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Projeto oferece treinos de canoagem para sobreviventes do câncer de mama

Iniciativa da Universidade de São Paulo usa atividade física na reabilitação de casos de câncer de mama

André Derviche Carvalho

2 de jun de 2025 (atualizado 2 de jun de 2025 às 14h57)

Um projeto de pesquisa e extensão da USP (Universidade de São Paulo) promove exercício físico para mulheres que sobreviveram ao câncer de mama. Com treinos de canoagem na Cidade Universitária, em São Paulo, o projeto Remama recebe mulheres em fase de reabilitação e busca melhorar a qualidade de vida desse grupo. Além disso, o Remama evolui para um programa remoto de estímulo à prática de atividade física.

O projeto existe desde 2013, quando começou com 12 vagas para remadoras. Depois disso, ampliou seu escopo para virar também um projeto de pesquisa. Em 2021, tornou-se um projeto de extensão universitária com participação de bolsistas.

LEIA TAMBÉM: Exercício físico durante tratamento melhora resposta contra o câncer

“É o primeiro programa das remadoras rosa que traz a atividade física para mulheres que tiveram câncer de mama e que também envolve os membros superiores”, explica Patrícia Brum, professora do Departamento de Fisiologia e Biofísica na USP. O Remama usa atividade física para prevenir o agravamento do câncer e de inflamações no corpo.

Atualmente, o Remama envolve três instituições: o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), EEFE-USP (Escola de Educação Física e Esporte) e o Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da USP). Assim, o objetivo é melhorar a capacidade funcional, aptidão aeróbia, força muscular e reduzir a fadiga em mulheres que tiveram câncer de mama.

Os treinos do Remama ocorrem duas vezes por semana na Raia Olímpica da USP, localizada na zona oeste de São Paulo. Nesse sentido, as remadoras trabalham flexibilidade e força muscular. Além disso, o Remama recebe mulheres após o tratamento agudo, na fase de reabilitação e com liberação médica para prática de exercício físico.

Para saber mais, busque @remamadragaorosa no Instagram

Atividade física remota

Foi durante a pandemia que os coordenadores do programa perceberam na prática impactos na prática de atividade física por parte das participantes. Sem a raia e sem espaços destinados a essa prática como um todo, 90% das mulheres relataram ter diminuído os níveis de atividade física. Além disso, quase 60% apontou aumento do peso corporal nos primeiros seis meses de pandemia, em 2020.

Com isso, a iniciativa adaptou-se. Hoje, há um novo braço do Remama, o Remama ON ou ONcoFITT, um programa remoto para a prática de atividade física. Por meio dele, as participantes recebem kits com materiais para prática de exercício físico em casa. Além disso, há também atividades cognitivas, automassagem e meditação.

Com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, o projeto faz uma avaliação longitudinal das participantes. Os resultados servem às diversas pesquisas universitárias que a comunidade acadêmica conduz junto às participantes e aos trabalhos do grupo.

Câncer de mama

O câncer é uma das principais causas de mortalidade no mundo, com tipos como os de pulmão, fígado e mama figurando entre os mais letais, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Diversos fatores de risco contribuem para a incidência da doença, incluindo o tabagismo, infecções, dieta inadequada com baixo consumo de vegetais, inatividade física, sobrepeso e obesidade.

Nesse contexto, o câncer é a segunda principal causa de morte prematura no mundo junto com doenças cardiovasculares. Segundo dados de 2024 da OMS, 9,3 milhões de pessoas morrem de câncer por ano e 17,9 milhões por doenças cardiovasculares.