saúde mental, reduzindo sintomas de depressão e ansiedade.

Além disso, exercícios físicos melhoram a qualidade do sono, aumentam a autoestima e promovem o bem-estar geral. Esses benefícios reforçam a importância de políticas públicas que incentivem a prática regular de exercícios físicos.

Desafios e metas globais

Apesar dos avanços, o Brasil enfrenta desafios para atingir as metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que visam reduzir a inatividade física em 10% até 2025 e em 15% até 2030. A presidente da SBAFS destacou a necessidade de facilitar o acesso a recursos para que os governos municipais possam implementar programas eficazes.

Assim, os gestores municipais devem estar engajados nessas políticas. A promoção da atividade física deve ser encarada como um direito, não uma obrigação, reconhecendo os diferentes significados e intenções associados à prática.

Caminhos para promoção de atividade física

A ISPAH (International Society for Physical Activity and Health) traz oito investimentos que funcionam para a atividade física:

  • Promoção de saúde na escola;
  • Transporte ativo;
  • Desenho urbano ativo;
  • Capacitação de profissionais de saúde;
  • Campanhas de educação em saúde;
  • Esporte e lazer para todos;
  • Ambiente de trabalho;
  • Programas comunitários.

Por isso, entidades do setor buscam emplacar uma Política Nacional de Práticas Corporais e de Atividades Físicas no Brasil. Entre as finalidades da Política, destacam-se a redução de iniquidades no acesso à prática de atividade física; contribuição para o alcance de metas nacionais e internacionais; fortalecer ações de monitoramento e vigilância da prática; fortalecer a promoção da atividade física no Ministério da Saúde.

Além disso, um comitê da SBAFS elaborou um abaixo-assinado pela criação de uma política no SUS (Sistema Único de Saúde) voltada especificamente para a atividade física. A Sociedade também instrui gestores de saúde para a implementação do Guia de Atividade Física para a População Brasileira.

“Muitas vezes há sobra de recurso dos programas, porque as secretarias não aplicam para receber ou não têm adequação necessária para receber esses recursos. Os governos municipais precisam se preparar para receber esse recurso e o governo federal precisa facilitar a chegada desses recursos na ponta, talvez com menos exigência”, diz Christianne