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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição 24/2025 #108

Boletim PBO

  1. Publicado em: 2 de dez de 2025

  2. Período: De 19 de novembro a 01 de janeiro/2025-2026

  3. Resenhas desta edição:
    1. Current and future burden of gynecological cancers attributable to high body-mass index: A comprehensive global analysis and projection study

      Autores: Xuanyu Zhao, Weimin Kong, Yan Jiang, Feng Sui,Editor: Pengpeng Ye

      Fonte: PLOS One

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

    2. Fad dieting and psychological well-being

      Autores: Jacob Burmeister, Allison Kiefner Burmeister, London Moening, Olivia Koenig

      Fonte: Nutrition

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

      Tipo de estudo: Estudo observacional

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Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, às 11h.

Current and future burden of gynecological cancers attributable to high body-mass index: A comprehensive global analysis and projection study

Autores: Xuanyu Zhao, Weimin Kong, Yan Jiang, Feng Sui,Editor: Pengpeng Ye
Fonte: PLOS One
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A relação entre o alto Índice de Massa Corporal (IMC) e o aumento da carga global dos cânceres ginecológicos é importante, uma vez que a obesidade provoca alterações hormonais, inflamatórias e metabólicas que elevam o risco de câncer do endométrio e, em menor escala, de câncer de ovário. Além disso, em países de menor desenvolvimento, sistemas de saúde fragilizados ampliam desigualdades e agravam o impacto desses cânceres.

Qual é o objetivo do estudo?

Quantificar e analisar a carga atual e futura dos cânceres ginecológicos atribuíveis ao alto IMC no mundo.

Quais as principais conclusões?

O estudo avalia mortes e DALYs de 1990 a 2021 e mostra que a carga global dos cânceres ginecológicos atribuíveis ao alto IMC cresceu de forma expressiva e contínua. Embora regiões de alto desenvolvimento socioeconômico (SDI) concentrem as maiores cargas absolutas, devido à maior longevidade, prevalência histórica de obesidade e melhor capacidade diagnóstica, o crescimento mais acelerado ocorre em países de baixo e médio SDI, impulsionado pelo aumento da obesidade e pela limitação de recursos para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.
O câncer uterino, fortemente associado à obesidade por mecanismos hormonais e metabólicos, cresce de forma consistente em todas as regiões, enquanto o câncer de ovário apresenta queda em áreas de alto SDI e aumento acelerado em países de baixo e médio SDI, evidenciando desigualdades globais.
A combinação entre obesidade e envelhecimento aumenta o risco e até 2050 deve elevar as mortes por câncer ginecológico atribuíveis ao alto IMC em até 2,6 vezes, chegando a 3,2 vezes no câncer de ovário, pressionando serviços oncológicos e ampliando custos diretos e indiretos em um cenário em que a obesidade já tende a superar 3% do PIB mundial.
O estudo reforça que a obesidade é um fator modificável crucial e que políticas eficazes para sua prevenção, envolvendo regulação de ambientes alimentares, promoção da atividade física, educação, acesso ao diagnóstico e tratamento e fortalecimento dos sistemas de vigilância e expansão de programas de rastreamento adequados para populações de maior risco são essenciais para conter o avanço do câncer ginecológico no mundo.

Fad dieting and psychological well-being

Autores: Jacob Burmeister, Allison Kiefner Burmeister, London Moening, Olivia Koenig
Fonte: Nutrition
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Estudo observacional
Link para o original

Por que o tema é relevante?

As dietas da moda divulgadas nas redes sociais e caracterizadas por promessas de perda de peso rápida, métodos simplificados e restrições nutricionais tornaram-se práticas comuns, apesar dos riscos. Mesmo sendo reconhecidas como prejudiciais, pouco se sabe sobre os efeitos psicológicos das dietas da moda e compreender essa relação é fundamental para avaliar se esse tipo de dieta deve ser considerado um comportamento arriscado.

Qual é o objetivo do estudo?

Investigar a relação entre o engajamento em dietas da moda e indicadores de bem-estar psicológico.

Quais as principais conclusões?

Dietas da moda são padrões alimentares que prometem perda de peso rápida por meio de métodos simplificados e pouco realistas, geralmente sem sustentação científica. Geralmente são restritivas, pouco sustentáveis, sem adequação nutricional e se associam a riscos à saúde e a comportamentos alimentares disfuncionais.
O engajamento nessas dietas estão associados a piores indicadores de saúde psicológica, reforçando preocupações sobre os riscos das práticas alimentares restritivas. Os participantes que relataram adesão a elas apresentaram níveis mais altos de depressão, vergonha corporal, comportamentos bulímicos, atitudes alimentares disfuncionais e maior tendência a padrões de restrição extrema.
A pesquisa sugere que essas dietas podem se integrar a um ciclo mais amplo de insatisfação corporal, culpa, vigilância constante do corpo e tentativas repetidas de controle do peso, elementos que já são conhecidos como fatores de risco para transtornos alimentares. Além da ausência de diferenciação no engajamento nessas dietas entre homens e mulheres, indicando que as influências da mídia e os riscos psicológicos ligados à busca por mudanças corporais estão igualmente difundidos entre os gêneros.
Os resultados oferecem um alerta importante: dietas da moda, amplamente normalizadas e promovidas nas mídias, podem representar um comportamento arriscado, especialmente para indivíduos vulneráveis à insatisfação corporal ou já com histórico de transtornos alimentares.