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Qualidade de dados antropométricos de crianças menores de 5 anos no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, 2008-2020

Favoritos do PBO Artigo de periódico
Qualidade de dados antropométricos de crianças menores de 5 anos no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, 2008-2020
2024
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Ficha da publicação

Nome da publicação: Qualidade de dados antropométricos de crianças menores de 5 anos no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, 2008-2020

Autores: Iolanda Karla Santana dos Santos, Wolney Lisboa Conde

Fonte: Cadernos de Saúde Pública

Publicado em: 2024

Tipo de arquivo: Artigo de periódico

Link para o original

Resumo

O planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações de alimentação e nutrição dependem de estimativas confiáveis realizadas a partir de dados antropométricos de qualidade adequada. O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade de dados antropométricos de crianças menores de 5 anos no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) no período de 2008 a 2020. Os indicadores avaliados demonstraram baixa qualidade da mensuração principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Os resultados indicam qualidade insuficiente dos dados antropométricos em crianças menores de 5 anos e reforçam a necessidade de investimento em ações para o aprimoramento da coleta e do registro das informações antropométricas.

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Por que o tema é relevante?

O acompanhamento do estado nutricional é essencial nos cuidados de saúde da criança. A compilação desses dados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) possibilita a formulação,  implementação e monitoramento de políticas públicas de alimentação e nutrição. 

Qual é o objetivo do artigo?

Analisar a qualidade de dados antropométricos de crianças menores de 5 anos no SISVAN no período de 2008 a 2020.

Quais as principais conclusões?

Após analisar um banco de dados com mais de 141 milhões de crianças, constatou-se que 26,76% foram excluídas devido a problemas como registros duplicados, acompanhamento em diferentes municípios na mesma data e inconsistências nas informações de nascimento e sexo. Isso resultou na análise de dados de mais de 23 milhões de crianças menores de 5 anos. Entre as informações remanescentes, alguns padrões se destacaram:

  • A preferência por certos dígitos foi observada (0 e 5), sugerindo uma tendência de arredondamento nos valores de altura e peso;
  • Notavelmente, a incidência de Valores Biologicamente Implausíveis (VBI) foi maior para altura do que para peso, e houve uma redução significativa desses VBIs de 2008 a 2020. Por exemplo, a presença de VBIs referentes ao índice de altura para a idade diminuiu de 5% para 2,5%;
  • A maior frequência de VBIs para altura foi observada em crianças de 12 a 23 meses, sugerindo dificuldades na avaliação adequada nessa faixa etária;
  • Mesmo após a exclusão dos VBIs, a dispersão dos dados permaneceu maior do que o esperado para os três índices nutricionais (peso para idade, altura para idade e índice de massa corporal para a idade); 
  • Além disso, as disparidades regionais nos VBIs foram menores nas regiões Sudeste e Sul.

Portanto, os resultados sugerem avanços na qualidade dos dados antropométricos durante o período investigado. No entanto, são necessários investimentos em ações para aprimorar a coleta e o registro dessas informações, visando atingir padrões de qualidade mais elevados e garantir uma avaliação precisa da saúde infantil.