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Acontece no PBO

Qual o melhor caminho para “medir” a obesidade?

Índice de Massa Corporal (IMC), é a medida mais usada para isso, mas especialistas indicam caminhos mais promissores

André Derviche Carvalho

29 de set de 2022 (atualizado 9 de out de 2022 às 20h39)

Foto: PIXNIO

Mais do que simplesmente aferir o peso, estabelecer uma relação entre ele e a altura de um indivíduo mostra-se como um dos caminhos mais percorridos para “mensurar” a obesidade. É isso que busca fazer o Índice de Massa Corporal (IMC). Contudo, especialistas já apontam que há alternativas para um diagnóstico mais preciso do sobrepeso e obesidade.

Desde quando o IMC é usado?

Calculado em fórmula matemática, o IMC é resultado da divisão da massa corporal de uma pessoa pela sua altura ao quadrado. Esse cálculo com esse objetivo surgiu em 1832, mas só ganhou o nome de IMC em 1972. E ele não serve somente para aferir a obesidade. “Conseguimos também identificar pessoas que estão com baixo peso, o que pode indicar desnutrição”, afirma Mayara Miranda, pesquisadora do PBO.

Quando usado em um contexto de obesidade, o IMC pode estar relacionado  a quadros de diabetes e de doenças cardiovasculares. “Geralmente, em IMCs maiores, temos uma alta correlação com doenças cardiovasculares. Conforme ganhamos mais gordura, vamos distribuindo em lugares que a gente não deve e isso aumenta o risco cardiovascular” explica Mayara. Ele também se mostra útil para indicar a eletividade de um paciente com obesidade para uma cirurgia bariátrica, por exemplo.

Para além disso, o melhor uso do IMC aparece quando se está observando um grupo como um todo. Por exemplo, quando se estuda o quadro de nutrição da população de um país. Porém, ao analisar as especificidades de cada indivíduo, a utilização exclusiva do IMC não é o melhor caminho. Em grupos específicos, como o de idosos, há variações corporais importantes. Por isso,as faixas de baixo peso, eutrofia e sobrepeso são diferentes para este público.

Quando devemos usar o IMC?

Outra – e a maior – ressalva feita ao uso do IMC recai sobre o fato dele considerar simplesmente a massa da pessoa. Isso inclui o componente líquido, músculo e gordura. “Se tivermos um indivíduo atleta com muita massa muscular e um indivíduo com obesidade com bastante massa de gordura, pode ser que eles apresentem o mesmo IMC”, explica Mayara.

Além disso, o índice em questão também não considera gênero. A professora Mayara explica porque isso pode ser uma limitação: “Homens e mulheres têm composições corporais diferentes. Homens tendem a ter mais massa muscular do que mulheres”. Mais do que isso, o IMC também não considera a etnia, e já se sabe que a distribuição corporal de gordura pode variar de país a país.

O IMC é um dos medidores mais usados por conta de sua simplicidade. Afinal, boa parte dos sistemas de saúde conseguem medir o peso e a altura de seus usuários. Contudo, quando o assunto é obesidade, outros indicadores poderiam ser incorporados no cotidiano de equipes de saúde.

Nesse caso, o exame bioquímico e a medição da circunferência da cintura são bons exemplos. “A relação entre o quanto que a gente tem de gordura visceral e a circunferência da cintura é muito grande. Então seria fácil incluir no diagnóstico [da obesidade]. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quanto maior essa circunferência, maior o risco de evento cardiovascular”, detalha Mayara.