Por que o tema é relevante?

O México apresenta uma das maiores prevalências de obesidade em todo o mundo. Apesar dos esforços empreendidos, a taxa de excesso de peso continua em crescimento. Portanto, é crucial estabelecer metas no combate à obesidade e estimar as reduções calóricas necessárias para alcançá-las. Isso permitirá avaliar o impacto das intervenções e obter avanços significativos na saúde da população.

Qual é o objetivo do artigo?

Explorar possíveis metas de combate à obesidade e estimar as reduções calóricas necessárias para alcançá-las.

Quais as principais conclusões?

O estudo utilizou dados antropométricos e sociodemográficos da população adulta (idade ≥ 20 anos) coletados nas Pesquisas de Saúde e Nutrição no México (ENSANUT) realizadas entre os anos 2000 e 2018. Por meio de um modelo de microssimulação, levando em consideração a suposição de que o nível de atividade física permanece constante, os pesquisadores observaram que:

• A prevalência de obesidade continuará crescendo, atingindo 45% da população em 2030 e chegando a 48% em 2040;
• A possibilidade de três cenários:
  • Um cenário ideal, recomendado pela OECD, com a taxa de obesidade em 19% até 2030 ou 2040;
  • Um cenário intermediário, buscando reduzir a prevalência da doença para 33% até 2030 e 29% até 2040; e
  • Um cenário plausível, segundo especialistas, com o objetivo de conter o avanço da doença, alcançando 38% de obesidade até 2030 e 36% até 2040;
• Para atingir o cenário intermediário, seria necessário reduzir o consumo calórico em 75 kcal/pessoa/dia, o que corresponde a cerca de 4,0% da ingestão diária de energia. Essa medida permitiria uma redução de aproximadamente 3 pontos percentuais na prevalência de obesidade em 12 anos;
• As políticas públicas adotadas até o momento, como a taxação de bebidas adoçadas e alimentos com alta densidade energética, além da introdução de rótulos de advertência frontal, foram importantes passos, mas ainda são insuficientes para alcançar a meta estabelecida, isoladamente.