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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição nº 05/2022 #13

Boletim PBO

  1. Publicado em: 15 de mar de 2022

  2. Período: De 25 de Fevereiro a 10 de Março/2022

  3. Resenhas desta edição:
    1. Taking a closer look at metabolically healthy obesity

      Autores: Jean-Pierre Després

      Fonte: Nature Reviews Endocrinology

      Publicado em: 2022

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

    2. World Obesity Atlas 2022

      Autores: World Obesity Federation

      Publicado em: 2022

      Tipo de arquivo: Relatório

Acessar em PDF

Destaques do período

Eventos

  • O Painel Brasileiro de Obesidade manteve a realização de lives semanais, com os eventos:
  • de 10 de março, webinar em comemoração ao Dia Mundial da Obesidade, com as falas de Nico Pronk (Harvard/Health Partners) e Corinna Hawkes (University of London), além da mostra de experiências exitosas em relação à prevenção e controle da obesidade no Brasil; e,

Publicações

Fique de olho

31 de março – 9h. “Obesity and type 2 diabetes: A joint approach to halt the rise”. Evento online da International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a World Obesity Federation (WOF).

Cursos, pesquisas e chamadas

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fiquem de olho em nosso canal do Youtube! 

Quintas-feiras, às 11h.

  • 17 de março. Obesidade nos currículos da nutrição, com a convidada Professora e Pesquisadora Vanille Pessoa, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), para falar sobre a obesidade nos currículos da nutrição.
  • 24 de março. Qual é o papel do educador físico no tratamento da obesidade?, com a presença do Professor e Pesquisador Phillipe Rodrigues, da Uniabeu, que abordará como o profissional de educação física auxilia no manejo da obesidade dentro da equipe multiprofissional.

Taking a closer look at metabolically healthy obesity

Autores: Jean-Pierre Després
Fonte: Nature Reviews Endocrinology
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) de forma indireta, estando o excesso de peso associado à hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes mellitus. Porém, nem todas as pessoas com obesidade possuem essas doenças. Há evidências de um subgrupo que é metabolicamente saudável. A existência desse grupo foi questionada após análise do Biobanco do Reino Unido.

Qual é o objetivo do estudo?

O estudo buscou responder a pergunta: existe pessoa com obesidade metabolicamente saudável?

Quais as principais conclusões?

O Biobanco do Reino Unido considerou como indivíduo com obesidade metabolicamente saudável (OMetS) a pessoa com valores normais de quatro dos seis marcadores a seguir: 

  • pressão arterial, 
  • proteína C-reativa,
  • triglicérides, 
  • LDL-colesterol, 
  • HDL-colesterol e 
  • hemoglobina glicada. 

Ao olhar com atenção, foi possível observar que os indivíduos com OMetS, quando comparados com pessoas saudáveis, apresentaram valores ligeiramente maiores de:

  • risco para o desenvolvimento de DCV;
  • pressão arterial, apesar de utilizarem mais drogas anti-hipertensivas;
  • proteína C-reativa (o que indica um processo inflamatório crônico de baixo grau);
  • lipídios plasmáticos, mesmo em uso de medicações hipolipemiantes; e,
  • hemoglobina glicada.

A partir dessas análises, conclui-se que as pessoas com OMetS, na realidade, não poderiam ser caracterizadas assim. Logo, a prevalência desses casos deve ser menor do que a relatada na literatura. 

Neste ponto, surge um novo questionamento: será que pessoas com obesidade e com os seis parâmetros laboratoriais normais teriam maior risco para diabetes mellitus e DCV? Outra questão é: seria o caso de a definição de pessoa com OMetS mudar?

Para fomentar a discussão, o autor aponta que o diagnóstico de OMetS deve ir além da análise de exames laboratoriais. Os estudos sobre a associação entre obesidade e DCV baseiam-se no Índice de Massa Corporal (IMC). Esta é uma visão simplista da complexidade da obesidade. Portanto, propõe que o nível de atividade física, adiposidade localizada e qualidade da dieta também devem ser consideradas.

Desta forma, o indivíduo com OMetS não seria um mito. De acordo com o seu comportamento alimentar, capacidade cardiorrespiratória e localização do excesso de gordura no corpo, ele pode ser um pessoa com obesidade mas sem problemas relacionados ao peso.

World Obesity Atlas 2022

Autores: World Obesity Federation
Publicado em: 2022
Tipo de arquivo: Relatório
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade é uma doença crônica, recidivante e multifatorial. A sua prevalência aumenta rapidamente em países em desenvolvimento.

Qual é o objetivo do documento?

Apresentar projeções para 2030 da obesidade em crianças e adultos, apontando o quão distante os países estão de alcançar as metas globais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, busca mostrar o impacto do excesso de peso nos anos de vida perdidos por doença e morte precoce (disease-adjusted life years, DALYs).

Quais as principais conclusões?

Nenhum país está no caminho para atingir as metas de redução da obesidade em 2025. Pelo contrário, a prevalência de obesidade continua crescendo nos últimos anos. Estima-se que, em 2030:

  • 1 em cada 5 mulheres e 1 em cada 7 homens tenham obesidade, equivalente a mais de 1 bilhão de pessoas no mundo; e
  • 12,91% das crianças e adolescentes tenham obesidade, ou seja, 100 milhões de crianças de 5 a 9 anos e 150 milhões de adolescentes de 10 a 19 anos. 

Esta situação é particularmente agravante em países de baixa e média renda.

Do ponto de vista metabólico, a obesidade é o principal fator de risco para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Dentre as pessoas com DCNT, um quinto (21,5%) da perda de anos de vida ajustada pela doença é decorrente do IMC elevado. Quando se trata de óbito, o excesso de peso foi responsável por 18% das mortes preveníveis por DCNTs em 2019. Isso corresponde a 5 milhões de pessoas.

O sobrepeso e obesidade também têm impacto econômico. A projeção para 2060 é de que os custos com essas condições seja 4 vezes maior do que foi gasto em 2019 (quando esse valor foi de 39 bilhões de dólares).

Apesar dos desafios, é possível analisar o quão preparados os países estão para enfrentar a obesidade. Trata-se de uma métrica, aplicada a 183 países, que é definida pela:

  • estimativa de cobertura efetiva e universal à saúde;
  • proporção de mortes prematuras por DCNT em relação ao número total de mortes por DCNT;
  • disponibilidade de serviços para atendimento de pessoas com DCNT causada pela obesidade; e,
  • presença de políticas públicas para enfrentamento das DCNT e seus fatores de risco.

De acordo com essa classificação, o Brasil está em 67º lugar. Isto significa que 66 países têm melhores condições de combater a obesidade. Para fins de comparação, a classificação global ponderada pela população é 87.

Esse contexto nos chama a agir. Neste sentido, a World Obesity propôs uma estrutura centrada no indivíduo para o enfrentamento da obesidade. Ela baseia-se em 5 pilares:

  • reconhecer a obesidade como doença;
  • aprimorar o monitoramento e vigilância epidemiológica;
  • prevenir a obesidade ao longo da vida;
  • fornecer melhores serviços de saúde e tratamento para as pessoas que têm obesidade; e,
  • estabelecer um sistema de aproximação entre os determinantes da obesidade e setores-chave como a comunidade, a família e a criança e a sociedade civil.

Essas estratégias podem ser reconhecidas pelo anagrama em inglês ROOTS.