Destaques do período

Eventos

• O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) manteve o ciclo de eventos semanais com a atividade: 
  • 20 de julho, live “A importância da microbiota intestinal para a prevenção e controle da obesidade” com a palestra de Aline Alves de Santana, nutricionista e professora na Uninove e na Unifesp;
• 27 de julho. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) divulgou a live “Barilive: Reposição de nutrientes após a bariátrica: Qual a melhor estratégia?”;
• 26 de julho. A Novo Nordisk Brasil promoveu a live “Mitos e verdades sobre o tratamento do diabetes”;
• 21 de julho. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, por meio da sua Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizou o ciclo de debates Promoção da Alimentação Adequada e Saudável: 10 anos do Marco de Educação Alimentar e Nutricional para as políticas públicas com o tema “Por que a alimentação adequada e saudável é assunto das juventudes brasileiras?”; 
• 19 e 20 de julho. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) promoveu sua 344ª Reunião Ordinária;
• 13 de julho. A SBCBM organizou a live “Barilive: Saúde da mulher pós-cirurgia bariátrica” para discutir sobre a contracepção, menopausa, reposição de nutrientes, exames periódicos e outros aspectos relacionados aos cuidados com a saúde.

Fique de olho

• 06 de junho a 02 de setembro. A Universidade Corporativa Abramge (UCA) oferece o curso de “Imersão Regulatório em Saúde Suplementar” em formato híbrido. Os encontros presenciais ocorrerão nos dias 01 e 02 de setembro;
• 26 de julho a novembro. A SBCBM amplia seu programa Conecta Brasil com o “Curso das especialidades coligadas ao tratamento da obesidade e cirurgia bariátrica”, direcionado a profissionais de saúde, indo além do seu curso continuado. O curso será ministrado em três módulos online;
• 31 de julho e 01 de agosto. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva realiza o “II Simpósio internacional do GT – Avaliação em saúde”;
• 03 de agosto. Em celebração à Semana Mundial do Aleitamento Materno, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) realiza um webinar com o tema da campanha “Vamos fazer a amamentação e o trabalho funcionarem!”. Durante essa semana especial, a OPAS promoverá os direitos maternos que apoiam a amamentação, garantindo que as mulheres possam ser acomodadas para amamentar pelo tempo que desejarem;
• 04 de agosto. A Agência Bori, em parceria com O Joio e O Trigo e o apoio do Instituto Ibirapitanga, promove uma coletiva online e gratuita destinada a jornalistas de diversas áreas, abordando o tema “Ultraprocessados e escolas: por que políticas públicas querem proibir a comercialização?”
• 04 e 05 de agosto.  O Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein promove o curso de revisão e atualização em oncologia clínica “XIV Board Review in Medical Oncology”;
• 05 de agosto. O Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein realiza, virtualmente, o I Simpósio Einstein de Amamentação; 
• 05 de agosto a 09 de dezembro. O Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim) da Universidade de São Paulo (USP) divulga o “Aprimoramento em Transtornos Alimentares” na modalidade online;
• 07 de agosto a 07 de outubro.O Sustentarea, núcleo de extensão vinculado à Faculdade de Saúde Pública da USP, está lançando a segunda edição do curso “Multiplica ODS – conectando sistemas alimentares aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”. A proposta visa aproximar alunos de graduação e pós-graduação da temática da sustentabilidade, sob a perspectiva dos sistemas alimentares;
• Até 30 de novembro. Em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), a UNA-SUS promove o minicurso de qualificação profissional sobre “Indicadores de saúde”. O curso possui carga horária de 20 horas e é oferecido no formato online;
• Até 30 de novembro. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) torna público e informa a abertura das inscrições aos interessado(a)s em participar do “Curso Sistema GRADE: graduação da certeza no conjunto final da evidência e força de recomendação para tomada de decisão em saúde”, na modalidade de educação a distância, on-line. 

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

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Quintas-feiras, às 11h.

• 03 de agosto. Live de lançamento do Working Paper sobre custos da obesidade no Brasil com a pesquisadora do PBO, Jaqueline Gentil;
• 10 de agosto. Live “Retrato do aleitamento materno no Brasil” com a participação de Doralice Ramos, pesquisadora do PBO;
• 17 de agosto. Live “Novas evidências sobre as cirurgias para obesidade” com a presença do cirurgião Fábio Viegas, membro da SBCBM.

Caloric reductions needed to achieve obesity goals in Mexico for 2030 and 2040: A modeling study

Autores: Francisco Reyes-Sánchez, Ana Basto-Abreu, Rossana Torres-Álvarez, Martha Carnalla-Cortés, Alan Reyes-García, Boyd Swinburn, Rafael Meza, Juan A. Rivera, Barry Popkin, Tonatiuh Barientos-Gutiérrez,Editor: Jean Adams
Fonte: PLOS Medicine
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
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Por que o tema é relevante?

O México apresenta uma das maiores prevalências de obesidade em todo o mundo. Apesar dos esforços empreendidos, a taxa de excesso de peso continua em crescimento. Portanto, é crucial estabelecer metas no combate à obesidade e estimar as reduções calóricas necessárias para alcançá-las. Isso permitirá avaliar o impacto das intervenções e obter avanços significativos na saúde da população.

Qual é o objetivo do artigo?

Explorar possíveis metas de combate à obesidade e estimar as reduções calóricas necessárias para alcançá-las.

Quais as principais conclusões?

O estudo utilizou dados antropométricos e sociodemográficos da população adulta (idade ≥ 20 anos) coletados nas Pesquisas de Saúde e Nutrição no México (ENSANUT) realizadas entre os anos 2000 e 2018. Por meio de um modelo de microssimulação, levando em consideração a suposição de que o nível de atividade física permanece constante, os pesquisadores observaram que:

• A prevalência de obesidade continuará crescendo, atingindo 45% da população em 2030 e chegando a 48% em 2040;
• A possibilidade de três cenários:
  • Um cenário ideal, recomendado pela OECD, com a taxa de obesidade em 19% até 2030 ou 2040;
  • Um cenário intermediário, buscando reduzir a prevalência da doença para 33% até 2030 e 29% até 2040; e
  • Um cenário plausível, segundo especialistas, com o objetivo de conter o avanço da doença, alcançando 38% de obesidade até 2030 e 36% até 2040;
• Para atingir o cenário intermediário, seria necessário reduzir o consumo calórico em 75 kcal/pessoa/dia, o que corresponde a cerca de 4,0% da ingestão diária de energia. Essa medida permitiria uma redução de aproximadamente 3 pontos percentuais na prevalência de obesidade em 12 anos;
• As políticas públicas adotadas até o momento, como a taxação de bebidas adoçadas e alimentos com alta densidade energética, além da introdução de rótulos de advertência frontal, foram importantes passos, mas ainda são insuficientes para alcançar a meta estabelecida, isoladamente.

Addressing overweight and obesity in LMICs in the realm of rural development and food systems: Global evidence base versus practice in five country examples

Autores: Marion Herens, Hermine ten Hove, Sanne Bakker, Joyce Njoro, Ilaria Bianchi, Sinafikeh Gemessa, Vibhuti Mendiratta
Publicado em: 2023
Tipo de arquivo: Relatório
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Por que o tema é relevante?

As taxas de sobrepeso e obesidade nos países de baixa e média renda têm se aproximado dos níveis encontrados em países de alta renda. Embora o sobrepeso e a obesidade sejam mais prevalentes em áreas urbanas, eles também estão aumentando em áreas rurais. Contudo, o mapeamento desses países revela que a maior prevalência de sobrepeso e obesidade em áreas rurais ainda não é reconhecida como um padrão único, pois vai contra o entendimento comum de considerar a urbanização como o principal fator que leva ao aumento do índice de massa corporal (IMC).

Qual é o objetivo do relatório?

Atualizar as evidências sobre os fatores causadores e as estratégias de intervenção para o sobrepeso e obesidade, juntamente com exemplos práticos em países de baixa e média renda.

Quais as principais conclusões?

Este relatório apresenta os resultados de uma revisão bibliográfica sobre os principais fatores que causam o sobrepeso e a obesidade, enquadrados dentro dos sistemas alimentares, e ilustrados com exemplos concretos de cinco países (Bolívia, Egito, Indonésia, Nigéria e Zâmbia).

Nas áreas rurais de países de baixa e média renda, o excesso de peso é resultado de um sistema alimentar obesogênico. As causas diretas dessa condição incluem o desequilíbrio entre o consumo e o gasto energético. Nesse sentido, destacam-se:

• A diminuição da atividade física na vida diária;
• O aumento contínuo na quantidade de calorias fornecidas pelas dietas, que, por sua vez, podem ser de baixa qualidade e muitas vezes tendem a ser mais acessíveis do que opções mais nutritivas;
• Fatores relacionados ao desenvolvimento futuro de excesso de peso na pessoa ou em seus descendentes, como o índice de massa corporal (IMC) e a dieta da mãe, o ganho de peso durante a gestação, o peso ao nascer, a amamentação exclusiva, a taxa de ganho de peso do bebê e o microbioma intestinal.

Os principais aspectos que impulsionam o sobrepeso e a obesidade, identificados no mapeamento dos países, incluíam: insegurança alimentar, urbanização, mudanças no padrão de alimentação e estilo de vida, fatores socioeconômicos (renda, educação) e culturais, status econômico, dietas obesogênicas e baixa diversidade alimentar, falta de atividade física, além de nutrição materna, fetal e infantil inadequada. Embora esses fatores possam parecer semelhantes à primeira vista, os países parecem diferir quanto à importância de cada um.

As estratégias de intervenções encontradas nos países mapeados visavam tornar as dietas mais saudáveis, mas não tinham objetivos relacionados ao gerenciamento ou prevenção do sobrepeso e obesidade. Algumas ações estavam diretamente relacionadas a um fator específico, como a tributação de produtos adoçados e às restrições de publicidade de produtos ultraprocessados; outras estratégias buscavam abordar vários fatores impulsionadores, como os programas de educação nutricional em escolas.