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Boletim

Boletim PBO

Boletim PBO: acompanhe o que realmente importa do universo da obesidade

Boletim PBO
Edição 19/2025 #103

Boletim PBO

  1. Publicado em: 23 de set de 2025

  2. Período: De 10 a 22 de setembro/2025

  3. Resenhas desta edição:
    1. The State of Food Security and Nutrition in the World 2025

      Autores: FAO; IFAD; UNICEF; WFP; WHO

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Relatório

    2. Development of the Diabetes Index for Social Determinants of Health (DISDOH)

      Autores: Samantha Kanny, Luke Christopher Hall, William C Bridges, Windsor Westbrook Sherrill

      Fonte: BMJ Open Diabetes Research &, Care

      Publicado em: 2025

      Tipo de arquivo: Artigo de periódico

Destaques do período

Webinar Obes(C)idades 2025

O Instituto Cordial convida você a participar do evento Obes(C)idades 2025 no dia 23 de outubro, das 10h às 12h, para transformarmos a abordagem da obesidade nas cidades brasileiras, com discussões em nível territorial, sobre os ambientes obesogênicos, os determinantes sociais da saúde e a implementação das políticas públicas no sistema de saúde. Não perca! 

Eventos

Fique de olho

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, às 11h.

The State of Food Security and Nutrition in the World 2025

Autores: FAO; IFAD; UNICEF; WFP; WHO
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Relatório
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A segurança alimentar e nutricional continuam sendo desafios centrais para o cumprimento da Agenda 2030. O relatório ressalta que crises recentes testaram a resiliência dos sistemas agroalimentares mundiais. Essas tensões expuseram a vulnerabilidade de populações e mercados, tornando urgente analisar como políticas nacionais e internacionais podem mitigar impactos e promover acesso equitativo a alimentos nutritivos.

Qual é o objetivo do estudo?

Identificar como diferentes políticas públicas influenciam a trajetória dos países em direção (ou afastamento) das metas globais de segurança alimentar.

Quais as principais conclusões?

O relatório observa uma leve melhora nos indicadores globais de fome e insegurança alimentar no período de 2022 a 2024, mas, ainda assim, há grandes disparidades regionais, e a maioria dos países segue fora da rota para cumprir as metas de 2030. A fome e a insegurança alimentar continuam em níveis alarmantes, afetando cerca de 733 milhões de pessoas no mundo em 2024, enquanto 2,3 bilhões enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave.
Além disso, o custo elevado das dietas saudáveis manteve mais de 3 bilhões de pessoas sem condições de acesso a uma alimentação adequada, reforçando a desigualdade entre países e regiões. No campo da nutrição, o documento evidencia o duplo fardo da má nutrição: de um lado, a persistência da desnutrição infantil, com 148 milhões de crianças menores de cinco anos afetadas pela baixa estatura; de outro, o aumento contínuo do sobrepeso e da obesidade, que já atinge quase um em cada quatro adultos na América Latina e Caribe.
O relatório apresenta as seguintes informações sobre a América Latina e Caribe e mais especificamente do Brasil:

  • A taxa de subalimentação no Brasil em 2022–2024 foi estimada em cerca de 4,7% da população, o que representa aproximadamente 10 milhões de pessoas em situação de fome. Embora menor do que em muitos países da América Latina, esse valor mostra um retrocesso em relação a níveis anteriores à pandemia.
  • Sobre a insegurança alimentar, aproximadamente 43% da população brasileira enfrentava algum grau de insegurança alimentar em 2023, com destaque para a insegurança alimentar moderada ou grave, que afetava mais de 90 milhões de pessoas.
  • Dados sobre nutrição e obesidade mostram que a prevalência de sobrepeso em crianças menores de 5 anos na América Latina e Caribe é de cerca de 8,6%, a mais alta entre todas as regiões em desenvolvimento. Entre os adultos, aproximadamente 24% vivem com obesidade, um índice que vem crescendo de forma contínua nas últimas duas décadas. Ambos seguem em trajetória ascendente, refletindo a transição alimentar marcada pelo maior consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas.
  • O custo médio de uma dieta saudável em 2022, no Brasil, era de aproximadamente 3,41 dólares internacionais por pessoa por dia, valor que coloca a dieta fora do alcance de cerca de 28 milhões de brasileiros, especialmente nas áreas mais pobres.
  • O relatório observa que o Brasil se destaca por experiências institucionais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e políticas de compras públicas da agricultura familiar. No entanto, ressalta que os avanços foram parcialmente comprometidos por descontinuidades políticas e cortes em programas sociais, o que limitou a proteção da população mais vulnerável em períodos de crise.

Por fim, mesmo diante de crises globais graves, houve sinais de resiliência e pequenas melhorias nos indicadores de fome e insegurança alimentar. Com respostas políticas mais eficazes, que ajudaram a conter a escalada dos preços e a volatilidade dos mercados, temos o início de caminhos mais concretos de políticas mais eficazes para fortalecer a segurança alimentar no futuro.

Development of the Diabetes Index for Social Determinants of Health (DISDOH)

Autores: Samantha Kanny, Luke Christopher Hall, William C Bridges, Windsor Westbrook Sherrill
Fonte: BMJ Open Diabetes Research &, Care
Publicado em: 2025
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Link para o original

Por que o tema é relevante?

O diabetes é uma das principais doenças crônicas, com alto impacto para as pessoas e os sistemas de saúde. Além dos fatores clínicos, os determinantes sociais da saúde (DSS) influenciam diretamente o manejo e a prevenção. Porém, até o, não existia um instrumento validado para mensurá-los. A padronização é essencial para reduzir desigualdades e aprimorar o cuidado individual e coletivo

Qual é o objetivo do estudo?

Desenvolver e validar o Diabetes Index for Social Determinants of Health (DISDOH), um questionário de 16 itens voltado a medir os principais DSS que afetam o manejo do diabetes.

Quais as principais conclusões?

O índice foi estruturado com base em cinco domínios reconhecidos pela American Diabetes Association e pensado para ser usado em diferentes cenários, desde clínicos até programas comunitários.
O primeiro, status socioeconômico, aborda aspectos relacionados à renda, emprego e escolaridade, refletindo a influência das condições econômicas e educacionais sobre a saúde. O segundo domínio, ambiente físico e do bairro, contempla questões ligadas à segurança da moradia e às condições do local de residência, fundamentais para a estabilidade e qualidade de vida.
O terceiro domínio, ambiente alimentar, avalia o acesso a alimentos saudáveis, especialmente frutas e vegetais frescos, que são determinantes diretos para a prática de uma alimentação adequada. Já o quarto domínio, contexto de saúde, trata do acesso a serviços médicos, disponibilidade de medicamentos e cobertura de seguro, todos essenciais para o manejo eficaz da doença. Por fim, o quinto domínio, contexto social, investiga a rede de apoio formada por familiares, amigos ou vizinhos, considerando a importância do suporte social para a adesão ao tratamento e a manutenção do autocuidado.
Clinicamente, os escores resultam da soma dos 16 itens, classificando os indivíduos em quatro níveis de carga social onde pontuações baixas indicam maior vulnerabilidade social e mais barreiras ao manejo do diabetes. Além de identificar riscos, a classificação orienta decisões e personaliza intervenções para promover equidade e apoiar políticas públicas, permitindo aos profissionais de saúde compreender as barreiras enfrentadas por cada paciente e propor soluções alinhadas com o cuidado do diabetes e as realidades sociais individuais.