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O que é a vigilância alimentar e nutricional e como ela funciona

Vigilância alimentar e nutricional aparece como um dos pilares dos processos de prevenção e controle da obesidade

André Derviche Carvalho

23 de ago de 2024 (atualizado 21 de out de 2024 às 11h00)

Vigilância em saúde é um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde. Um dos seus pilares é a vigilância alimentar e nutricional. Em um contexto de aumento da prevalência da obesidade, essa mostra-se como uma das principais estratégias para a prevenção e controle da doença.

A realização da vigilância alimentar e nutricional indica o estado nutricional e o consumo alimentar da população, bem como seus fatores determinantes. Ela é um dos escopos de atuação do SUS (Sistema Único de Saúde), como determina a lei 8.080, de 1990.

LEIA TAMBÉM: Cuidado nutricional ainda é ausente no tratamento do câncer

Vanessa Kirsten, professora do Centro de Ciências da Saúde da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), explica que a vigilância fortalece a formulação de políticas públicas. “Para que nós tenhamos ações concretas, nós precisamos entender as tendências dos achados em saúde, nesse caso, do estado nutricional da população.”

Vale lembrar que a vigilância alimentar e nutricional é um dos pilares da PNAN (Política Nacional de Alimentação e Nutrição). Por ela, busca-se a melhoria das condições de alimentação da população.

Pela capilaridade e cobertura do território, a Atenção Básica aparece como ordenadora das ações de vigilância alimentar e nutricional. Nesse sentido, é lá que ocorrem desde o monitoramento dos problemas nutricionais da população até a avaliação das ações de promoção de vigilância.

“[A vigilância alimentar e nutricional] É uma potente ferramenta para apoiar todos os níveis dentro da Atenção Primária à Saúde. Com isso, conseguimos organizar linhas de cuidado que possam ter mais sucesso e efetividade no seu direcionamento”, diz a professora Vanessa

Por isso, o Ministério da Saúde lançou em 2022 o Guia para Organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde. O documento orienta profissionais e gestores de saúde na realização de ações de vigilância.

Para além da Atenção Primária, especialistas lembram que a vigilância em saúde pode ocorrer em outros espaços. Por exemplo, em escolas, igrejas, equipamentos públicos e domicílios.

Como se dá a vigilância alimentar e nutricional

Inquéritos de saúde são algumas ferramentas que possibilitam a vigilância em saúde. Nesse caso, os principais inquéritos do Brasil indicam aumento da prevalência da obesidade. Além disso, documentos como o Atlas da Obesidade Infantil mostram como a situação está entre as crianças.

Enquanto isso, iniciativas como a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) indicam o estado do consumo alimentar da população. Nesse sentido, o cenário é de prevalência do consumo de ultraprocessados.

Os inquéritos populacionais têm como vantagem apresentar informações de amostras representativas da população; conhecer o cenário do país, capitais e regiões, e estudar de forma sequencial, possibilitando análises temporais.

No entanto, eles apresentam algumas limitações. Por exemplo, possuem um alto custo, alguns apresentam baixa periodicidade e nem todos oferecem informações locais.

Com isso, é preciso fortalecer a vigilância no próprio sistema de saúde. Assim, é possível melhor direcionar ações e políticas de saúde a partir do conhecimento sobre grupos populacionais afetados pela obesidade. Nesse sentido, o Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) traz uma base de dados aberta para vigilância alimentar e nutricional.

Além disso, o portal do PBO conta com a seção de “Analítica”, que centraliza bases de dados do sistema de saúde e permite a navegação por dados sobre obesidade no Brasil.